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Josh beauchamp

Espero por gabrielly na sala de reuniões do hotel. O advogado está do meu lado, revendo a papelada que solicitei que revisasse e trouxesse pronta para hoje.

A maldita garota está atrasada e preciso controlar a vontade de ir atrás dela e sacudi-la até que entenda que precisa agir diferente do que está acostumada a partir de agora. Não vou me envolver com alguém que corre o risco de manchar a boa imagem que sempre passei para a mídia.

A garota vai ter que andar na linha. Escuto uma batidinha leve na porta minutos depois e sei que é ela.

- Entra.

Estou de costas para a porta e ouço os passos hesitantes se aproximando.

- Você está atrasada, gabrielly. Quando Quando eu marcar um horário com você, chegue nele. Nem um minuto depois.

- Eu me perdi. Não sabia onde era a sala de reunião - ela sussurra e anda até a cadeira do outro lado da mesa, oposto ao meu.

Arqueio a sobrancelha quando vejo que ela se produziu toda. A roupa folgada não existe mais e muito menos o pijama horrível e transparente. Não digo nada. Não vou elogiar porque, a partir de agora, não vai ser mais que obrigação que ande bem vestida.

- Não tenho o dia todo. Senta. O contrato está aí na sua frente. Leia com atenção. Nenhum tópico está aberto para discussão, é apenas para ter ciência do que precisa fazer — murmuro, e ela franze a testa em confusão.

Olha para as folhas com uma expressão devastadora de que está indo para a forca. Pega a caneta de cima dos papéis e começa a ler. Conforme vai lendo, sua expressão muda de triste para raivosa. Eu esperava por isso.

- Que tipo de contrato é esse? - pergunta e levanta a cabeça para me olhar, chocada. — Achei que fosse apenas para garantir que eu não fosse desistir e não para controlar toda a minha vida, o que eu uso, o que eu como, o que eu faço da vida. Você é louco?

Olho para o advogado, que é muito bem pago para ser discreto e não opinar em nada que não seja da sua conta.

- Você nos dá licença por alguns minutos? Logo te chamo. - Ele acena, se levanta da cadeira e sai em silêncio.

Assim que pisa para fora da sala, eu também me levanto, ando até a porta e a tranco. Quando me viro para gabrielly, ela parece acuada como um animalzinho indefeso prestes a sair correndo.

- Eu vou falar isso apenas uma vez... Você não vai falar comigo nesse tom nunca mais, entendido? - pergunto, enquanto me aproximo de sua cadeira. - Muito menos na frente das  outras pessoas. Você vai ser uma boa menina. Obediente, delicada, inteligente e esforçada. Não vai, gabrielly? Sei que a boa moça de alguns anos atrás está aí em algum lugar.

- Você... - Seu rosto está corado e ela parece nervosa. - Você não vai falar comigo assim também. Não é melhor que eu só por ter poder.

-Não sou? Você acha mesmo isso? - Mexo a boca de um lado para outro, como se estivesse pensando, mas só estou pensando em uma forma de cortar essa insolência.

Não iria tolerar isso de qualquer outra pessoa, muito menos dela, filha do homem que quase arruinou toda a minha vida. Mas sabe o que eu sou,

- gabrielly? — digo e ergo seu queixo, mas ela o afasta. - Eu sou vingativo. Não levo pendências para casa e não perdoo, nunca, quem vacilou comigo. E seu querido papaizinho
cristalzinho, errou feio comigo. Não precisa de muito para eu destruir a vida dele.

- Você é um monstro - ela fala com lágrimas aparecendo nos olhos castanhos.

- Oun, fiquei triste com sua ofensa. Nunca ouvi nada parecido- digo ironicamente. - Você não vai querer que nada de ruim aconteça com ele, não é? O quão ruim ia ser se alguma coisa terrível acontecesse acidentalmente. Ou talvez seja exatamente isso o que você quer. Se livrar do fardo de estar comigo independentemente do que aconteça a ele, como uma forma de punição pelo que Álvaro te fez. Aí você seria bem parecida comigo, cristal.

Uma virgem comprada Pelo CEO - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora