37.

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— Si, calma — Diz Noah vendo que eu não parava de chorar — Vamos ligar para a polícia.

Noah pega em seu celular e ligando para a polícia. Eu só conseguia andar de um lado para o outro, já que nesse momento era difícil para mim sentar. Não demorou para que os policiais chegassem, eram vários e apenas dois aproximam de mim.

— Boa noite, senhora. Por favor, eu preciso que me dê alguns dados da criança. — Diz o policial moreno — Nome?

— Lia Urrea — Respondo entre soluços.

— Últimas pessoas que tiveram contato com a criança?

— Eu e Noah, apenas. Ela estava em seu quarto até bem mais cedo. — Respondo.

— Há alguém que indireta ou diretamente deu sinais que possam possivelmente estar envolvidos no desaparecimento de Ariana? — Ele pergunta e eu o encaro pensativa. Desvio meu olhar para a porta onde entrava Giu, Ema e Lucca.

— Não, que eu saiba — Respondo.

— Nós vamos continuar a trabalhar nisso para que rápido sua filha volte em seus braços — Diz o policial e indo até aos outros. Giu aproxima e logo me abraça, assim como Ma.

— Lia vai aparecer, quem quer que seja que está com ela, pagará por isso. Noah ligou para mim e rapidamente nós viemos para aqui.

— Não se preocupe, não sairemos daqui até ela aparecer — Diz Lucca.

                                                                                   [...]

As horas passavam e até agora ninguém me dizia porra nenhuma. Estava cansada de esperar e ter que ouvir "ainda estamos trabalhando nisso". Noah não parava de andar para lá e para cá, era visível que ele estava preocupado tanto quanto eu. E de igual modo meus amigos ajudavam na busca.

— Si você precisa descansar — Diz Noah.

— Eu não vou dormir até ter novamente minha filha.

— Noah tem razão, Si. Você precisa descansar, nós estamos aqui é porque te amamos e queremos o melhor para você, então confia em nós para encontrar sua filha — Diz Ma.

— Eu confio em vocês — Respondo.

Sigo até meu quarto e ao entrar, sento na cama. Pensativa e olhando para a parede, eu estava com medo, meu corpo todo tremia, não quero que nada aconteça à minha filha.Enquanto estava pensativa, ouço uma mensagem entrar em meu celular que eu já nem sabia que existia. Levanto da cama e vou procurar em minha bolsa.

 Assim que o acho, rapidamente vou ler a mensagem e arregalando os olhos quando percebi do que se tratava... Lia. Corri novamente onde estavam todos e eles olham para mim assustados e Noah aproxima de mim.

— O que foi? — Ele pergunta.

— Lê — Entrego meu celular para ele. Noah leu tudo rápido e logo vai até onde estavam os policiais.

— O que é? Alguma pista? — Ma pergunta.

— Sim. Lia está com Paola e...

— E? — Giu insiste.

— Josh.

                                                                                         [...]

Faziam exatos 30 minutos que a polícia investigava o caso baseando na última mensagem que recebi. Estava sentada no sofá e já roendo as unhas de tanto nervosismo, até ver 3 policiais aproximar de mim e rapidamente eu levanto.

— Alguma coisa? — Pergunto esperançosa.

— Nós descobrimos onde Lia está — Diz ele e eu não pude evitar sorrir — Há uma hora da cidade e em um galpão abandonado.

— O que estamos esperando então? Vamos para lá agora — Diz Noah.

Saímos todos de casa e com o objetivo de ir para lá. Policiais foram em seus carros. Lucca, Ma e Giu foram juntos e eu no mesmo carro que Noah.Todo o caminho foi um completo silêncio, eu estava longe daqui, pensando em minha filha, sentia um aperto em meu coração só de pensar que Lia estava aqui, no meio de mato e mais mato. Quando os policiais param o carro e descem, Noah e eu fizemos o mesmo e vamos ao encontro deles.

— Porquê pararam? — Pergunto.

— Não podemos entrar assim. Se eles chamaram você assim tão facilmente, pode ter a certeza que tem data de seguranças os protegendo — Diz Noah — Mas verdade é que alguma coisa precisa ser feita e ficando aqui parados não vai resolver nada. É a mim e Si que eles querem e eu não vou colocar ela em perigo, portanto, eu vou entrar.

— Não, Noah. E se eles fizerem algo com você? — Pergunto em pânico.

— Não se preocupe comigo, Si. Nós queremos tirar Lia daí e eu o farei, nem que isso me custe a vida. — Ele aproxima de mim e beija minha testa — Eu prometi cuidar de vocês, até ao último dia da minha vida e não me importo que seja hoje.

𝗉𝗌𝗒𝖼𝗁𝗈 ☆ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora