Olá, leitores.
O capítulo a seguir conta com situações de violência, se você é sensível a coisas relacionadas sugiro que pule.
Agradeço a atenção.
Boa leitura!
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Finalmente tinha tomado coragem para conviver com os meus sentimentos de forma harmônica. Enid agora era minha namorada e isso me trazia sentimentos tão bons que eu mesmo não me reconhecia.
- Como vai ser isso amanhã? - Enid perguntou depois de um longo tempo apreciando o anel que havia lhe dado.
- Ainda não sei, por isso estou tão insegura em te deixar participar. Fora que é lua cheia... - Disse me referindo a possível transformação da garota.
- Eu sei, não estou me transformando de qualquer forma... E mesmo que estivesse, não posso deixar minha garota passar por isso sozinha. - Ela disse sem me olhar, parecia preocupada.
- Me desculpe por isso, mas não posso te dar o namoro que merece sem tirar Goody de mim.
- Eu sei... Só não gosto da ideia de te perder. - Ela disse e as lágrimas voltavam a encher seus olhos.
- Ei, ta tudo bem. Eu vou tentar meu máximo. - Não podia mentir e dizer que vou voltar.
- Eu espero...
Passamos mais um tempo entre beijos e conversas até que ouvi um barulho na floresta, ignorei o primeiro arrepio que meu corpo sentiu, mas o segundo veio acompanhado da imagem de Thing sendo arremessado contra uma árvore e uma fumaça branca tomando o local onde estávamos. Tentei tampar o nariz e me prender a Enid mas era tarde demais, minha visão se tornou cada vez mais turva até que apaguei.
Acordei ainda tonta. O lugar parecia familiar mas não conseguia pensar direito. Me virei procurando alguma referência e senti meu pulso doer, estava amarrada a uma cama, as cordas mantinham meus pulsos e meus tornozelos firmes. No teto, vi algo se mexer, Thing estava preso por cordas e pregos grandes que perfuravam sua pele, vez ou outra seu sangue pingava em meu rosto. Tomada pela raiva de ver minha família daquela forma, tentei me soltar a todo custo, mas ainda estava com meus pensamentos confusos. Ao levantar a cabeça pude ver a cena que fez com que a raiva me consumisse, Enid estava pendurada pelos pulsos e seus joelhos encostavam o chão, a garota ainda estava desmaiada, seus cabelos estavam repletos de folhas e seu corpo sujo como se tivesse sido arrastada pela floresta, em alguns lugares de sua perna pude ver sangue escorrer.
- Ah, que ótimo! Você acordou, Wednesday. - Disse a pessoa que abria a porta do local.
Me virei para procurar a origem da voz e me deparo com Xavier vindo em minha direção.
- O que você está fazendo, seu imbecil? - Pergunto entre os dentes.
- Você precisa se acalmar mais, Wednesday. - Ele responde sorrindo. - A gente vai se resolver logo e você esquece isso.
- Eu vou arrancar seus olhos e fazer você comer. - Respondo tentando puxar meus pulsos mas falho.
- O que eu te dei fez um bom efeito, não? - Ele pergunta ainda sorrindo. O garoto puxa uma cadeira para perto da cama onde estou e estica a mão na direção de meu rosto.
- Não me toca! - Falo e uma dor de cabeça forte me atinge.
- Você vai ter que se acostumar com a impotência, como eu quando fiquei naquela cadeia em que você me colocou. - Ele disse acariciando meu rosto. O ódio me consumia cada vez mais, porém sentia meu corpo flutuando como se estivesse desassociando.
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Espectro De Descobertas
FanficDe volta a Nevermore, Wednesday tem um novo mistério nas mãos e uma evolução contínua para realizar. As confusões na cabeça da garota se tornam mais intensas como as mudanças em um espectro de cores invisíveis. Tudo ao seu redor muda mas será real?