Suficiente

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— Jewelry Bonney...? — Perguntou para si mesma em espanto.

— Isso. — A rosada se encontrava em pé de frente para navegadora.

— Não entendo, por que está aqui? — Ela sentia os seus pulsos e tornozelos sendo soutos das correntes pela chave que Bonney segurava em suas mãos. — Eu acho que a pergunta seria "por que eu estou aqui?".

— O que quer dizer? — A Devoradora ajuda a mestiça a levantar-se, a vendo cambalear para atrás por finalmente ficar em pé após tanto tempo.

— Eu estava em um reino antes de acordar aqui, agora.

— Acho deve ter sonhado demais, Gata Ladra, você estava trancada aqui por dias. Pelo que fiquei sabendo, um Tenryūbito viu um cartaz de procurado seu e decidiu que você seria uma escrava dele. Que motivo idiota!

Nami carregava um olhar confuso no rosto. Michelle não era real, foi apenas um fruto de sua imaginação, mas não parecia. Era tão real.

Isso não fazia o menor sentido.

Ela sentiu a dor de quando havia levado aquela tapa, então como poderia ser apenas sonho?

— Estou aqui para descobrir a exata localização de Vegapunk. — A fala da mulher mais velha interrompeu os pensamentos da mais nova.

— O gênio da Marinha?

— Exatamente. — Respondeu. — Felizmente, já achei o que precisava. — Se referia ao pequeno mapa preso em seu cinto.

— E por que está nessa cela junto a mim?

— Estava correndo até que sem querer eu vi você através da janela da porta. Eu vi uma grande oportunidade de jogar na cara de Trafalgar que até eu conseguir te resgatar e ele não.

— Que motivo bobo. — Repetiu a fala anterior da mestiça com um sorriso sarcástico.

— Vamos logo, ouvi rumores de que o navio dos chapéus de palha está chegando aqui no quartel. — Nami rapidamente assentiu.

Após saírem do local, a Jewelry observa com um sorriso os marinheiros desacordados no chão.

A dona dos fios rosados agarra a mão da ruiva e começa a correr pelos corredores, puxando a mulher atrás de si.

Seus passos apressados ecoam pelos corredores. Elas param a cada corredor para averiguar se há marinheiros neles.

Não podiam lutar com todos e não vai demorar muito para perceberem que Nami não está mais lá. Então o máximo que podiam fazer é serem espertas, rápidas e cuidadosas.

— Oe, vocês aí! — Se assustaram quando um marinheiro gritou no final do corredor. A voz elevada dele chamou a atenção de mais alguns que apareceram por lá.

— Corre! — Bonney exclamou, fazendo às duas aumentarem a velocidade.

Conforme corriam, Bonney de vez em quando olhava para trás, xingando silenciosamente cada vez que via o número de homens aumentar.

— O que está fazendo?! — Nami perguntou quando a mulher mais velha parou de correr.

— Armando a nossa fuga. — A rosada chutou uma pilha de barris que havia no meio do corredor, fazendo os inumerados objetos caírem de forma estrondosa no chão. — Vamos, isso não irá pará-los!

— Certo!

Viraram mais um corredor, mas antes que Nami começasse a correr de volta, ela foi empurrada para dentro de uma sala escura.

𝐀 𝐂𝐄𝐆𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐃𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 || 𝐍𝐚𝐦𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora