38. Enxerido

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Lucca

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Uma semana depois...

— Mio amico! – Falo abrindo os braços quando o meu melhor amigo entra na minha casa.

— Parla mio re! (Fala meu rei!)

Dimitri Petrov, é seu nome.

Nos conhecemos desde da infância quando nossos pais fizeram sua primeira aliança e então nos tornamos inseparáveis, até que as responsabilidades e o peso da Máfia dependiam de nós, foi onde afastamento foi necessário.

Então, cá estamos novamente numa nova aventura depois de alguns anos, ou sei lá já que o vago na minha memória não me permite lembrar, essa porra toda me deixa irritado.

Dou-lhe um abraço forte e beijo os dois lados das suas bochechas e ele faz o mesmo.

— Que saudades!

— Nem me fala, e como tem sido agora que é o Don dessa família.

— Para ser sincero, um saco. Mais eu amo mandar e essa autoridade toda deixa meu ego nas alturas, haha...

— E com as mulheres? Hm? – Cutuca meu antebraço com o seu cotovelo.

— Com isso nunca tive problema, mais agora parece que ela sente o cheiro do dinheiro, esses dias foi duas de uma vez, só. Pensa que delícia...

— Hoooou! Não perdeu o ritmo, lembro-me bem quando fomos os dois.

— Que noite! Vamos para o meu escritório, lá podemos falar de negócios, beber e fumar.

Ele assentiu com a cabeça e me acompanhou.

Dimitri sempre foi um grande pegador, insano por mulheres e sua beleza. Temos nossos segredos e pecados.

Entramos e pego logo nossas bebidas e nossos cigarros.

Há algum tempo pedi que ele fizesse uma investigação para mim, sobre a mãe dos meus filhos, já que não tinha quem eu confiasse mais do que nele, e um dos motivos dele aqui foi esse, além de negócios.

— Meu rei, trouxe algumas informações, foi difícil já que perdeu um bom pedaço da sua memória.

— Já será de grande ajuda. Eu não confio no meu pai, mais a única verdade é a dele. Mateo não pode nem sonhar que eu esteja remexendo nesse lado da história. Eu preciso saber aonde esta mulher que abandonou eu e meus filhos.

— Sim, mais o que pensa em fazer quando encontra-lá?

— Não faço ideia, tenho receio de ainda amá-la, já que pelo historio fui louco por ela. Fiz até uma tatuagem ridícula... – Reviro os olhos.

— Haha, que românticos! – Ironiza a situação. — Eu não tivesse ao menos descoberto o nome dela, seria mais difícil ainda. E alguém sabe?

— Não. Uma vez eu escutei meu pai sendo chantageado por um homem, que disse o nome dela: "Se não pagar o dobro, serei obrigado a procurar, como ela chama mesmo? A mãe dos seus netos? Merlia Summers?" Então meu pai xingou ele e desligou a ligação. Por isso acho que há muito que ele tenha me contado.

— Seu pai é cheio de segredos.

— Sim.

— Mais essa mulher é um fantasma, não há registro nenhum lugar, mais quando fui para Boston a negócios aproveitei para investigar. E única coisa que descobri foi uma tia.

— Você sabe algo mais?

— Dessa tia não, só que morreu algo assim.

— Merda.

Fire: Indecente e Irresistível Onde histórias criam vida. Descubra agora