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Olhava para o rostinho da Katy enquanto ela olhava pro irmão, feliz que ele estava lá junto com ela.

-Vou lá fora tomar um ar, já volto- digo e saio do quarto.

Fico em um banco no corredor e ligo para minha mãe para avisar que provavelmente chegarei tarde em casa hoje.

Explico toda a situação para ela.

Obito sai logo após eu desligar a ligação, ele se senta do meu lado e apoia os cotovelos nos joelhos com as mãos na cabeça.

-Preciso encerrar esse casamento, mas meu pai odiaria isso.

-Por que? é a sua vida amorosa, não a dele.

-É um tipo de acordo para que a nossa empresa cresça muito mais e a empresa do pai dela também.

-Bem, acho que você consegue que a empresa cresça sem ela, você se prova muito capaz.

Ele olha para mim, seus olhos pretos sempre me encantaram, são lindos.

-Sua apresentação foi maravilhosa.

-Obrigada.

-Seguirei seus conselhos, vamos voltar para dentro.

Kat estava assistindo televisão quando entramos, acho que não suspeitou nossa saída.

-S/n, você vai dormir aqui hoje?- pergunta Kat sem tirar os olhos da televisão.

-Não posso pequena, mas amanhã estarei aqui com você, aliás tenho que ir, ta tarde.

-Eu levo você.

-To de moto.

-E está chovendo, é perigoso.

Não sei se aceito a carona, minha mãe surtaria se soubesse que eu dirigi a moto chovendo.

-E como eu iria para faculdade amanhã com a minha moto aqui?

-Eu te busco.

-Ok.

-Kat, a enfermeira vai ficar com você, será rápido prometo- ele vai até ela e deposita um beijo na sua testa.

Ele falou com a enfermeira como se conhecesse ela a tempos, ela aparenta ter uns cinquenta.

Ao caminho do carro dele, ele solta um suspiro e eu o olho quase imediatamente.

-Está tudo bem?- pergunto ainda observando-o.

-Me sinto culpado por deixar algo assim acontecer, irei ouvir seus conselhos e terminar esse noivado.

Fico sem reação por um momento, depois dou um sorriso amarelo para ele.

Seu carro é limpo e espaçoso, moderno e é parecido com ele até.

-Seu carro é lindo.

-Mais atraente que a sua moto?

-Nada será mais atraente que ela- digo e ele sorri.

-Quer ouvir algo na rádio?

-Eu gosto do som da chuva.

Estava trânsito, parece que teve um acidente bem na rota que estamos, boa parte dos carros estão parados sem andar a mais de meia hora.

-Melhor o senhor voltar e eu pegar um uber, Katy está só com a enfermeira.

-Katy conhece ela, a enfermeira cuidou da gente desde que nascemos.

-Você está sempre preparado pra tudo.

-Não tudo, eu não pensei na Katy.

Seu olhos estão fechados, suas duas mãos na cabeça e encostado no banco do motorista.

Fico observando ele e ele abre os olhos, cruzamos nossos olhares e eu desvio, meu Deus, quero me esconder.

Olho para a janela, mas ele continua me observando curioso, eu posso sentir.

Quando chego em casa, ao sair antes agradeço a ele.

-Quero te ver de novo amanhã.

Tento não notar que isso foi um flerte, então digo a coisa mais óbvia.

-Eu trabalho na sua casa, impossível seria de não me ver amanhã.

Aceno para ele e entro em casa.

As luzes todas apagadas, subo para tomar banho e me trocar, logo após vou dormir.

Intervalo de tempo

Uma semana depois...

Hoje a casa estava corrida, empregados não paravam quietos, realizavam suas funções ao dobro e ajudavam as outras funções também, ao chegar fiquei sem entender, então fui até a sala das meninas.

-O que tem de tão especial hoje?

-O chefe vai chegar- diz Temari com uma voz séria que nunca ouvi antes.

-Mas o Obito..

-Não, o pai dele, o senhor Madara- diz Hinata sussurrando.

As garotas da cozinha vão para lá, pois são chamadas.

S/n sobe em direção ao quarto de Katy e a encontra brincando com brinquedos novos.

Ao ver S/n, a garotinha corre para abraça-la.

-Meu papai chega hoje.

-Fiquei sabendo pelas meninas, por que não me contou antes hein?

-Eu fui saber hoje também.

Brinco com a pequena por umas duas horinhas até Ino me chamar pedindo para conversar comigo no corredor.

-Arrume ela, esse é o vestido que ela tem que usar.

-Ta nervosa?

-É que faz um tempo desde da última visita, que não foi muito agradável.

Ino desce novamente para continuar seu trabalho, entro no quarto e vou ao banheiro de Katy preparar sua banheira.

Enquanto a pequena toma banho, conversamos sobre seu pai.

-Está ansiosa para ver ele novamente?

-Estou, ele sempre traz algo legal da sua viagem.

-Que bom, espero que seja um ótimo jantar.

Faz uma semana da crise de Katy e o seu irmão ainda não terminou com a noiva, mas eles estão bem afastados, ele pediu para dispensar ela todas as vezes que ela veio aqui.

Após o banho de Katy, visto ela e arrumo seu cabelo do jeito que ela gosta e se sente confortável.

Descemos e a campainha logo toca, fomos até a porta e eu abri.

Avistei um rapaz alto de terno com cabelos longos e o olhar igual de Obito, ao seu lado estava Obito com uma cara não muito boa.

-Boa tarde senhor, seja bem vindo.

O homem deixa suas malas comigo e vai em direção a Katy, a abraça e entrega seu presente.

-Senti tantas saudades da minha princesa.

-Ai papai ta me esmagando- diz Katy, mas retribuindo o abraço de seu pai.

Eles vão juntos até a mesa de jantar e se sentam, como uma família.

Antes de eu subir para deixar as malas, aparece mais alguém tocando a campainha e logo vou atender.

Era a noiva do Obito.

Parte um










A babá-Obito UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora