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Any gabrielly

Parece que foi ontem que josh apareceu na minha porta com essa conversa insana de casamento, mas já se passaram alguns meses. Estou há tanto tempo com a cara enfiada nos livros que mal vi o tempo passar.

Pelo menos é isso que eu falo para mim mesma porque não posso admitir que não estou nem sentindo as semanas voarem porque é isso que acontece quando a companhia é boa. Só que desse jeito mandão e grosseiro dele, josh é mesmo uma boa companhia.

Ele está... diferente. Ainda todo resmungão e irritado o tempo inteiro, mas não comigo. Ele me busca na faculdade todos os dias e janta comigo. Me pergunta do meu dia, das minhas aulas. Nos fins de semana, ele me leva para passear pela cidade e quando não pode, me deixa sair com a joalin ou com outros amigos da faculdade, e desde que alex não esteja no meio, não preciso nem levar os seguranças.

Não entendo essa implicância que ele tem com o Alex, mas não ligo. Eu nem gosto tanto dele assim, então tanto faz. A única coisa que não mudou foi que josh está o tempo inteiro estressado por causa da empresa.

E eu consigo ver que o estrago que papai fez nas contas foi realmente grande, porque ele não para de trabalhar. Estou tentando me concentrar nos meus trabalhos, mas consigo ouvir daqui os resmungos baixos de josh, que está sentado na mesa no canto do quarto olhando para o computador e alguns papéis.

Me levanto da cama na ponta dos pés para não fazer barulho e vou até onde ele está. Paro atrás dele e estico o pescoço para olhar por cima do seu ombro para a planilha que ele está segurando.

- Esse negócio está muito caro - eu falo e josh praticamente pula no lugar.

- Puta que pariu, gabrielly - reclama e fecha a pasta com os papéis. — O que você quer?

Puxo a cadeira do lado dele e espio os documentos, mas josh praticamente esconde tudo.

- Posso dar uma olhada naquele ali? - peço e aponto para o que estava na mão dele. Josh cruza os braços e ergue uma sobrancelha.

- Pra quê? Quer começar a treinar me roubar que nem o papai? — pergunta seco.

A acusação dói um pouco no peito. Coloco uma mecha do cabelo atrás da orelha e fecho a cara.

- Eu nunca ia fazer uma coisa dessas - - falo. Ele ri.

- Achei que o Álvaro não fosse também, e olha só onde nós estamos.

Suspiro e me levanto, balançando a cabeça em derrota. Contorno a mesa, e josh volta a abrir a pasta em que estava trabalhando. Corro pelo outro lado, tomo o papel da mão dele e corro para o outro lado do quarto.

- gabrielly! — ele grita e se levanta da cadeira. Eu solto um gritinho e corro pelo quarto para longe dele. - Me devolve esse papel, garota - ele ordena entredentes.

Pulo na cama e fico em pé no meio do colchão. Josh tenta agarrar meu tornozelo e eu ando para trás até estar com as costas na parede.

- gabrielly, eu não tenho tempo para isso - ele rosna, mas eu ignoro e começo a ler a planilha de novo. — any gabrielly!

— Aqui! — grito de volta e me jogo sentada no colchão. Josh me encara como se eu tivesse perdido a cabeça. — Vem aqui - chamo e bato no colchão do meu lado. Josh bufa e vem, se senta do meu lado.

- O que é? — pergunta impaciente. — Não tenho o dia todo. - Se você quer que eu assista aquele filme de menininha com você depois do jantar, precisa me deixar trabalhar em paz.

- Eu estou tentando te ajudar, seu chato - falo e me aproximo dele. Eu me penduro no seu ombro e josh me segura pela cintura para eu não cair. - Aqui, nessa linha. Por que você está pagando isso tudo?

Uma virgem comprada Pelo CEO - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora