14- Nossa noite

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Alguns dias depois...

Lucca

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Faz alguns dias que tenho ficado esperto com Merlia, eu peguei ela uma duas tentando me seguir. A primeira foi dentro do meu próprio carro e a segunda vez pro azar dela e para minha sorte eu esqueci um documento muito importante para uma negociação e peguei ela no flagra entrando de um uber.

Então a partir daí eu comecei a colocar gotinhas de calmante no seu suco ou qualquer coisa que fosse beber antes de deitarmos. Apesar dela não está ficando todos os dias na minha casa, mais é só nos dias que coincide com todo esse trabalho e o bom disso tudo que se ela reclamar, quem deu a ideia foi ela.

Mais tem ultimamente acontecido algo dentro de mim que me faz questionar quem eu sou e as minhas condutas, eu não faço o tipo de mocinho e sou um vilão e fui criado para ser uma máquina que matar a sangue-frio qualquer um que ameaçar a destruir minha família e seus negócios.

No dia em que coloquei meus olhos em Merlia, tudo isso mudou...

— Pronto. Feito. As mulheres chegaram quando?

— Amanhã a noite elas irão desembarcar.

— E como conseguiram tantas?

— Fizemos uma seleção das mais bonitas e geramos uma empresa fantasma de empregos.

— Ótimo.

— Senhor. Temos um presente para você.

Olho para um dos meus contatos, sério. Estamos em um galpão onde ficam alguns armamentos e drogas dentro de conteners que não ficam muito tempo parados. Mais de repente ouço passos apressados e um homem gritando.

Olho para Luigi que me retribui o olhar e se aproxima primeiro.

— O que é isso? – Ele diz.

Cruzo os braços observando um homem sendo carregado por outros dois com um saco preto na cabeça.

— Aqui, senhor Salvatore, seu pai disse estar procurando por um homem que se encontrava com a polícia disfarçado para ganhar dinheiro e em troca falava todos os esquemas.

Desgraçado.

— Hm. Tire o saco do verme.

Eles tiram e o homem todo machucado e me olha como se não se arrependesse.

— Eu não tenho medo de vocês.

Passo na frente de Luigi, pego a minha arma e encosto no seu queixo.

— Pois deveria.

— De você? Um moleque mimado que mau saiu das fraudas? E agora está com uma fama péssima, eu sei que não vai me matar.

Lembram da mudança? Essa é uma delas.

— Fiquei sabendo seu frouxo siciliano que está de regime na questão matar. Haha!

— Respeita o seu chefe! – Digo estressado e lhe dou um soco.

Ele volta o rosto e continua rindo a debochar de mim. Depois daquele baile que Merlia me acompanhou fingindo ser minha noiva, depois daquele dia não consegui matar mais ninguém porque todas às vezes que eu apontava a arma na cara de algum filho da mãe, a sua imagem vinha a minha mente.

Eu estou tentando ser uma pessoa melhor, mais como serei se essa vida que levo não me permiti?
Só tem um jeito e meu pai não irá gostar. Mais se eu quiser ter, tenho que ir armado para a guerra.

Fire: Indecente e Irresistível Onde histórias criam vida. Descubra agora