Freen SarochaHavia trabalhado mais de 24 horas na clínica em pleno final de semana, ocorreu muitas intercorrências e emergências com alguns animais. Apesar de ser exaustivo essa vida, eu sou muito realizada por fazer o que faço, umas das maiores recompensas dessa profissão é poder identificar o que acontece com cada serzinho, sem eles nos dizer aonde dói. Mas adivinhar num olhar, em seu andar, no seu comportamento e até nos seus pelinhos macios.
O maior pagamento é curar e deixá-los novos em folha, algumas partes são ruins pelos tutores, que não entendem como funciona a recuperação, os procedimentos, que não adivinhamos e é necessário fazer certas condutas. Mas alguns reclamam, não compreendem, nos culpam muitas vezes sendo que eles são tardios para trazer os seus animais de estimação por causa de dinheiro achando que devemos fazer de graça pelo nosso juramento. Como se não temos contas para pagar, comer e é igual outra prestação de serviço que deve ser valorizada. Lamentações aparte me desculpem, mas acho que as dificuldades ocorrem em qualquer profissão e temos que lidar da melhor forma possível e ter empatia com o próximo.
Quase não tenho tempo, conforme os anos passam me sinto mais cansada para sair, conhecer pessoas, a idade chega meus queridos. Sempre essa rotina de casa, trabalho, mãe e alguns amigos. Ano passado dei um grande passo e quis minha liberdade, é bom morar com sua mãe mas chega uma hora que você quer as coisas do seu jeito, seu espaço, seu socego. E minha mãe é terrívelmente controladora, barulhenta e ciumenta, ela tem um gênio muito forte somos o oposto ela é agitada e eu calma na paz, isso acaba criando alguns atritos e brigamos mas amo ela incondicionalmente.
Sobre minha vida sentimental, total desastre mundial. Eu sempre me senti diferente, tive alguns sentimentos estranhos conforme fui crescendo e vi que não era por meninos apenas. Até tive algumas tentativas de namoro com meus 17 anos, um durou um mês e tive que despachar porque descobri uma traição. O segundo ele era uns 10 anos mais velho e queria vocês sabem o que, mas eu não me senti pronta e acabei terminando. Trágico eu sei, mas aquela pequena curiosidade sempre aflorava cada dia mais, só que minha criação foi rígida ensinado que é errado e minha mãe foi difícil de deixar eu até namorar com meninos quem dirá outras coisas.
Quando eu decidi abrir um consultório e ter minha empresa, acabei tendo sociedade com uma de venda de produtos animais. Tinha um menino lá chamado Kirk, acabou que nos aproximamos e nos tornamos amigos. Não eramos muito próximos, mas ele veio de outra cidade e estava sozinho. Começamos a conversar e sair após o trabalho, rimos bastante na hora do almoço quando tomávamos sorvete perto do shopping. Um dia fomos assistir um filme no cinema com mais uma colega de trabalho, era desenho e eu realmente não me lembro qual. Saímos brocados de fome e compramos pão com mortandela e coca-cola, não me venham com julgamentos porque é divino.
Sentamos na praça ali perto nós dois, e papo vem e vai ele disse que queria me contar um segredo. Ele é bem mais novo que eu, tinha 17 anos na época. Ele nunca havia tido alguém que acolhesse ele como eu fiz, eu pensei sobre o que poderia ser mas senti que era algo sobre sua orientação sexual, porque ele dava muita pinta hahaha.
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Freenbecky ~ MINHA VIZINHA AO LADO
Roman d'amour*HISTORIA AUTORAL BASEADA EM FATOS FICTÍCIOS *PLÁGIO É CRIME *TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Meu nome é Freen Sarocha, tenho 24 anos, sou formada em Medicina Veterinária, trabalho com pequenos animais de companhia e silvestres, apesar de gostar de gra...