29- Roubados

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Merlia

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3 dias depois...

Fico como boba admirando meus filhos em seus bercinhos, acabei de dar o mama para eles. Cada um tem seu jeitinho; Emma é mais parecida comigo, porém tem os olhos do pai, já Oli é seu pai escrito com a cor dos meus cabelos. A mesma marca de nascença que eu tenho no punho, cada um herdou a sua, a menina no ombro esquerdo e o menino na coxa direita.

Ao lembrar de Lucca a tristeza me veem como um furacão, e a raiva dele só cresce porque ele só se importa em mandar cartas e nada, além disso, não é possível que quase um ano ele não pode vir embora.

Nenhuma ligação...

Eu sabia que ao sair daquela porta eu não o veria mais.

Beijo a testa dos meus filhos, apago as luzes, deixo apenas o abajur aceso do quarto deles, minha tia pediu uma licença no convento para vir me ajudar no primeiro mês e depois irá voltar as suas obrigações.

Entro no quarto e ela está lá dormindo na minha cama, entro na minha pequena sacada, sento e fico observando a Lua. Imaginando os momentos bons que iram vir partir daqui, decido que não irei parar minha vida devido ao meu marido.

Pego sua carta que me mandou semana passada e no fim ele se despedindo dizendo: "Te amo, minha pequena."

Não posso mais viver nessa espera, quando ele decidir voltar estarei aqui... Mais até lá não ficarei mais esperando.

Encosto a cabeça e fecho os olhos para descansar e se eu tiver sorte, sonhar com algo bom.

...

— AAAAH! – Acordo com os gritos da minha tia.

— MERLIA, MERLIA...

Gente o que ouve?

Levanto correndo e vou até onde ela está, no quarto das crianças, paro na porta e ela está de costas para mim e na frente dos berços.

Ela se afasta me dando a visão do colchão vazios, corro até lá e procuro por todo lugar como se eles soubessem andar.

Cadê? Cadê meus filhos?

As lágrimas começam a cair sem para, o desespero me consome.

— Tia Cadê? Cadê meus filhos?

E nós duas em prantos, tia Alex perdida, saio do quarto e vou até à sala, e vejo a porta com a tranca arrombada entre aberta.

Ouço os passos apressados da minha tia.

— Eu fui olhar eles e quando cheguei no quarto já não estavam.

— Não, não, não... Quem faria essa maldade com duas crianças? Tia quem seria tão cruel?

Eu falava e as lagrimas não paravam.

— O que é aquilo?

Alex aponta para um envelope preto com uma rosa-branca sobre a mesinha de centro.

Corro e vou até lá.

Abro rápido e logo reconheço a maldita letra.

Lucca.

"Querida Merlia,

Foi maravilhoso o que vivemos, tudo que passamos, cada noite de amor foi perfeita, saiba que nunca irei esquecê-la, sempre lembrarei de você com muito carinho, porém nesse tempo longe vejo com clareza que a gente nunca daríamos certo.

Por isso decidi algo muito importante, ficarei com meus filhos e deixarei você seguir sua vida em paz e livre para reconstruí com alguém que a ame de verdade.

Cuidarei muito bem deles e espero até compreenda minha decisão, e não me procure e não venha atrás de nós. Porque se isso acontecer não responderei pelas consequências de seus atos.

Ass.: Lucca Salvatore..."

E acabou em choro, o que começou...

... Com um sorriso tão bonito!

CONTINUA...

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Fire: Indecente e Irresistível Onde histórias criam vida. Descubra agora