"E se eu quisesse terminar?
Rir de tudo na sua cara
O que você faria?E se eu caísse no chão?
Não pudesse mais aguentar issoO que você faria, faria, faria?
Venha me destruir
Me enterre, me enterre
Eu terminei com você"The Kill - 30 seconds to mars
Eu não faço ideia de quanto tempo se passou desde o meu último pesadelo, horas, minutos, e segundos se resumiam a uma eternidade de dor. Assim como o Mangakyo sharingan, onde segundos tornaram-se três dias, onde a tortura é infinita, onde o tempo não importa e nem mesmo a vida.
Não importa mais...
Nada importa mais.
Nem o amor.
Nem o ódio.
Nem a mim mesmo.
Eu tinha a irritante impressão de que meu maldito corpo estava apodrecendo, talvez não fisicamente, mas algo na minha alma permanecia em pedaços. É tudo culpa deles. Desse sistema miserável, desses shinobis desgraçados, desse mundo simplesmente por existir. E algo eu já tinha compreendido há muito tempo. Não há escapatória para a dor, pois ela sempre retorna, e continua a machucar e queimar por dentro. Sufocar e destruir. Não existe outro caminho além desse, nem mesmo depois desistir de mim mesmo. É como uma prisão infindável, a qual os limites não existem, um labirinto repleto de falsas saídas onde todas convergem no ponto inicial. Esse ponto era meu ódio, meu medo.
Minha dor.
E não importava o quanto eu olhasse aquelas paredes úmidas, escuras e melancólicas. Nada parecia mudar. Seria irônico se fosse assim. Meus olhos permaneciam fixos no "Nada", a espera de algo. Eu percebi a porta se abrir, ao som de alguns passos. Passos irritantes e pesados. Depois de tanto tempo aqueles malditos decidiram de novo vir me perturbar. Idiotas. Miseráveis.
É a única coisa que sabiam fazer. E talvez fossem muito corajosos, por me deixarem sem minha venda, tendo em conta o que aconteceu da ultima vez.
Minhas suspeitas se confirmaram, doutor Takada e Ibiki entraram na sala, evitando me olhar diretamente, embora aquele psiquiatra em especial tivesse a coragem de encarar meus olhos. Eu queria mata-los. Matar por todas as sessões de tortura do Ibiki, e por qualquer que seja a contribuição desse maldito psiquiatra. Por todos os remédios e todas as coisas as quais me forçaram. E talvez por tirarem minha liberdade.
Os dois pararam diante de mim, o velhote com uma maldita prancheta, fazendo anotações, e se mantiveram a uma distância considerável. – Me disseram que você tem gritado muito durante as noites.
— Um homem não pode gritar enquanto dorme? - Ironizei sem vontade de responder e dei as costas para eles, escorando na parede e encostando minha cabeça em meu punho. – Sugiro que saiam daqui antes que eu perca a minha paciência.
— Que tipo de sonhos você tem? Eu creio que você está passando por um quadro de terror noturno. Sabe? Não é tão comum em adultos, mas pode acontecer com pessoas emocionalmente estáveis. – Tudo bobagem.
— Você não ouviu o que eu disse? É surdo ou o que?- Aquele cara já estava começando a me irritar, e se não parasse, eu acabaria o matando. Era um esforço quase sobre humano me controlar, pois eu já não aguentava mais aqueles pesadelos, ou o que existia na mente. Queria apenas esquecer tudo. Esquecer que existo e que um dia eu amei alguém. Esquecer aqueles malditos remédios. Aquela prisão. Eu não queria responder a nenhuma pergunta.
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The Kill
FanfictionApós ser capturado, Sasuke é preso na prisão de segurança máxima de Konoha. Com o tempo ele dúvida cada vez mais de sua sanidade mental, apenas uma pessoa é capaz de mudá-lo. Porém quando se vê livre, se vê novamente sozinho, sem a presença daquela...