🪐Capítulo quatro

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— Então? Não vai me dizer o que está te incomodando? — Leona perguntou, fazendo a curva com o carro e pegando a avenida principal.

   Ela dirigia por uma rua movimentada de Seul mas que por milagre não estava congestionada.

— Não tem nada me incomodando, não, amor. — Lindsey se encolheu no banco do passageiro ao lado dela.

   Leona a olhou de canto, como se dissesse um "Sei", que fazia sua namorada entender que, se ela não contasse, Leona descobriria cedo ou tarde, então para evitar conflitos desnecessários,Lindsey  sabia que seria melhor se contasse.

— Bom, é só que... Duas coisas estão me incomodando, na verdade. — Ela foi falando, pensando muito em cada palavra que sairia de sua boca.

— Hum... Que seriam...? DÁ A SETA SEU ARROMBADO!—gritou com um motorista imprudente—Se fosse pra dar o cu ele saberia. Enfim, o que está te incomodando?

— Bom, é que... Sabe, eu queria saber...

— Choi Min Lindsey, você poderia parar de gaguejar e ir direto ao ponto? Você sabe que eu detesto rodeios. — Leona não estava de fato chateada com ela, mas aquilo era irritante, e o estresse que havia acabado de passar não ajudava.

— Sim, eu sei, desculpa. Bom, é que... Eu queria saber quando você pretende contar para ele.

— Contar o quê para quem?

— Contar ao Jin que você trabalha pro...

— Já tivemos essa conversa e você sabe a resposta. — Ela virou o rosto para a pista e evitou olhar para Lindsey naquele momento, pois agora realmente estava ficando chateada. Ela estacionou repentinamente e ficou com as mãos no volante, enquanto observava algumas crianças brincarem ao longe.

— Mas você não pode protegê-lo para sempre...

— É claro que eu posso. Ninguém poderá pensar em fazer mal a ele, ou então eu mato com vários tiros na testa ou mesmo na porrada, nem que para isso eu tenha que vender a minha alma ao diabo, mas nunca mais alguém vai machucar o meu príncipe, o nosso príncipe. E eu posso contar com você para isso, não posso?

   Leona a olhou no fundo dos olhos, Lindsey sabia que amava aquela garota, e seu maior medo era perdê-la e aquilo quase havia acontecido várias vezes.

— Você sabe que pode. Se você for para o inferno, eu vou junto, lembra? Foi a nossa promessa.

— Ótimo. — Ela sussurrou com seu hálito quente, aproximando seus lábios, mas parou antes de beijá-la. — Mas o que mais te incomoda?

   Ela viu o rosto pálido de Lindsey corar e soube do que se tratava.

— Não me diga que... Não, você ainda tem dúvidas sobre isso?

— Não é dúvida, eu só me pergunto às vezes se você realmente não se incomoda, sabe?

   Leona suspirou profundamente e riu de canto segurando o rosto da outra com ambas as mãos.

— Meu amor, entenda uma coisa: eu não ligo, ok? Sério. Até porque você não é obrigada a nada, ele não maltrata você, pelo contrário, te trata muito bem, e você sempre volta para mim, e é exclusividade minha nos fins de semana. Então, não, eu não me importo de você estar com o nosso chefe, até porque isso não muda nada em relação ao que eu sinto por você.

— Eu sei, amor. — Lindsey baixou o olhar e segurou as mãos dela nas suas, acariciando-as delicadamente. — Mas eu tenho medo de te magoar de alguma forma, você sabe que é tudo para mim, não sabe?

— É claro que eu sei. — Leona sorriu, lhe dando um beijo quente e cheio de paixão que durou alguns segundos apenas, mas que foi capaz de deixar Lindsey se sentindo a garota mais especial da face da Terra. — Não se preocupe, ok? No dia em que eu falei que você seria a minha garota, eu prometi que estaríamos juntas até depois do fim, então você não tem com o que se preocupar, porque eu te amo. Eu te amo infinitamente e ninguém vai poder te machucar porque eu sempre irei te proteger minha garotinha.

— Eu também te amo. — Ela sussurrou, ansiando por outro beijo, que veio logo em seguida, acompanhado por milhares de sensações que a faziam ir às nuvens.

Não esqueça de mim-NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora