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Josh beauchamp

- Eu estou cansada, josh. - Os lábios de gabrielly tremem e as lágrimas se misturam com a água no rosto molhado. Instintivamente, meus dedos o secam.

Eu me afasto. Tomo distância, porque não estou me reconhecendo mais. Sei que nós nos aproximamos nos últimos dois meses e tive que ser mais simpático com ela porque a garota parece de fato um cristal delicado que não pode quebrar, mas essa preocupação excessiva que tenho com any não é normal.

Como Álvaro disse, não sou acostumado a defender ninguém.

- Cansada do que exatamente? - pergunto com um pigarro quando meus pensamentos voltam a se bagunçarem.

- Da minha vida inteira - sussurra e funga baixinho. O nariz fica vermelho pelo choro. — Estou na fase mais difícil do meu curso, que sempre fiz por amor e me dedicando como uma louca para trabalhar com meu pai,
que descubro por acaso que me vendeu para o melhor amigo dele, que eu...

- Que você...?

- Nada, josh. Só queria que as coisas fossem mais fáceis - ela sussurra e suspira. — Queria que vocês não se odiassem assim, que não decidissem a minha vida como se eu não tivesse escolha a nada.

Minha garganta se aperta pelo desabafo desesperado da garota, mas me contenho no lugar. Não vou a abraçar como meu corpo parece implorar. O que está havendo comigo, porra? Any me olha por meio das lágrimas durante muito tempo.

Como eu, tenho a impressão de que a garota busca respostas ao olhar para mim. Pela primeira vez, não sei o que dizer. Parte de mim quer acabar com esse martírio que parece ser para ela estar comigo, ser forçada a se casar, mas a outra parte ainda deseja vingança pelo que Álvaro me fez.

- Por que não diz nada? — ela indaga baixo. - Você está estranho, josh. O que meu pai te falou?

Solto uma risada baixa e sacudo a cabeça. O homem não tem o poder de me abalar. Não tem. Repito isso para mim mesmo, mas sou racional demais para me enganar dessa forma. Sei muito bem o que está acontecendo comigo, mas não quero acreditar que fui tão... tolo dessa forma.

- Ele não falou nada, cristal. Seu pai é um imbecil. - Ela sorri fraco e aperta os olhos, como se fosse doloroso eu dizer isso.

- Por que está tão perturbada com o ódio que sinto pelo seu pai, gabrielly? Isso não pareceu te preocupar antes - falo e quebro a distância entre nós dois. Volto a prender seu corpo com os braços.

— Por quê?

- As coisas estão diferentes, josh.

- Por quê, gabrielly ?

A garota fica calada e seu olhar vai para a minha boca. Ela coloca as mãos nos meus ombros e desliza as mãos ali, receosa.

Seu olhar busca o meu e ao invés de me afastar, olho para ela com curiosidade. As unhas curtas raspam na minha nuca e sobem para os fios de cabelo.

- Você é tão bonito - fala em tom admiração. — Bonito como o diabo.

Fico calado e gabrielly sobe a mão delicada pela minha barba. Estou paralisado, apenas olhando para seu rosto atraente de lábios fartos.

- Meus pais quase surtaram quando contei para eles sobre nosso... envolvimento - ela fala e abre um sorrisinho fraco. - "Como você consegue dormir com aquele monstro, gabrielly?", eles perguntaram. Parte de mim concorda, mas a outra parte é ingênua e tem um pouco de esperança que...

Não deixo que ela termine a frase e a calo com um beijo. Any se assusta, mas logo abre espaço para eu invada a sua boca. Mordo seu lábio inferior com força e ela solta um gemido baixo.

Uma virgem comprada Pelo CEO - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora