Sensação

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Pov Wanda Maximoff:

Havia me estabelecido no quarto de Sam, estava exausta, a tristeza extrema me dominava, motivação zero, então às 10:02 eu deitei na cama, com todas as roupas da viagem em meu corpo e dormi.

[...]

Acordei com uma gritaria do lado de fora do meu quarto. A minha primeira reação foi puxar o edredom pra me cobrir e tentar voltar a dormi, mas com o barulho infernal tive de levantar, e sem nem me olhar no espelho coberta pelo tecido abri a porta em fúria.

E o que você espe...

Olha só, sei que cheguei agora, mas em nome de Odin, gritem longe do meu... Do quarto do Sam! Eu preciso dormir e de preferência não acordar até amanhã ou depois e vocês estão atrapalhando esses planos, ok?! — Falei revirando os olhos pronta pra fechar a porta.

— Feiticeira Escarlate? O que faz aqui? — Perguntou um menino baixinho, gordinho, negro com cabelos cacheados que logo recebeu um leve tapa da menina alta, asiática de cabelos muito lisos e um corpo bem magro.

— Isso é invasão de privacidade, que nem você faz quando tenta mexer no meu celular! — Disse a garota cruzando os braços de forma raivosa.

— Eu já te falei, não faço questão de ver nada no seu celular, até porque eu tenho o meu! Pare de acusações infundadas e descabidas! A única coisa que eu queria saber eram as horas, você estava no banho então não podia te perguntar! — Explicou o garoto, eu estava vendo a briga de um, ou quase um, casal.

— Olha, não tive uma experiência grande em relacionamentos, mas se você não confia nas palavras dele e acha que ele se sentiria inseguro o sufiente de tentar mexer no seu celular mesmo sabendo que você está a pouquíssimos quilômetros de distância, esse relacionamento é tóxico e precisa ser terminado! Agora tchau, vazem da minha porta!

Eles saíram meio chocados com minha fala e logo fechei a porta. E dessa vez me olhei no bendito espelho, eu estava horrorosa, os cabelos pra cima, babada e as olheiras enormer. Eu estava deplorável, a única coisa que eu queria agora era voltar a dormir, mas infelizmente eu não podia, então fui ao banheiro e procurei uma escova de dentes nova, pra minha sorte, para não dizer o contrário, não achei nenhuma.

Peguei a pasta de dentes no dedo e "escovei" assim mesmo. Sai do banheiro, olhei no relógio de parede, 12:38, dormi pouco, mas eu não podia voltar, pra parar de usufruir da boa vontade de Sam, tinha que resolver minha vida rapidamente, primeiro recuperar meus cartões, comprar roupas, um aparelho celular e logo começara procura por apartamentos.

Precisava arrumar um casaco e óculos escuros. Saí do quarto, após dar uma leve ajeitada no cabelo e comecei a procurar aquele casal. Depois de uns minutos procurando finalmente achei eles na cozinha, a briga parecia ter acabado.

— Olá! Preciso de um casaco e óculos escuros, podem me ajudar com isso? — Eles me olharam assustados, mas logo assentiram.

— Eu tenho dois óculos escuros, amor, você tem algum casaco preto? — Perguntou a menina se levantando do balcão.

— Tenho, vou buscar!

O menino saiu voado para o próprio quarto, a menina me pediu para ir com ela no seu, quando chegamos lá tudo era meio rosa. Ela tinha bem cara de patricinha assim que pus os olhos nela.

— Tem esse aqui! — Me mostrou óculos escuros quadrados super estilosos, ou seja, chamavam bastante atenção. — E esse!

O outro era... Terrívelmente parecido com o do Stark, e também era mais simples então não chavamava tanta atenção, quando lembrei de Tony meus olhos encheram d'água, respirei fundo e guardei esse sentimento.

— Vai ser esse! Obrigada, garota que não sei o nome! — Agradeci e a mesma me olhou de forma esquisita.

— Meu nome é Caroline, e de nada! —
Ela falou, assenti com a cabeça e sai do quarto quando encontro o menino segurando o casaco preto.

— Só tenho esse, vê se vai servir!

Peguei a roupa e vesti. Ficou um pouco largo, mas era perfeito.

— Obrigada! Irei voltar logo, eu acho, logo devolvo para vocês!

Falei saindo correndo dali, tinha muita coisa pra fazer e não podia perder tempo com conversinha barata.

[...]

Quando cheguei no meu banco o atendente ficou surpreso, logo chamou minha gerente, que apareceu com um sorriso bem grande e abriu os braços pra mim. Elizabeth é uma senhora de cinquenta anos, ela sempre foi como uma mãe pra mim, com ótimas dicas e conselhos, as vezes puxões de orelha que me faziam sentir uma garotinha de novo.

— Não me mate de susto garota! Achei que tivesse morrido! — Ela me deu um abraço apertado e logo me entreguei ao mesmo, me sentia acolhida nele, mas tive que respirar fundo para não chorar.

— Desculpe, Liza! Senti sua falta! — Apertei mais um pouco o abraço vi a mesma suspirando, me deu um beijo na cabeça e alisou levemente minhas costas, tentando me passar conforto.

— Querida, você fez falta viu! Agora vamos na minha sala, vai me contar o porque de ter sumido, e porque veio aqui.

Assenti positivamente com a cabeça, fomos logo para sua sala e lhe contei tudo. Sobre a realidade que criei, as pessoas que perdi, as que matei, os universos que invadi e destrui pelos meus filhos. Que nunca, nunca, existiram nessa realidade. Segurando as lágrimas e soluços. Logo depois contei que queria recomeçar, não esqueceria do passado, sim lembraria dele com muito pesar, e teria de viver com ele.

Percisava dos meus cartões, pois estava na merda, ela disse que o processo, mesmo nessa época super tecnológica era complicada. Mas, nas palavras dela, pra mim conseguiria apressar as coisas, demorou uns trinta minutos e conseguiu uma copia do meu débito, mais trinta conseguiu o de crédito. Dei um abraço nela, conversamos mais um pouco e eu saí.

Andei bastante até achar uma boa loja de roupas, e quando fui atravessar a rua me bati com uma morena de cabelos cacheados, curtos e volumosos, usando um sobretudo marron claro e saltos altos que batiam enquanto andava.

— Mil desculpas! — Falei e a mesma olhou em meus olhos, senti a mulher no fundo da minha alma, mesmo que eu esteja de óculos.

— Não tem problema, eu quem peço desculpas, Maximoff! — A mesma respondeu, me surpreendendo, e saiu andando. Não sei, mas tenho a leve sensação de que vou encontra-lá mais vezes por ai.

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Terceiro capítulo amores!

Capítulo Revisado
Palavras: 1070

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