Rosas

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A fala daquela mulher ainda martelava sua mente. Não acreditava no que ela havia falado, mas ela parecia tão convicta falando.

Ela é rica. Isso Nami tinha certeza, pois o jeito que suas empregadas a tratavam era além de uma vida normal. Ela é uma nobre.

Atrás de um biombo detalhado em dourado e roxo, ela era trocada pelas criadas de sua suposta mãe. Michelle contava sua história para a ruiva enquanto estava sentada sobre a cama macia.

— Temos uma ligação bem distante com os Tenryūbitos. Nossos ancestrais acabaram herdando a monarquia desse país, Roz. — Sua voz feminina reinava no quarto. — Tem esse nome pois a única flor que nasce por aqui é a própria rosa.

— Só tem rosa? Não dá para plantar outra? — Nami perguntava enquanto as mulheres puxavam fortemente a cordinha do espartilho.

— Ao plantar outro tipo de flor, ela morre em 6 horas. — Respondeu. — A única flor que ultrapassou esse número foi um lírio, que se tornou um símbolo para nós.

— Isso é bem interessante. — Após estar completamente vestida, a garota fica de frente para a mulher.

Seu vestido no tom verde claro quase azul era de material veludo. No meio de sua saia, o tecido verde abria uma grande fenda em "A", deixando à mostra o tecido branco com detalhes de babados.

Em seu torso, havia um decote quadrado. No mesmo local, três pequenos laços verdes enfeitavam o meio de seu tronco. Sua manga verde era do tipo flounce sleeve com babados brancos nas pontas.

Seus fios alaranjados estavam presos em um coque baixo com tranças e alguns fios fora do lugar.

— Você está linda. — A mulher de cabelos ruivo escuro se levantou, ficando de frente para a garota.

Após alguns segundos observando-a de cima abaixo, a mais velha a envolve com seus braços em um abraço, não sendo retribuído pela mais nova.

— Fico tão feliz que tenha sido encontrada. A noite em que te perdi foi horrível. — Se soltou do abraço e segurou o rosto da garota com as duas mãos. — Eu te amo, Nami.

Nami não respondeu. Se dissessem que ela acreditava naquela história, estariam mentindo.

Naquele momento, ela nunca desejou enxergar como agora. Se tivesse sua visão, as coisas seriam mais fáceis. Poderia realmente ver o rosto daquela mulher, poderia ver o ambiente em que estava.

O Reino de Roz não ficava perto de onde o Sunny estava navegando e os seus companheiros não faziam ideia de onde ela estava.

Precisava achar um Den Den Mushi o mais rápido possível. Precisava achar um jeito de falar com Luffy.

O silencio que estava pairado no ar era tenso. As criadas não iriam se arriscar a falar e Michele estava confusa com o silêncio que a ruiva havia proporcionado.

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— Oe, Luffy. Se acalma. — Usopp observava o amigo andar exasperado de um lado para o outro.

— Não sabemos onde Nami possa estar e você quer que eu fique calmo? — Parou com o seu surto de ansiedades, parando enraivecido em frente ao moreno.

— Ficar ansioso não irá ajudar nada.

Se levantou do beliche que estava sentado, agora ficando na mesma altura que o seu capitão.

— Nami é esperta, provavelmente ela irá entrar em contato. Não a transforme em uma mulher indefesa.

Ditou receoso enquanto olhava nos olhos negros de seu superior. Luffy suspirou, concordando com a fala do atirador.

𝐀 𝐂𝐄𝐆𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐃𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 || 𝐍𝐚𝐦𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora