Severus não é totalmente um caso perdido

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Alerta!!! Insinuação de tentativa de abuso sexual e crises de pânico.
Caso seja sensível ao assunto, não leia.
(Não é muito explícito, mas ainda assim é bom avisar.)

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Uma semana foi o nescessário para as crianças de Nathan aprenderem que o ensino britânico é simplesmente uma merda total.
Em uma única semana eles aprenderam mais que ele todos os anos que estavam ali(caso você fosse do sexto). Nathan explicava as coisas de maneira fácil e simples de ser entendida, não usando termos difíceis que deixariam os mais novos confusos.
Ele respondia suas perguntas, os ensinou que eles não eram "burros"(como McGonagall diria) por não saber sobre algo, a dúvida é algo normal e humano. Na verdade, ele até fazia questão de que eles tirassem suas dúvidas, dizendo que era para isso que os professores serviam, ensinar e tirar suas dúvidas.

Na segunda semana, eles já sabiam como fazer uma transfiguração perfeita e a lançar feitiços avançados (as vezes com um pouco de dificuldade, porém isso pode ser melhorado). Nathan também havia usado sua lição com Lupin para ensiná-los a lançar seus patronos. Por incrível que pareça, com a explicação simples, foi bem fácil. No primeiro dia de aula da terceira semana, um velho homem apareceu, sorrindo enquanto se aproximava de Nathan, que se afastou desconfortável.

- Crianças, nos dêem licença.– O jovem falou, claramente nervoso.

Os sinais vermelhos piscaram na mente dos alunos, eles haviam sido ensinados a notar sinais vermelhos e como agir sobre isso.

- Alunos, eu pedi para nos dar licença.– Repetiu, dessa vez um pouco mais firme, um olhar duro em seus olhos.

Os alunos saíram lentamente, hesitantes. Fred e George foram os últimos a sair, olhando para seu professor com um olhar de que claramente iriam fazer algo.

E assim que a porta se fechou, os gêmeos, junto com seus colegas, correram em busca de ajuda.

- Que tal professor Snape?– Perguntou uma jovem de pele escura e cabelos negros, em um afro brilhante.

- Os dois ainda estão em termos meio ruins, fora que Severus geralmente fala alguma merda que acaba magoando professor Oliveira.

- Então quem nós chamaríamos?! McGonagall está fora de questão, Pomona é muito preocupada e provavelmente buscaria ajuda de Dumbledore, coisa que a gente absolutamente NÃO quer. Flitwick é um fofoqueiro que ama o caos e apesar de ser uma pessoa incrível, abriria a boca e falaria sobre isso na primeira chance que tivesse!

- Já sei! Viktor Krum!– Gritou Lee.

- Por que Viktor Krum?– Katie Bell questionou.

- Porque ele é quem está mais perto atualmente, Little Katty.– Lee apontou para o homem, que já se aproximava.

- O que querem?– O bulgáro questionou, uma carranca em sua face.

- Nosso professor está possivelmente sofrendo assédio nesse exato instante, então talvez você pudesse ajudar?– Alicia Spinnet falou, curta e grossa.

- Espera, quê?!– Krum travou.

- Pelo amor de Merlin, Krum! Não temos tempo pra isso, você parece uma montanha de tão grande e provavelmente poderia meter a porrada naquele velho cara de pau.– Katie retrucou, irritada.

A garota, já sem paciência, pegou a mão do garoto e junto com os outros, arrastou ele até a porta.

- Derrube.

- Que?

- Derruba a caralha da porta, seu filho da puta!– Lee xingou, sua raiva e ansiedade não filtrando suas palavras.

Se sentindo ameaçado pelos olhares dos jovens, Krum pegou a varinha em seu bolso e apontou para a porta, lançando um bombarda. A cena na sua frente era simplesmente algo inesperado; Nathan em cima do homem velho, socando seu rosto furiosamente com uma mão enquanto segurava a blusa cara do homem com a outra.

- NUNCA MAIS OUSE TOCAR EM MIM!– Gritou, tão focado em sua fúria que nem ao menos notou as pessoas o observando, o bombarda quebrando a porta quebrando o feitiço de silenciamento.

Eles ficaram em silêncio por mais alguns segundos, apenas observando o sangue espirrar a cada golpe de Nathan.

- A gente não deveria, sei lá, separar eles antes que o cara morra? Na verdade, ele ainda tá vivo?– Krum sussurrou.

Ao ouvir a voz de Krum, Nathan levantou o olhar, se distraindo por tempo o suficiente para que o homem mais velho o empurrasse, pegando a varinha no chão e apontando para Nathan, apenas para receber um chute muito bem localizado na mandíbula, o som de deslocamento sendo extremamente satisfatório para Nathan.

- Fique no chão, ser inferior!– Rosnou, um brilho estranho em seus olhos.

Krum sorriu com a visão.

- Crianças, qual parte do "nos dêem licença" vocês não entenderam?!– O homem rosnou, completamente furioso.– vocês colocaram as suas vidas e risco e a minha também! Vocês fazem idéia do risco que correram?! Algum feitiço perdido poderia ter acertado vocês!– Nathan suspirou, a mão trêmula indo até testa, tentando secar o suor.– V-vocês podem ir chamar Dumbledore? Todos vocês?– Pediu, os alunos nervosos com a situação apenas obedeceram, Krum hesitando um pouco antes de ir, ele não queria deixar o professor sozinho com aquele homem.

Não demorou até Dumbledore e Pomfrey chegarem, Pomfrey rapidamente enxotando os alunos assim que notou a maneira que o professor estava.
De costas contra a parede, olhos fechados, e punhos apertados contra os joelhos, a respiração rápida e a pele brilhando com suor e o rosto franzido.

A mulher se aproximou, tomando cuidado para não tocar no jovem e piorar a situação.

- Nathan, você está em sua sala de aula, a ameaça foi removida, está tudo bem, ok? Foque na minha respiração, siga ela.– Instruiu, tentando interromper o ataque de pânico que claramente se aproximava.

Pouco a pouco, a respiração do jovem foi ficando mais lenta e uniforme, o rosto não mais franzido.

- P-Poppy?– Sussurrou rouco, olhando para a mulher.

- Oh, meu querido, estou aqui. Posso te tocar?– Questionou, se aproximando um pouco mais.

Vendo o aceno positivo, a mulher rodeou o homem com seus braços, gentilmente acariciando os cabelos úmidos.

Dumbledore olhava a cena com preocupação sincera, com medo do que poderia te acontecido para deixar o jovem daquela maneira. Na verdade, não foi preciso muito para descobrir, a falta de calças e roupa íntima do homem amarrado no chão, fora as marcas nos pulsos e rasgos na roupas de Nathan, era bem óbvio. Dumbledore ferveu de raiva. Aquele era um dos atos mais nojentos e atroz do mundo.
Ele mataria aquele homem com suas próprias mãos e NADA o impediria disso.
Ele pode ter tido suas desavenças com o professor de estudos trouxas, mas jamais permitiria que algo assim acontecesse novamente.

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Severus andou rapidamente pelos corredores, um dos retratos aparentemente havia ouvido sobre uma situação complicada e quando soube que a situação complicada havia ocorrido com ninguém mais, ninguém menos que Nathan, ele simplesmente saiu de sua aula e foi o mais rápido possível pra enfermaria.

Para sua sorte, Pomfrey estava lá, examinando gentilmente o garoto.

Sem pensar duas vezes, o homem se aproximou e acariciou os cabelos castanhos cacheados, fazendo o jovem olhar para ele. Severus suspirou, abrindo os braços, tentando não sorrir quando o jovem se jogou em seu peito e se encolheu no calor de seu corpo.

Pomfrey não disse nada, apenas sorriu com a cena totalmente adorável.

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EU DISSE QUE NÃO IA TER MAS DRAMA, MAS EU NÃO RESISTI AAAAAAAA DESCULPA

um novo professor em hogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora