12.

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Após Noah levar-me para comprar roupas, voltamos para casa e eu fui direito para o meu quarto, me trancando lá.

— Si — Ouço Noah me chamar — Abre a porta.

— O que você quer? — Grito para que ele ouça, mas o mesmo não responde. Dou um longo suspiro e levanto para abrir, encontrando o mesmo encostado na porta.

— Você está bem? — Ele pergunta.

— Porquê lhe interessa? Não é você que quis me matar?!

— Porquê você tem que ser tão teimosa? Aceita de uma vez por todas que você é minha e tudo que fazes ou deixas de fazer me interessa. — Diz ele. Noah aproxima de mim e toca meu rosto — Eu te amo, Si.

— Eu te odeio.

— Você não disse isso quando estávamos fodendo — Diz ele. Sinto meu rosto esquentar de vergonha — E você estava 100% sóbria.

— E você não imagina o quanto eu me arrependo por isso — Respondo olhando cinicamente para ele. — Cada segundo da minha vida eu me arrependo do primeiro dia que falei com você.

— Vadia — Diz ele dando um tapa em meu rosto. Dessa vez devolvo o tapa, mas me arrependo no mesmo instante.

Noah me empurra até a cama e vem para cima de mim. Suas mãos apertam meu pescoço e o mesmo sela nossos lábios. Tentava empurrar seu corpo mas era inútil. Suas mãos saem finalmente de meu pescoço, levantando minhas pernas até a altura de seu quadril.

— Sai de cima de mim — Falo desviando de seus beijos — Você me dá nojo.

— Vem para cá, sua puta — O mesmo me puxa pelo cabelo fazendo eu levantar e bate minha cabeça contra a parede — Você acha que eu esqueci que tentou me matar?

— Tentaria mais vezes, só para me ver livre de você. — Passo a mão em minha cabeça. — Não imagina como eu espero tanto o dia que Olívia vai...Paro de falar percebendo o erro grave que estava cometendo. Noah olha para mim confuso.

— Olívia? O que ela fez? — Ele pergunta.

— Nada.— Olívia contou alguma coisa para você, é isso? — Ele insiste prensando meu corpo contra a parede.

— Não, Noah. Eu já disse que ela não contou nada — Falo impaciente.

Noah dá as costas para mim mas eu puxo seu braço o fazendo voltar e beijo seus lábios. Seus mãos puxam meu corpo para mais próximo do seu. Noah puxa meus cabelos para trás, descendo seus beijos para o meu pescoço. O mesmo aperta meu seio, o que me fez deixar escapar um gemido.

— Merda, Si — Diz ele — Você me deixou duro. Quero foder você de todas as formas possíveis.

— Pois vai ficar querendo — Dou as costas para ele e sento na cama. — Que horas eu devo estar pronta?

— 07:10 PM — Diz ele parecendo estar irritado. O vejo sair do quarto, dou um longo suspiro e passo a mão em minha cabeça que doía.

                                                                                ...

Estava finalmente pronta, passei um perfume leve e sentei na cama, encarando as paredes. Noah entra no quarto, já vestido em seu terno azul escuro, seus cabelos levemente despenteados e seu perfume com um aroma perfeito se espalhava pelo quarto. Seu olhar descia por todo o meu corpo e um sorriso leve brota no canto de seus lábios.

— Não me canso de olhar para você, querida — Diz ele. Não respondo — Vamos. 

Me deixei ser guiada pelo mesmo até ao carro e em seguida Noah dirige até onde seria o evento. Ao chegarmos, Urrea abre a porta para eu descer e flashes invadem minha visão. Noah entrelaça nossas mãos e me guia para dentro do salão.Cheio de pessoas ricas, todas elas provavelmente tendo assuntos entediantes, e Noah fazia questão de me apresentar em cada um deles.

Sentamos finalmente em uma mesa mais reservada, onde estavam apenas uma senhora e uma mulher que aparentava ter a minha idade.

— Si, estas são Tânia e Serena — Noah apresentava cada uma delas. Meu olhar pousa em Serena, a mulher que sorria maliciosa para Noah e o mesmo parecia se divertir.

— Licença, vou ao banheiro — Diz ela olhando diretamente para Noah.A loira sai da mesa e vai desfilando até ao banheiro, atraindo olhares até mesmo de homens acompanhados. Minutos depois Noah avisa que precisa sair, já até mesmo sabia o que aconteceria.

Minutos passavam e eu já estava cansada de ficar olhando para as pessoas, aviso à senhora que sentava comigo. Vou em direção ao banheiro, mas acabo esbarrando em um homem.

— Onde vai com tanta pressa? — Ele pergunta com um sorriso divertido.

— Onde não te interessa — Respondo

.— Nervosinha, gostei de você — Diz ele.

 — Posso oferecer-lhe uma bebida?

— Preciso ir ao banheiro agora, quem sabe quando eu voltar.

— Então, ficarei esperando por você — Ele dá uma piscadela para mim.

Voltei a andar em direção ao banheiro e ao aproximar, ouço gemidos ficando cada vez mais altos quanto mais eu aproximava. Abro a porta vendo a loira e Noah fodendo.

— Si? — Diz Noah assim que me vê.Sem dar tempo para que ele falasse mais alguma coisa, saio do banheiro e passo novamente por aquele aglomerado de pessoas, indo em direção à saída. Até mesmo o homem que eu ainda não sabia o nome chamava por mim, mas eu simplesmente ignorava tudo e todos.

Cheguei na parte de fora agora mais calmo, parecia ser o jardim, não estava mais ninguém. Não entendia o porquê reagi assim ou porquê odiei ver Noah com aquela mulher, mas com certeza era coisa da minha cabeça.

— Si — Ouço a voz de Noah atrás de mim. Queria não, mas acabei virando para encarar ele.

 — Sabe que você não pode vir aqui sozinha.

— Você me deixou sozinha para ficar com aquela mulher. — Falo. Vejo um sorriso nascer em seus lábios — O que foi?

— Você está com ciúmes.

— Nem morta — Falo com o maior ódio que sentia por ele.Sinto uma tontura que me fez perder o equilíbrio. Noah envolve seus braços em volta da minha cintura. Deito minha cabeça em seu peito sentindo-a latejar e ao mesmo tempo uma vontade enorme de vomitar.

— Você está bem, Si? — Ele pergunta preocupado.

— Não é da sua conta, apenas me leva para casa — Respondo e o ouvindo suspirar.

𝗉𝗌𝗒𝖼𝗁𝗈 ☆ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora