Capítulo 13

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- Você só pode está de brincadeira né?_ Sérgio estava nervoso, mal acreditando no que Alan falava.

- Não seja infantil, Lis está correndo perigo aqui.

- E você vai proteger ela?_ Sérgio parecia cético

- Você não imagina como é muito mais fácil pra mim protege - lá.

Sérgio ficou em silêncio, eu não tinha reação alguma, não sabia ao certo o que esperava por mim, mas sabia que ali realmente não era seguro.

- Por quanto tempo?_ perguntei sem levantar a cabeça.

- Não está pensando em considerar isso né?_ Sérgio abaixou o tom de voz olhando pra mim.

- É a melhor decisão._ Alan estava sério, mas calmo.

- Por quanto tempo?

- Se tudo der certo até o julgamento, agora que tem uma testemunha eles vão tentar acabar com ela de qualquer maneira. Seu aluno estava envolvido com gente da pesada, peixe grande.

- Ele vai ter justiça?_ eu não estava preocupada comigo.

- Essa é a intenção, mas pra isso você precisa ficar segura.

Levantei dando um último suspiro e concordei, sabia que não era a melhor decisão, mas era a única que podia trazer justiça.

[...]

Chegamos na casa de Alan, era grande em um bairro bastante seguro, dentro de um condomínio fechado.

- Você está bem?_ Alan parou o carro e olhou para mim.

- O que você acha?

Ele parecia querer falar, mas permaneceu em silêncio, abri a porta do carro e desci, ele pegou a bolsa que havia conseguido arrumar na correria, Sérgio traria o restante depois.

- Algo que deva saber?_ parei de frente pra porta.

- Na verdade sim..._ Alan abriu a porta e uma mulher apareceu, muito bonita.

- O que significa isso?_ ela disse sem perder a elegância.

- Silvia, essa é a Lis... Lis essa é a Sílvia.

- Sabe que isso é um erro, né?

- Desculpa, eu..._ virei para sair, mas Alan segurou meu braço.

- Ela precisa ficar aqui, está correndo perigo de vida e você sabe que outros lugares não é seguro._ Alan parecia conversar com a mulher apenas pelo olhar.

- Ok, faça o que quiser.

Silvia saiu batendo o pé, eu sentia medo e raiva.

- Não dê ouvidos pra ela e tudo vai ficar bem.

- Alan, eu vou poder trabalhar?_ parei no pé da escada.

- Não, pelo menos até resolver isso.

- Porque está me ajudando?

- Lis, eu não quero que você se machuque.

- Obrigada.

Subi a escada e parei em frente a uma das portas.

- Bem, esse é o seu quarto._ agradeci novamente e entrei, era simples, mas tinha tudo que eu precisava. Sentei na cama e lembrei de tudo o que havia acontecido e sentir o coração apertar, eu estava tomada pela culpa e principalmente pela insatisfação de não poder fazer nada.

Dormi mal durante a noite, levantei sem saber ao certo pra onde iria, afinal estava "presa" naquela casa até as coisas se resolverem, desci as escadas a procura da cozinha, mas encontrei o escritório de Alan, ele conversava com alguém ao telefone.

- Eu já disse que vou resolver isso, não precisa matar ela... Você foi estúpido, avisei que o menino era problema... Tudo bem me dá uma semana.

Senti o coração gelar, eu precisava sair dali o mais rápido possível, virei, mas deparei com Silvia.

- Olha só quem está espionando. _ antes que eu pudesse reagir senti um soco acertar meu rosto e cair no chão deixando tudo escuro.

A lei do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora