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Josh beauchamp

Uma semana se passou desde que confrontei Álvaro e o informei sobre meus planos. Ele não apareceu na empresa novamente, mas está na minha mira.

Não vou permitir que fuja ou se esconda antes que meus planos de vingança sejam concretizados. Aposto que acha que estava blefando quando disse que ia tomar seu bem mais precioso, provavelmente contando com a amizade, mas eu não estava. Apenas tinha coisas mais importantes para fazer, como me reunir com diversos especialistas para ver a melhor forma de sair desse golpe sem perder muito.

Eu odeio perder qualquer coisa. Odeio que as coisas não estejam ao meu alcance, que eu não tenha o controle de cada respiração dentro da empresa. As coisas vão voltar ao que eram antes, custe o que custar. Custe quem custar.

Alarmo o carro depois de estacionar na frente o prédio que já visitei mais vezes do que consigo contar. Ando até a portaria e sou facilmente recebido pelo porteiro que me conhece muito bem e nunca me anuncia. Subo o elevador olhando minha imagem no espelho. Ajusto as mangas da camisa social e passo a mão nos cabelos, aguardando a subida lenta em direção àcobertura.

Assim que as portas metálicas se abrem, ando até o apartamento dele. Toco a campainha apenas uma vez antes de a funcionária aparecer para me receber.

- Seu josh, que surpresa! — diz com simpatia e eu sorrio em um cumprimento. — Entra, vou chamar o seu Álvaro.

A senhora de meia-idade some pelos corredores e eu olho pelo cômodo. Busco algo de diferente, qualquer coisa que eu possa usar contra o
homem, mas minha inspeção é interrompida por Priscila, a esposa do meu exsócio.

— josh, querido... - Percebo, pelos anos de convívio e pelo seu olhar, que ela não sabe o que está acontecendo. Pelo menos ela não sabe que eu estou ciente da facada que seu marido me deu. Agora, se sabe sobre o golpe, vou descobrir agora.

-Priscila - digo em um cumprimento frio, o oposto do que ela está acostumada a receber de mim. - Onde está sua família?

- Álvaro está no escritório, só está saindo de lá para comer nos últimos dias - fala e faz um gesto de indiferença com a mão, como se estivesse acostumada a isso. - Venha, querido, se sente aqui e me conte por que está tenso.

-Não quero me sentar, Priscila. Vou esperar pelo seu marido aqui mesmo.- Enfio as mãos nos bolsos da calça social e olho meu reflexo na parede espelhada à minha esquerda.

Pareço mais cansado do que o normal. Noto as olheiras escuras por causa das noites acordado tentando pensar em uma solução para todos os meus problemas.

Apesar disso, que não pode ser disfarçado, o resto da minha aparência está meticulosamente no lugar: terno alinhado, roupa bem passada, o cabelo loiro bem cortado e os cachos bem enrolados, a barba clara e bem aparada. Só quem me conhece bem demais e está atento aos detalhes que ia conseguir notar os sinais de cansaço e de estresse. Felizmente, existem poucas pessoas dessas na minha vida.

- josh... -Escuto a voz do homem e volto meu olhar para onde ele está. Seu rosto está completamente fodido da surra que levou de mim e é inevitável abrir um sorriso fraco.

-Você parece bem — zombo e vejo seu maxilar travado, sinal de que está com muita raiva. Ótimo. Para mim, quanto mais choro, ira e sofrimento, melhor.

- O que você quer? — pergunta e olha para sua esposa sentada no sofá, como se só agora tivesse notado a sua presença. - Minha preciosa, você pode nos dar licença por alguns minutos? Temos negócios a tratar.

-Ah, Priscila, não precisa sair — falo, tendo a minha resposta. Ele escondeu a verdade da sua mulher.- Eu sei que vocês não têm segredos entre si. Não vou ser eu a mudar isso.

Uma virgem comprada Pelo CEO - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora