Capítulo 10

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As horas passaram muito rápido, era incrível o que uma boa companhia e horas de sexo podiam fazer, Alan havia feito o almoço e estava se mostrando um cara extremamente gentil, o que foi uma surpresa considerando toda situação.

- Sabia que estou gostando muito do nosso dia._ falei deitada no peito de Alan enquanto assistíamos um filme na sala.

- Também estou gostando muito, principalmente de ficar com você assim só de calcinha..._ eu sorri, Alan sabia o momento certo para ser cafajeste.

- O que acha de comermos fora a noite?_ sentei no sofá virada para ele.

- Acho uma excelente idéia._ ele puxou meu corpo para junto do seu, olhei em seus olhos e sorri alisando seu cabelo.

- O que acha de me beijar agora?_ sugeri sorrindo

- Não precisa pedir duas vezes._ Alan tomou minha boca com desejo.

Alan me levou para um restaurante fora da cidade, um lugar bonito, mas restrito, era rústico, eu amei cada detalhe.

- O que achou do lugar?

- Muito lindo, espero que a comida seja boa.

- A melhor._ ele sorriu e segurou minha mão, eu realmente estava precisando disso.

O garçom aproximou pegando nosso pedido, Alan e eu conversamos sobre vários assuntos, eu estava curiosa sobre ele.

- Você faz muitas perguntas.

- Claro, você não responde quase nenhuma._ sorri beijando sua boca de leve.

- Você é diferente Lis, gosto de você._ notei uma sombra em seus olhos por um momento.

Abri a boca para responder, mas parei quando um homem de mais ou menos uns quarenta anos aproximou da nossa mesa sorrindo.

- Alan, meu parceiro... Que bom encontrar você._ Alan levantou um pouco sem jeito.

- O que faz aqui Rogério?_ Alan olhou para mim e eu sorri esperando que ele me apresentasse.

- O mesmo que você pelo visto. Vou deixar vocês em paz._ sorrindo Rogério afastou abraçado com uma mulher bem mais nova que ele.

- Vai me contar o que aconteceu?_ falei um pouco mais séria depois que Alan sentou e Rogério se afastou.

- Não é nada, Rogério é um idiota da corporação._ aceitei as desculpas de Alan naquele momento porque não queria fazer uma cena, mas nosso jantar já não era o mesmo, o clima havia acabado e Alan parecia perdido em pensamentos.

- Podemos ir? Estou um pouco cansada._ falei por fim, eu queria terminar logo a noite.

Alan me deixou em casa em total silêncio, no fundo eu sabia que aquele era o fim.

- Vai me contar o que realmente está acontecendo com você?

- Rogério é irmão da minha mulher, ou ex mulher. Estamos em processo de separação, mas ainda vivemos juntos tecnicamente.

- E quando pensou em contar pra mim?_ eu estava controlando para não fazer uma cena.

- Eu... Me desculpa, estávamos indo tão bem, meu casamento é uma farsa e eu não pensei que você seria assim..._ Alan parecia não ter as palavras, e eu também não sabia o que dizer.

- Eu perguntei e você negou... Eu não me importo se é uma farsa ou não, eu só queria sinceridade._ abri a porta do carro. - Aquele restaurante, é onde vocês levam amantes, não é?_ Alan ficou em silêncio confirmado minhas suspeitas, engolindo meu orgulho ferido desci do carro, sobre nenhum protesto de Alan.

Entrei em casa destruída, eu havia me tornado uma simples amante, uma qualquer levada em qualquer lugar, havia sido enganada, novamente.

Sentei no chão e chorei, meu telefone tocou era Alan, agora ele parecia disposto a falar, mas eu não atendi, não queria falar com ninguém, eu estava envergonhada demais.

Tomei um banho e deitei para dormir, senti o cheiro do perfume dele no travesseiro, fiquei com tanta raiva que arranquei a fronha, os lençóis e tudo que ele havia usado e joguei longe, levei para a lavanderia e bati várias e várias vezes, mas o cheiro dele parecia impregnado nas roupas.

- Idiota, idiota, idiota..._ repetia pra mim mesma, completamente irada.

Voltei para o quarto e tentei dormi, mas a insônia havia voltado e me deixando ainda mais imersa, eu estava irada não por que amava Alan, eu acho, mas porque me deixar enganar assim tão facilmente.

A lei do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora