Capitulo 02

13 1 0
                                    

Oito horas Isabela chegou na minha casa, ainda não estava pronta, na verdade não sabia ao certo o que vestir, não estava muito acostumada a sair. 

- Não sei o que vestir._ me joguei na cama desanimada, Isabela riu caminhando ate o guarda roupa onde voltou com um look montado. 

- Agora anda rápido que eu já vou chamar o Uber._ quinze minutos depois lá estava eu, do lado de fora com uma vestido preto de botões e uma sandália de tiras. - Alguém já disse o quanto você é linda?_ sorri sem graça, ignorando a pergunta de Isabela. 

Chegamos ao bar as nove e dez, algumas amigas de Isabela esperavam por ela em uma mesa próxima ao palco, o lugar era todo decorado com plantas em espaço aberto, havia uma varanda com sofás de paletes e almofadas, na parte interna o teto era aberto com vista para o céu, mesas e bancos foram espalhados pelo espaço, próximo ao palco o DJ tocava musicas como Jazz e blues. 

- Meus Deus, isso é lindo._ Isabela sorriu segurando minha mão enquanto tentávamos entrar em meio ao mar de pessoas. 

- Isa._ uma menina alta e muito bonita acenou assim que avistou Isabela, as duas se abraçaram animadas. - Olha o que eu pedi pra você._ a menina levantou uma bebida amarela.

- Você sabe mesmo me fazer feliz._ Isabela pegou a bebida brindando com a menina. - Há desculpa, já estava esquecendo. Laura essa é a Lis, Lis essa é a Laura._ cumprimentei Laura com um beijo no rosto e sentei novamente em uma das cadeiras, o lugar estava muito cheio e barulhento. 

- Lis quer beber alguma coisa?_ Laura perguntou no meu ouvido.

- Por enquanto não, acho que vou ficar consciente.

- Você não sabe o que esta perdendo._ Laura comentou virando o restante da bebida. 

Olhei o relógio do celular impaciente, já passava de uma da manhã, Laura e Isabela bebiam animadas enquanto conversavam com alguns rapazes, olhei em volta um pouco deslocada, era estranho esta em um lugar assim depois de tantos anos de relacionamento em que o único lugar que frequentava era sorveterias e lanchonetes. 

- Acho que vou tomar um ar._ Isabela acenou com a cabeça e eu segui para a varanda, era um pouco mais vazia e eu podia respirar, aproximei da beirada, mas voltei para trás quando percebi a altura. 

- Medo de altura?_ ouvi uma voz ao meu lado.

- Quase não dá pra perceber né._ o homem sorriu e eu corei, encostei na parede e fechei os olhos aproveitando o vento que batia no rosto. 

- Pelo visto você não esta se divertindo.

- Não é isso, na verdade estou desacostumada a tanto barulho._ abri os olhos encarando o homem a minha frente, ele era alto, tinha o corpo grande sem ser gordo, sua pele era clara e seu cabelo escuro, ao lado alguns fios crisalhos, parecia ter um pouco mais de quarenta anos, sua boca era rosada e seus dentes brancos.  - Noites dos garotos?_ ele olhou para a direção que eu olhava e sorriu. 

- Na verdade estamos comemorando uma promoção._ ele sorriu e eu não pude deixar de notar como seu sorriso era bonito. - A proposito meu nome é Alan. 

- Lis._ apertei sua mão um pouco sem jeito, coloquei o cabelo atras da orelha, senti meu coração apertar ao olhar em seus olhos e perceber que ele parecia flertar. 

- Bom, Lis, foi um prazer conhecer você.

- O prazer foi meu._ sorri virando de costa, fechei os olhos e respirei fundo antes de voltar para as meninas, Alan me segurou quando trombei em seu peito.

- Desculpa, mas seria muito precipitado pedir seu numero de telefone?_ seu sorriso era divertido e tímido, neguei com a cabeça e anotei o numero em seu telefone. 

- Agora preciso ir. Foi um prazer, de novo._ passei a mão no cabelo e entrei, um sorriso bobo brincava com meu rosto, olhei para trás, mas Alan já tinha voltado para sua mesa. 

- Quem era aquele pedaço de mal caminho conversando com você?_ Isabela segurou meu braço animada, na verdade exaltada pela bebida. 

- O nome dele é Alan, é a unica coisa que sei._ tentei não parecer animada demais.

- Amiga diz que pegou o telefone dele?

- Na verdade eu dei o meu, então da na mesma._ Isabela pensou um pouco e depois concordou, ficamos conversando mais um pouco, vez ou outra meus olhos procuravam Alan na multidão e percebia que ele também me observava. 

Cheguei em casa depois das três, ainda sorria ao pensar em tudo o que estava acontecendo, no fundo estava ansiosa para receber uma mensagem do Alan, era tudo o que precisava nesse momento, sentada no sofá pensei em quanto tempo não me sentia daquele jeito, como uma adolescente em busca da conquista, era algo que despertava tudo dentro do corpo. Entrei para tomar um banho, ouvi o telefone apitar, por um segundo sorri com a possibilidade de ser Alan, peguei o telefone e de repetente toda a alegria sumiu do meu rosto.

A lei do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora