Todo o amor do Mundo

28 - Prelúdio

Após a infiltração de Hawks, a localização da antiga liga dos vilões foi descoberto. Todos incluindo os heróis com licença provisória foram convocados. A inquietação tomava conta do colégio enquanto se preparavam para a guerra contra Shigaraki.

Hana estava deitada na cama de Bakugou olhando para o teto enquanto o namorado limpava as enormes manoplas de seu traje. A jovem olhava fixamente para o teto, com a expressão tensa.

Bakugou observou a tensão da namorada e tentou acalmá-la.

-Encontrou? - Ele começou a falar.

-O que? - Ela disse voltando de seus próprios pensamentos.

-O que você procura no teto...

-Seu bobo... - ela riu.

-Olha... vai dar tudo certo. Eu sei que está preocupada.

As lágrimas começaram a rolar do rosto da jovem.

-Eu tô com medo Kachan. Meu amor, nós podemos morrer amanhã... eu sempre quis ser uma heroína, e agora tô aqui morrendo de medo... como eu sou ridícula.

-Hey... Hani... - Ele levantou-se e deitou-se ao lado dela na cama abraçando a jovem. - Vai dar tudo certo. Ok? Eu protejo você. Sempre.

-As vezes esqueço da nossa responsabilidade e fico sonhando com nós dois juntos numa casa espaçosa com 2 gatos e 2 cachorros e nossos filhos correndo pela casa... eu sou tão idiota.

-Eu vou te dar tudo isso. Eu prometo. Você será Hana Bakugou.

-Hana Bakugou? Soou bem isso.

-Sim.

Ele deu um beijo em Hana e encostou a cabeça dela em deu peito, acariciando os cabelos dela. As vezes ele se perguntava como pode amar tanto alguém assim. Logo ele, que nem sabia direito que sentimento era esse.

-Hani...

-Hum.

-Quando a gente se formar, quero me casar com você.

Ela ergueu a cabeça rapidamente.

-O que... ? - os olhos da jovem estavam marejados de lágrimas.

-É serio. Eu quero me casar com você. Você, se casaria comigo?

Ela ficou em choque com a proposta.

-Eu até... espera. - Ele abriu a gaveta do criado mudo e pegou uma pequena caixa de veludo azul. - Eu ia te dar no seu aniversário, mas com isso tudo acontecendo. Acho que não teremos muito tempo né. - Ele abriu a caixinha e dentro um anel de ouro branco com uma pequena safira.

-Isto é... - Ela levou as mãos à boca espantada. - Um anel de noivado????

-Sim. Acho que safira combina com você. Gosta tanto de azul.

Ela se jogou nos braços do namorado.

-Eu aceito! Eu aceito!

-Eu ainda vou conversar com seus pais! E minha mãe também... - Ele disse está última muito desanimado.

-Kachan... eu te amo muito. - Ela disse olhando nos olhos carmesim do namorado

-Eu também te amo Hani. Te amo pra caralho!

-Olha a boca!

***

Muita coisa estava acontecendo ao mesmo tempo. Todo mundo tinha medo do que estava por vir.

Todoroki estava sentando a mesa comendo um prato de soba enquanto se lembrava da desagradável conversa com o pai.

Foi logo depois da missão na ilha de Ba-Sing-Se. Endeavor chamou o filho em seu escritório. O pro Hero estava sentando com caras de poucos amigos.

-O que quer comigo, Endeavor? - Shoto disse olhando friamente para o pai.

-A neta da Bertha.

-O que tem ela?

-Vocês dois estão juntos?

-Por que esta pergunta?

-Esta escrito na cara de vocês. Eu só quero ouvir da sua boca.

-Sim. Estamos juntos.

-Shoto! Não quero que se envolva com aquela garota!

-É meio tarde para isso. Estamos bem envolvidos.

-Eu tô falando sério Shoto! A família dela são todos loucos! O pai, a avó, a mãe!

-E a nossa é normal? - Todoroki ironizou.

-Não é isso, se quer alguém, quando se formar nós buscamos uma esposa mais adequada.

-Como você procurou a mamãe? Quer me comprar uma esposa? - Todoroki respondeu alterado.

-Shoto! Não é isso..!

-Eu decido a minha vida, Endeavor!

-Shoto, o pai dela é um homem calculista, a avó dela é uma mulher rigorosa e sádica e a mãe dela...

-A mãe dela cuidou da mamãe... quando você foi negligente! Eu não ligo para o que você pensa!

-E tem mais uma coisa filho, vocês dois serão heróis um dia, como acham que será a vida de vocês?

-Não importa o que você me diga, eu gosto da Kaya e quero estar com ela, independente do que você ou qualquer pessoa diga.

-Este sentimento pode matar vocês. Não há brechas para sentimentos numa guerra. Não se esqueça disso.

-Não me esquecerei. Se era só isso, estou indo agora.

Shoto ficou sem falar com o pai o resto do dia. Estava furioso com a intromissão de. Depois disso Shoto foi falar com os pais de Kaya e formalizar o namoro, o que deixou Diana muito feliz.

-Eu sabia!!! Que lindo vocês dois! - Diana disse abraçando o casal.

-Aí mãe...

-Tia Diana... não consigo respirar....

-Desculpa Shoto. E a sua mãe, ela já sabe?

-Eu mandei uma carta para ela. Ela está muito feliz. Disse que depois quer conversar com a gente. Como ela já conhece a Kaya disse que ficou despreocupada e que eu estava entrando para uma boa família.

-Que bom Shoto, nos também estamos orgulhosos. Sempre te considerei da família.

-Obrigado, tia Diana.

O velho Thunder, pai de Kaya estava calado. Ainda analisando a situação, mas depois disse calmamente.

-Seu pai é um homem de temperamento difícil. A única coisa que peço a você é que ame a minha filha, a respeite e a trate da melhor maneira possível. Ok?

-Sim senhor.

Depois disso, eles contaram aos outros alunos, que não se surpreenderam com a notícia.

-Vocês estão juntos? - Midorya disse sorrindo. - Eu imaginei mesmo.

-Éramos tão óbvios assim? - Todoroki disse confuso.

-Muito! - Kirishima disse ironizando.

-Todoroki seu pervertido! Escolheu a garota mais gos-! - Iida tampou a boca de Mineta antes de ele terminar a frase.

-Não termina essa frase...

-Se você falar algo assim da Hana eu mato você! - Bakugou ameaçou. - E pelo amor de Deus, quem foi que esmigalhou a cebolinha?

-Ah, fui eu! - Todoroki disse.

-Fique longe da cozinha Meio a Meio! Não sabe cortar alho poró, nem cebolinha, você só está existindo!

-Me desculpe!

-Desculpa nada! Você é ridículo nisso. Sorte a sua que a Kaya é uma excelente cozinheira se não vocês morreriam de fome!

Todo mundo se reuniu e jantaram e festejaram juntos naquele dia. Um breve momento de alegria antes que tudo fosse se transformar.

***

Shoto estava preocupado com o que viria. Não seria uma missão qualquer, era caso de vida ou morte. Não havia espaço para falhas.

Ele terminou o prato de soba e foi até o quarto do de Kaya.