10 - Conhecendo os pais

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Bakugou e Hana estavam juntos. Eles se encontravam discretamente, longe dos demais. Ele não queria que ninguém julgasse ou que ficassem com piadinhas. No fundo ele queria manter sua pose de mau. Alguns dias depois do festival de esporte Hana convidou Bakugou para conhecer seus pais.

-Por que tenho que conversar com seus pais? - Ele disse empurrado.

-Foi você que disse que era sério. Não posso namorar um cara que meu pai não conhece.

Ele fez um beicinho, mas consentiu. Ele gostava de tudo isso. Ela fazia bem para ele. Mesmo, que sempre achasse tudo uma besteira. Gostava da companhia dela e de como ela era fofa e durona ao mesmo tempo.

Os pais de Hana já os aguardavam. O pai de Hana, Matsumoto era um homem na casa dos 45 anos de cabelos azuis um pouco mais escuros que o da filha. A mãe de Hana, Saori era uma mulher também na casa dos 40 bem pequena e magra de cabelos platinados.

Bakugou viu de onde veio a genética de Hana. Os cabelos azuis herdara do pai. Os olhos turquesa e o corpo magro e franzino herdou da mãe.

A casa dos Mizume era uma modesta casa no coração de Kyoshu.

Saori quando viu o garoto abriu um largo sorriso. O pai por outro lado estava meio receoso. Talvez pelo comportamento apresentado pelo genro na final do festival.

-Filha! Que bom que vieram. - Ela abraçou Hana. - E este deve ser o seu namorado. Katsuki Bakugou.

-Muito prazer senhora Mizume. - Ele se curvou para a sogra.

-Sem formalidades genro. Me chame de Saori. Este é meu marido, Matsumoto. - Disse apontando para o marido.

-Muito prazer Senhor.

Hana se assustou com o comportamento do namorado. O dialeto reduzido é cheio de gírias deu lugar a uma linguagem formal e polida. Do tipo de um homem muito bem educado. Ele estava se esforçando.

Eles entraram. O jantar havia sido preparado pela mãe. Hana estava muito feliz com a presença do namorado. Quando o jantar terminou Saori chamou a filha para a cozinha deixando Bakugou e Matsumoto na sala sozinhos.

-Então... - o pai começou desconcertado. - Você esta namorando a minha filha...?

-Sim. - Bakugou não baixava a guarda. Nem mesmo para o pai da amada.

-Bem. Você acha que é bom o suficiente para a Hana?

-Eu sou excelente. - Bakugou respondeu nada humilde.

-Você não tem uma boa fama rapaz.

-E quem disse que eu ligo pra isso?

-Bom, qualquer rapaz em seu lugar, faria de tudo para agradar o pai da namorada.

-E porque tenho que te agradar? É só a Hana que me importa.

-Tem a língua afiada. - Matsumoto mantinha a postura de pai preocupado. O genro tinha um gênio pior do que imaginava.

-Você não vai me intimidar, se for esta a sua intenção. - O loiro respondeu ainda sério.

-Olha, não quero te intimidar. Mas, quero saber que tipo de cara você é. A Hana é boa. Tem um coração bom. É inteligente e decidida. E eu faria tudo por ela. Se eu ver que um cara mais ou menos está aqui para magoar o coração dela, ou machucá-la eu vou protegê-la não importa contra quem seja.

Bakugou o encarou. A expressão séria e normalmente furiosa deu lugar a uma frieza assustadora.

-Então. Nós somos dois. - Ele disse finalmente. - Eu mataria qualquer um para proteger a Hana. E eu não ligo para o que pensa de mim. Você não será o primeiro e nem o último a me julgar e sinceramente isso só me dá força. Eu gosto do desafio.

O sogro franziu o cenho.

-Pois bem. Você nem ao menos pediu, mas, eu dou meu consentimento. Mas, ainda não me convencer. Vai ter que demonstrar que você é um bom partido para minha filha.

-tsc. - Bakugou deu de ombros.


Na cozinha Hana estava preocupada com a reação do namorado.

-Aí mãe. Será que foi uma boa ideia?

-Seu pai só está preocupado com você. Este rapaz é muito agressivo e explosivo. Não queremos que sofra.

-Tudo bem mãe. O Katsuki é um cara legal. Ele é explosivo. Realmente. Ele é ariano. Tem um temperamento difícil. Mas, ele tem um coração bom. De herói de verdade. Ele pode ter muitos defeitos. Mas, para mim. Ele é perfeito.

A mãe se emocionou com a declaração da filha.

-Você tem minha benção. - Ela disse tocando o ombro da filha.

O jantar terminou sem problemas maiores. O próximo encontro seria conhecer a família do Bakugou. Uma jornada um pouco mais difícil.

***

-Katsuki!!!! Está é a sua namorada???


A casa dos Bakugou's era grande e espaçosa. Os pais dele pareciam água e óleo. A mãe Mitsuki era a versão feminina do namorado de Hana, pra falar a verdade até mais agressiva. O que justificava tudo o que a Hana havia visto até agora. A mulher também era loira de cabelos espetados e uma pele de dar inveja a qualquer um. O pai, Masaru, parecia ser a única pessoa sã naquela família. O homem não abria a boca e tinha sempre a expressão de exausto e com medo.

-Por que você não me disse que ela era tão linda? Olha o tom de azul deste cabelo. É natural querida?

-Sim senhora.

-Pare de tocar no cabelo dela Velha!

-Olha o jeito que fala comigo!!!

Os dois travaram uma briga terrível.


Masaru chegou lentamente perto de Hana enquanto mãe e filho se engalfinhavam.

-V-venha. Vamos entrar. - o pai chamou a jovem para dentro. - Isso vai demorar.

-Isso é normal...? - Hana disse desconcertada.

-Ah sim.

Pobre senhor Bakugou.


Hana pensou morrendo de dó do sogro.

-Você se acostuma. Só... mantenha a calma. Se brigar junto fica muito pior... - o pobre homem arrastava o pé pela casa.

Pobre Senhor Bakugou.

Quando a briga finalmente acabou eles foram para a sala. Katsuki e Mitsuki ainda estavam se estranhando à distância, mesmo que em sofás separados.

-Me perdoe pelo comportamento do Katsuki. Ele não tem nenhum tipo de filtro.

Acho que puxou de você. Hana pensou.

-Tudo bem. Não se preocupe.


-Você é mesmo uma moça incrível. Katsuki me falou sobre você.

-F-falou? - a jovem ruborizou.

Ele apenas desviou o olhar também envergonhado.

-Sim. Estou tão feliz que meu Katsuki tenha encontrado alguém que o compreende. Ele tem o temperamento difícil.

-Olha só quem fala! - Ele rosnou.

-Olha como fala garot...

-Sim! Ele é incrível! - Hana interrompeu antes que uma nova treta começasse. - Ele tem um temperamento difícil , mas é organizado, cuidadoso. Tenho certeza que isso veio da Senhora.

-Me chame de Mitsuki querida! Você é um anjo. Se quiser pode me chamar de mãe, sogrinha. Como você preferir. Garoto de sorte esse meu filho.

A reunião terminou sem mais brigas. A mãe de Bakugou simplesmente amou a nora. Ele acompanhou até em casa.

-Hey. Kacchan.

-Hum.

-Adorei sua família.

Ele fez cara de espanto.

-Sério?

-Sim. Tem muita humanidade nas emoções.

Ele sorriu. Chegando na porta da casa dela. Deu um beijo caloroso na namorada e se despediu. Cada vez mais ele se apaixonava por ela.


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