Primeira fase termina

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Sempre que estava com Xichen Jiang se sentia muito bem e estava cada vez mais tranquilo.

Mas sem perceber eles estavam se afastando.

“Por que caralho eu tô pensando nele”, se pergunta Jiang.


Após algum acontecido estranho entre Xichen e Yao ele não tem encontrado Xichen com tanta frequência quanto antes, mas seus pensamentos ainda estavam em Xichen, querendo que ele ficasse bem, que ele finalmente estivesse mais feliz e sendo honesto com ele mesmo o que é irônico Jiang pensar que alguém deve ser honesto consigo já que ele mesmo não reconhece os próprios sentimentos.


– Um saco ter que aguentar aquele Guangyao, - reclama Wei, já era bem tarde ele esperava que Jiang ainda estivesse acordado.


– O que foi dessa vez?, - indaga Jiang, algo nele não deixou que ele fingisse dormir.


– Aquele tampinha agora vive na casa dos Lan enchendo o saco, - diz Wei sentando na beirada da cama de Jiang,
- Fala umas coisas estranhas que só Xichen sabe decifrar, não parece como antes, sabe, sei lá.


– Ele fica lá agora?, - questiona Jiang.


– Ah sim, arruma tudo, lava a roupa só do Xichen, faz comida estranha que só Xichen pode comer, em resumo um saco, parece casal de velhos aqueles dois, - diz Wei,
- Fora que foge de uma forma bem ridícula do Nie Mingjue, - finaliza Wei rindo por lembrar da vez que ele fugiu e tropeçou no lixo e a voz de sua cabeça dizendo que finalmente Yao tinha achado seu lugar.


– Pelo menos Xichen está feliz?, - questiona Jiang distraído.


– Sei lá parece, mas porque da pergunta?, - diz Wei curioso.

– Curiosidade, - responde Jiang tentando parecer neutro, no fundo ele não sabe se essa resposta deixou ele feliz.

– Bem então eu vou te dizer uma coisa que vai te deixar feliz, - diz Wei,
- Finalmente eu e Wangji vamos procurar um lugar pra vivermos juntos, assim você pode ficar sozinho, - finaliza sorrindo Wei.

– Sério?, - questiona Jiang, ele tentou achar um lugar barato para se mudar mas tudo era caro demais, o que só poderia ser coisa do jogo para forçar ele a viver com Wei para sempre.

– Sim, e ainda consegui manter o aluguel pra você no mesmo valor, - diz Wei,
- Cadê meu agradecimento?.

– Você não faz mais que sua obrigação, eu ainda sou ser irmão mais novo e preciso de apoio, - diz Jiang sorrindo.

– Eu sei, eu sei, - diz Wei abraçando Jiang,
- Vou sentir falta desse péssimo humor.

– Eu não vou sentir falta de nada, - diz Jiang deixando acalmar o coração naquele abraço, ele sentia tanta falta de carinho de seus familiares, mas não quer ser um estorvo para eles.

– Então vou procurar um lugar lindo pra morar com o homem que eu amo, receber a visita dos meus irmãos e do meu sobrinho lindo, - diz Wei sorrindo.

– E eu vou procurar algo que me dê renda fixa, - diz Jiang sorrindo.



Assim mais um mês se passa.


Jiang ainda não consegue parar de pensar em Xichen.

Ele passa a ir nos lugares que ele sabia que Xichen ia, nos horários que ele costumava ir, mas não o encontrou mais.

Depois de mais de semanas nessa rotina extra para ver Xichen finalmente ele foi recompensado.


Sentado em seu banco de praça habitual lá estava Xichen pensando calado e com uma expressão gentil como o esperado.


– Um doce por seus pensamentos, - diz Jiang sorrindo segurando um doce como o de costume.

– Meus pensamentos o deixariam muito assustado, - diz Xichen sorrindo gentilmente.

– Você é um homem muito trevoso, - zomba Jiang.

– Ah você não faz ideia, - diz Xichen baixinho.

– Mas bem, Wei disse que você está se dando bem com Guangyao fico feliz, - diz Jiang tentando não soar irônico.

– Ele se tornou o mesmo do meu tempo, - diz Xichen sem emoção.

– Nossa que demais Xichen, era isso que você queria uma segunda chance com seu amigo, - diz Jiang animado.

– Eu sei, - diz Xichen.

– Aconteceu algo?, - indaga Jiang, aquela reação não era a que ele esperaria de alguém que a pouco tempo sentia tanta falta dos amigos.

– Por que só ele? Por que você não quer ser meu amigo também?, - indaga Xichen.


– Eu sou seu amigo, - diz Jiang sem entender nada.


– Não, não foi o que eu quis dizer, - diz Xichen.


– Chen você precisa ser mais claro, - diz Jiang.


– Cheng olha pra mim, - diz Xichen.


– Eu tô olhando, - diz Jiang sorrindo confuso.


– Me nota por favor, - diz Xichen encostando a testa na de Jiang.

Esse movimento faz algo no coração de Jiang acelerar.


– Irmão?, - diz Wangji com um tom de voz alto fazendo Xichen olhar triste para ele.

Xichen se afasta de Jiang e segue sozinho até seu irmão, ele afasta os pensamentos e se deixa levar por seu personagem.

Jiang respira fundo e dá graças aos Deuses por Wangji aparecer o clima entre ele e Xichen estava ficando estranho.


Mais um mês se passa sem Jiang ter sequer notícia ou fofocas de Xichen.


Então o temido dia finalmente começa.


Jiang vê seu irmão arrumar as malas para se mudar, aquilo começa a doer em seu coração, ele poderia mesmo ter aproveitado mais o tempo com Wei. Logo o telefone de Jiang toca:

Jiang: Alô,

Yanli: Alô Chen?

Jiang: Oi Jie tudo bem?

Yanli: Tudo ótimo, indo pro hospital é hoje vcs serão tios avisa pro Xian

Jiang: indo pro hospital te ver, ajudar sei .

Yanli: bem espero você.

A Jie foi pro hospital, é hoje Xian vamos ser tios, - diz Jiang alegre.

– Então vá se arrumar pra gente ir, - diz Wei parando tudo que estava fazendo, - Vou avisar Wangji.

Ao ouvir o nome de Wangji, Jiang sem nenhum motivo aparente se sente muito mal, uma tristeza sem razão começa a assombrar seu coração.


Ele sai aflito de casa, na sua praça de encontro secretos com Xichen ele procura respirar.





A escolha foi feita.




Essa única frase aparece em sua frente.

– Que escolha?, - indaga Jiang ao sistema.


Nada é respondido.

Ele não tem tempo para joguinhos, ele tem que correr para o hospital.


– Sério, que bosta de escolha foi feita?, - pergunta Jiang.


– Me responde caralho, - diz Jiang, ele não quer que seja o que ele está pensando, desesperado ele olha ao redor.

"Não pode ser, Xichen não pode ter escolhido Guangyao", pensa Jiang.


Ele pede aos Deuses que o que ele vê não seja verdade.


Xichen está beijando Yao.

"Não", pensa Jiang.


Novamente o barulho de coisa batendo o acorda.


– Não, - grita Jiang, ele tenta se acalmar e pensar, mas tudo que ele queria é que aquela imagem saísse de sua mente, sem rumo e sem entender nada ele volta até aquela praça e se senta.


– Dia difícil?, - diz o homem que a pouco ele via beijando Guangyao.


– Você não faz ideia, não faz a menor ideia, - diz Jiang...

Continua...

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