11 - Acampamento de férias de verão

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As aulas foram sucedendo, as provas antes das férias mantiveram todo mundo ocupado. Hana e Kaya foram estudar juntas, enquanto os outros se esforçavam para tal.

As duas foram para a casa de Hana.
A azulada observou a tensão da amiga.

-Kaya...Tá tudo bem?

-Tô sim.

A resposta da amiga não convenceu.

-E vocês Hana? Você e o menino bomba?

-Estamos bem. Ele conheceu meus pais e eu conheci os pais dele.

-E como foi?

-Bem... meu pai ficou meio receoso. Mas, minha mãe nos deu total apoio. E os pais dele... bem. Não dá para ficar entediada.

-E vocês estão prontos para falar para os outros?

-Não... ele quer que mantemos segredo.

-Isso é certo?

-Não sei... acho que devo respeitar a opinião dele. Por enquanto.

-Bem... se você acha.

A amiga ainda estava cabisbaixa, e isso incomodava Hana.

-Amiga. Não gosto de ver você assim.
Kaya encheu os olhos de lágrimas. E começou a chorar

-Kaya.... tá tudo bem? - Hana se assustou.

-Eu tô cansada Hana. Pareço um cachorro correndo atrás do rabo.

-Tá falando do Shoto? Amiga. Esquece esse cara. Você estava tão feliz com o jantar. Deu errado? Ele fez alguma coisa?

-Não Hana. A culpa não é dele. É minha. Eu crio expectativas. Não posso culpa-lo.

-Kaya... você precisa sair dessa. Ele continua a mesma pedra de gelo?

-Sim e eu não sei como fazer ele acordar.

-Amiga. De tempo ao tempo tá. Tudo vai dar certo. Em algum momento você irá entrar no coração dele.

Kaya não tinha tanta certeza. No fundo ela achava que cada vez mais ele se distanciava dele. E no fundo do coração. Ela sabia que era hora de desistir.

***

As férias finalmente chegaram. A turma foi para um acampamento bem distante da cidade. O acampamento das PussyCats ficava em um terreno enorme cercado de árvores.

A recepção não foi das mais amistosas. Arremessados para o meio da floresta. As turmas A e B tiveram que se virar em meio a floresta.

Quando finalmente chegaram foram jantar e tomar banho nas termas. As meninas estavam todas reunidas no banho.

-Aí. Isso é tão bom! - Mina disse entrando na água.

-Nossa, nem fala. - Jirou disse encostando nas pedras.

Do outro lado estavam os garotos. Mineta bola a um plano mirabolante para ver as meninas do outro lado. Isso incomodava Bakugou, se ele bancasse o engraçadinho ele mesmo iria explodir aquele pervertido.

No fundo a curiosidade de ver Hana nua o deixou com borboletas no estômago. Eles estavam namorando, mas não haviam tido nenhuma intimidade. Isso o deixava com o rosto em chamas só de pensar.

Mineta começou a escalar e antes que Bakugou pensasse em derrubar o engraçadinho um garotinho arremessou o abusado para baixo. Logo depois o garoto desmaiou ao ver as garotos do outro lado.

No dia seguinte o treinamento foi intenso. A turma B também foi treinar junto.

No meio do treinamento Hana percebeu que um dos garotos não tirava os olhos dela. O convencido Monoma a observava de longe. Sempre debochando da turma A, Hana achava que era para rir dela. Os outros ficavam se entre olhando e cochichando.

Mais tarde, o jantar que deveria ser preparados por todos Hana recebeu um bilhete escrito em francês. Ela a princípio achou que era o Ayoama, mas isso era praticamente impossível. Com o celular ela apontou para o bilhete para traduzir.

Ainsi toujours poussés vers de nouveaux rivages,
Dans la nuit éternelle emportés sans retour,
Ne pourrons-nous jamais sur l'océan des âges
Jeter l'ancre un seul jour?

Alphonse Martine

Assim sempre empurrando novas praias,
Na noite eterna levado sem volta,
Podemos alguma vez no oceano das eras,
Lançar âncora por um único dia?
Alphonse Martine

Que cafona.

O bilhete não tinha assinatura. A letra Hana não conhecia. Será que era o Bakugou?

Sem chance

Quem mandaria um bilhete em francês?

Hana resolveu investigar. Na certa foi da turma B. Deve ser alguma pegadinha, o Monoma estava rindo dela.

Ridículo.

Mais tarde o pessoal se reuniu para o jantar. Hana ainda estava pensativa sobre o bilhete. Mas, resolveu deixar pra lá.

Mesmo assim chamou Kaya e mostrou o bilhete para ela.

-Como assim? - Kaya ficou surpresa.
Kaya falava francês fluentemente.

-Eu não entendi. E sinceramente acho que isso é uma brincadeira.

-Ayoama?

-Não... sem chance. Egocêntrico demais pra isso? Além do mais acho que ele é gay.

-Falou com isso com o B... - Kaya encerrou antes de completar.

-Não! Nem pensar. Eu nem sei o que é isso. Pode ser uma brincadeira.

-É verdade. Bem. Você pode ignorar. É o que eu faço.

-Você recebe cartas Kaya?

-Sim, com uma certa frequência.

-E você só ignora??? - Hana disse surpresa.

-Sim. Recebo almoço, flores, chocolate, cartas, mensagens de celular. Declarações pessoalmente.

-E você fica correndo atrás daquele ridículo porque??? - Hana disse indignada.

-Amor. Mas, acho que vou desistir Hana. Ele nunca vai deixar eu entrar no coração dele.

-Deixa de ser pessimista. Quer um conselho? Para de correr atrás dele e começa a dar um gelo.

-Eu não sei se consigo.

-Kaya, você levanta um carro. Tem 1,80 de altura. Corpão escultural. Por que ficar correndo atrás de quem não te quer?

Kaya se emocionou com a frase da amiga.

-Você tem razão.

E assim mais uma noite terminou.

Todo o amor do MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora