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Any gabrielly

Imaginei que fosse ficar mais fácil depois do primeiro porre, mas não ficou. Minha cabeça parece a ponto de explodir e tudo dói. Parece que está tudo claro demais, barulhento demais. Demoro alguns segundos para reconhecer onde estou e percebo que estou na minha cama na casa da sororidade.

Desde que o arrogante de marca maior do josh voltou para o Brasil e me deixou em paz, voltei a morar aqui. Mas agora tudo parece meio estranho. Diferente. Como se minha vida fosse outra. E é outra mesmo. Tudo que eu conhecia ruiu como se fosse feito de areia e agora estou tão perdida que não sei o que fazer comigo mesma.

Perdi a motivação de ir para as aulas que tanto amo. Para quê? Não vou nunca poder trabalhar na empresa de papai, se bobear não vou poder trabalhar nunca. Não duvido que o idiota do josh  me tranque em casa como se eu fosse um enfeite de mesa. 

Ainda vou me formar, porque não vou jogar fora todo o meu trabalho duro. Vou terminar o semestre e pegar meu diploma, mas decidi aproveitar meus últimos meses de liberdade. Só que não estou acostumada com isso.

Joalin surtou quando concordei em ir para a primeira festa com ela e agora não me deixa mais em paz. Meu corpo está pedindo arrego e só de pensar em beber mais alguma coisa, meu estômago embrulha. Eu sou mesmo uma idiota.

Estou aqui, tendo minha vida inteira sacrificada por causa dos erros do meu pai, e nem encher a cara em paz eu consigo. Idiota! Durmo e acordo o dia inteiro, mas não consigo sair da cama.

Já é fim da tarde quando joalin invade meu quarto como se fosse um furacão, e eu gemo de dor, afundando o rosto no travesseiro.

- Faz silêncio, por favor - peço baixinho, sentindo tudo doer.

- Desculpa! — ela sussurra e se aproxima da cama. Ela senta do meu lado e me estende um copo de água e alguns comprimidos. — Achei que já ia estar melhor a essa altura. Aqui, toma isso.

Engulo os comprimidos amargos com um gole de água e afundo o rosto no travesseiro de novo. Joalin ri.

- Você é muito fraca - implica e alisa meu cabelo. — Vai devagar da próxima vez, any. Não está acostumada, não pode beber tanto assim de uma vez só.

- Eu sei ― choramingo.-  E eu nem gosto do gosto, só... Só quero esquecer meus problemas, lin.

- Oh, minha amiga. Se continuar nesse ritmo, você só vai arrumar mais problemas — ela fala com uma risada. Olho para ela confusa, e joalin pisca várias vezes. A boca dela cai

aberta e seus olhos arregalam.

- Você não lembra? - pergunta, surpresa. Balanço a cabeça que não e me sento no colchão, preocupada.

- O que aconteceu? — pergunto. - Você não está recebendo as notificações no seu celular? — ela pergunta. Ela puxa o celular do bolso e mexe no aparelho por alguns segundos antes de entregar para mim.

- Está sem bateria, não botei para carregar - digo com um fio de voz. Não botei para carregar principalmente porque papai não para de ligar e eu não estou com cabeça para continuar recusando suas ligações.

Me dói muito não falar com ele. Sinto muita falta de casa, dele, da mamãe. Mas não consigo perdoar os dois pelo que estão me fazendo passar. Pego o celular e olho para as fotos postadas em uma rede social. Ofego e levo a mão à boca, chocada.

Uma série de fotos muito comprometedoras aparece na tela. Eu estou muito, muito bêbada em todas elas. Sinto meus olhos encherem de lágrimas quando clico em um vídeo e vejo que o vestido minúsculo que joalin me convenceu a usar dá uma visão privilegiada de todas as partes privadas do meu corpo enquanto eu danço em cima da mesa.

Uma virgem comprada Pelo CEO - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora