Sentei no banco respirando o ar frio do lugar, eu literalmente amava praças, sempre lindas, com muitas árvores e a sensação de liberdade.
- Boa escolha de lugar._ Alan sorriu, ficamos em silêncio apenas admirando.
- Acho que aqui é um bom lugar para amigos conversarem._ Alan debochou com um sorriso cafajeste.
- Tudo bem, pode parar com esse sorrisinho, sei muito bem o que está querendo.
- Não estou fazendo nada, somos dois amigos conversando.
- Para Alan, essa história de amigos já deu._ falei rindo. - Que tal se falássemos de outra coisa?
- Acho uma boa ideia, que tal falamos sobre o que você gosta de fazer, quais seus livros favoritos.
- Hum, deixa eu ver, nossa difícil, acho que não tenho um autor preferido, normalmente sou apreciadora da obra e não do autor, evita que eu me decepcione.
- Interessante, então você é alguém que evita decepções?_ Alan parecia me analisar, pensei um pouco e virei para ele o observando.
- É hobbie seu analisar as pessoas? Ou é somente comigo?
- As vezes, gosto de analisar o que eu acho interessante._ sorri com as bochechas rosadas, Alan sabia como ser gentil.
- Porque eu?_ Alan parecia surpreso pela pergunta.
- Boa pergunta Lis, mas tenho uma melhor, porque não você?
- Touché. ele sorriu e se aproximou, apesar de gostar senti um encomodo ao pensar nas pessoas ao redor.
- Porque não se permite? Pode ser divertido sabia._ Alan segurou meu rosto, era impossível resistir aquele olhar, aquela voz.
- Se eu disser sim, pode ser algo só nosso? Sei que não está oferecendo compromisso, mas mesmo assim..._ Alan sorriu de lado, sua mão desceu pelo meu braço e segurou minha mão.
- Como quiser._ sorri e beijei sua boca, foi um beijo delicado e suave, mas que despertou todo meu corpo, não sabia explicar, mas o olhar dele deixava todo o meu corpo em alerta, eu só conseguia pensar em seu toque, seu beijo, seu gosto.
- O que acha de sairmos daqui agora?_ Alan concordou e levantamos, sua mão ainda segurava a minha, era como se ele não quisesse se afastar. Paramos próximo a minha casa, Alan olhou para mim e eu permiti que ele entrasse, não era amor, sentíamos tesão um pelo outro, desejo. - Essa é minha casa..._ mal havia terminado de falar e Alan já tinha tomado minha boca, minha mão passou pelo seu pescoço, as mãos dele eram rápidas em explorar todo o meu corpo, subindo pela minha barriga, até chegar ao meus seios doloridos, passei a mão por dentro de sua camisa puxando para cima, afastei dele, apenas o suficiente para olhar em seus olhos, que brilhavam, beijei sua boca, depois seu pescoço, descendo por sua barriga, Alan gemia, abri sua calça.
- Lis._ sua voz sussurrava meu nome, levantei, beijando sua boca novamente, Alan ergueu meu corpo cruzando minhas pernas em torno da sua cintura, estávamos com tanto tesão que seguimos para a sala, ele deitou meu corpo no sofá, tirando minha blusa e logo depois a calça, apesar do desejo, ele alisou cada canto do meu corpo com as mãos, Alan deitou sobre mim e beijou minha boca antes de me penetrar. Nossos corpos se moviam no mesmo ritmo em total sincronia, joguei a cabeça enquanto apertava a almofada do sofá, meu corpo estava em êxtase, entrando em ebulição, sentia minha mente entorpecer, levantei o corpo o suficiente para que ele aprofundasse o contato, Alan soltou um gemido alto e apertou minha cintura, antes que estourasse dentro de mim. Ficamos deitados em silêncio por alguns segundos, recuperando o fôlego.
- Você está legal?_ Alan tirou o cabelo que caía sobre meu rosto.
- Hurum._ respondi ainda de olhos fechados, Alan sorriu, seus dedos deslizaram por minha bochecha de forma carinhosa.
- Quer comer alguma coisa?_ abri os olhos e o encarei seria.
- O que sugere?_ Alan levantou em um pulo e pegou o celular.
- Vamos ver no Ifood, não quero sair daqui agora._ ele me puxou passando o braço sobre o meu ombro mantendo meu corpo junto do dele.
[...]
- Lis liguei pra você ontem, seu telefone estava desligado. Aconteceu alguma coisa?_ Isabela parecia preocupada.
- Nada, sai e deixei o telefone em casa._ por mais que confiasse em Isabela, não queria falar sobre Alan agora.
- Com o policial bonitão?
- Sim, mas não fique animada, somos amigos._ Isabela olhou pra mim desanimada e eu sorri. Senti meu telefone vibrar no bolso.
Podemos nos encontrar hoje?
Rem: AlanNão dá, tenho um compromisso, sabe como é vida de professora.
Posso ir?
Rem: AlanVocê não vai gostar.
Como sabe? Lembra? Sem preconceito.
Rem: AlanTudo bem, vou te mandar o endereço.
Levantei o rosto e percebi que estava sorrindo, Isabela observava com as sobrancelhas arqueadas, ela sabia que eu escondia alguma coisa, mas sendo discreta como era não perguntou.
No final da tarde segui direto para casa tomei um banho antes da apresentação, a menos de um mês havíamos conseguido um espaço para que os alunos pudessem desenvolver um show de talentos, e todo mês era feita uma apresentação geral para os pais e mestres.
- Lis, que bom que conseguiu vir._ Carlos segurou minha mão firme, sorri para ele agradecida pela recepção.
- Não perderia por nada nesse mundo._ alguns alunos se aproximaram para um comprimento, todos estavam lindos.
- E o Sérgio? Será que vem hoje?
- Acha mesmo que eu perderia essa apresentação?_ virei para trás surpresa, Sérgio caminhou até onde estamos comprimentando Carlos com um aperto de mão, como se não quisesse escândalos ou fofocas sua mão passou em volta da minha cintura. - Boa noite._ ele tentou beijar minha boca, mas eu virei acertando o rosto.
- Acho melhor sentar para não atrapalhar a apresentação._ Carlos concordou e eu sai, Sérgio seguiu ao meu lado segurando minha cintura. - O que pensa que está fazendo?_ falei entre dentes enquanto sorria para algumas pessoas.
- Por favor Lis, concordamos em não deixar nada escancarado.
- Isso já está passando dos limites Sérgio._ me desvencilhei da mão dele.
- Porque não conversamos depois da apresentação?_ revirei os olhos colocando a mão na cintura, aquela conversa já estava ficando chata, olhei para porta para meu desespero Alan havia acabado de entrar.
- Lis, desculpa o atraso, me perdi com o lugar._ ele se aproximou dando um beijo em meu rosto, Sérgio observava tudo atentamente.
- Tudo bem, na verdade ainda não começou.
- Não vai nós apresentar Lis?_ Sérgio cruzou os braços com raiva.
- Sérgio, Alan. Alan, Sérgio._ apontei de um para o outro meio perdida, os dois apertaram a mão com força.
- Quem é você?_ Alan perguntou brincalhão.
- Eu sou o marido dela.
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A lei do amor
RomanceLis é uma professora idealizadora e divorciada que desacreditou do amor, mas sua vida muda completamente quando ela conhece Alan um homem misterioso que esconde um grande segredo e ela terá que enfrentar seus medos e lutar contra tudo que acredita s...