𝗉𝗌𝗒𝖼𝗁𝗈 ☆ noart

22.

Passaram-se horas que eu estava fechada nesse recinto, Alexander insistia em me levar para casa, mas eu não queria ir até saber como Noah estava. Levanto rapidamente do banco onde eu estaria adormecendo pela 4ª vez ao ver um médico aproximar de nós.

__ Boa noite, é a mulher do Sr. Urrea? __ Ele pergunta olhando para o papel em suas mãos.

__ Como ele está? __ Pergunto ignorando sua pergunta.

__ Recuperando. Sr. Urrea apenas fraturou uma perna, mas já tratamos disso. Nesse momento ele está consciente e chama pela Sra. Deinert.

__ Vai lá, Si __ Diz Alexander ao meu lado.Assinto e fui guiada pelo médico até onde estava Urrea, abro a porta lentamente vendo-o deitado na cama e fitando o teto. Seu rosto e braço cheios de hematomas, sua perna engessada.

__ Noah __ Chamo ao aproximar de sua cama. Percebi seu olhar diferente __ Como está se sentindo?

__ Mal! Agora eu me odeio mais ainda, Si. Esse acidente levou o meu antigo eu. Não as ouço mais, as vozes que me obrigavam a fazer tudo aquilo com você. Agora mais ainda eu sinto pelo perca do nosso filho __ Ele se esforça para sentar na cama, porém fazendo uma expressão de dor __ Agora mais do que nunca você tem essa oportunidade, Si, de me matar e finalmente viver livre.

__ N-não Urrea, jamais farei isso, você não imagina como fiquei preocupada com você.

__ Por quê Si? Porquê não aproveitar agora para ir bem longe? Agora que sabe que eu não irei mais atrás de você.

__ Não vou fugir mais, Urrea. Não agora que você precisa de mim, estarei ao seu lado.

__ Não preciso de você, Si __ Ele diz seriamente __ Aliás, quero você bem longe de mim, e se você não vai, eu vou.

__ Não __ Falo sentindo as lágrimas caírem __ Você não pode ir, eu sei que ainda precisa de mim, Noah. VOCÊ DISSE QUE ME AMA __ Grito não me reconhecendo mais. Ouço alguém entrar.

__ Senhora, preciso que se acalme __ Diz o médico tocando em meu braço.

__ Não toca em mim __ Aponto o dedo em seu rosto.

Eu já estava fora de mim, não queria aceitar que Noah não me queria mais ao seu lado, sim eu estava louca, louca ao ponto de me recusar a ficar longe de alguém que me fez mal. Não conseguia parar de chorar, sentia minha cabeça rodar e novamente a tontura toma conta de mim.

__ Senhora? __ Foi a ultima coisa que ouvi antes de cair nos braços do médico.

                                                                                       [...]

__ Sina? __ Ouço alguém me chamar e de olhos fechados via uma luz forte direcionada para mim.Abro meus olhos com dificuldade, me acostumando com a luz e vejo que estava em um outro quarto deitada na cama, uma seringa embutida em minha mão e um aparelho que fazia um barulho insuportável.

__ O que aconteceu? __ Pergunto ao médico que me olhava pacientemente. __ Quanto tempo estou aqui?

__ A senhora estava um pouquinho alterada e acabou perdendo os sentidos, está inconsciente à algumas horas, mas eu fiz um exame e descobri algo... __ Ele olha para mim por cima de seus óculos.

__ O quê? __ Pergunto.

__ Sente enjoos frequentemente? __ Assinto __ Quanto tempo a menstruação da senhora está atrasada?

__ E-eu... o que quer dizer com isso? __ Pergunto desconfiada.

__ Com bases nos exames que lhe foram feitos, pude ver que a senhora está grávida de quase dois meses.

__ O quê? __ Pergunto em um fio de vós, mas no fundo uma felicidade enorme crescia dentro de mim.

__ Parabéns pela nova vida que cresce dentro de si.Não respondo, arrancando todos os fios que estavam ligados à mim e saio correndo do quarto, indo até ao quarto de Noah. Um sorriso estava estampado em meu rosto em meio às lágrimas. Estava convencida de que essa seria um bom motivo para que Noah ficasse comigo, mas ao chegar em seu quarto, ele não estava lá.

__ Onde ele está? __ Pergunto ao médico que corria atrás de mim.

__ O paciente foi transferido à seu pedido, segundo ele, o mesmo não quis mais ver a senhora. Lamento muito.

Foi um tiro reto em meu coração. Noah foi embora sem ao menos saber que eu estava novamente esperando um filho seu.