-"Nós duas contra o mundo,filha"

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Depois de nos no entre olharmos,minha mãe agiu o dia inteiro como se nada tivesse acontecido.

Passeamos o dia inteiro e tentei fingir igual a ela.

Até que fiz bem,as aulas de teatro na minha vida passada,estão coadjuvando agora.

Chegamos no quarto de hotel e minha mãe me apressou em me levar para tomar banho.

Papai falou que vai reservar coisas para fazermos nós próximos dias,como mamãe deu muitas dicas,ele vai demorar para chegar no hotel novamente.

Assim vamos ter um momento de mãe e filha.

A cada gota de água que enchia a banheira que mamãe prepara para mim, é uma dúvida que tenho.

Cheiro de rosas transbordam em minhas narinas.

Com cuidado para não deixar a banheira muito morna ou muito quente,ela começa a falar.
-antigamente,antes mesmo de me casar com seu pai,eu tinha um amor perdido em um rapaz...sempre fui cativada com ele.
Ela faz uma expressão apaixonante.

Eu a abordo curiosa.
-voce chegou a se casar com ele mãe?.
Ela muda sua expressão drasticamente para uma mais triste.
-ele era tão inteligente,tão esforçado,sempre andava com um diário em suas mãos no tempo do colégio,era tão focado que não dava bola para a apaixonite da infância,lembro que ele era muito apegado a sua irma,era a luz da sua vida,dava para sentir que ela a completa.

Eu falo oque pensei.
-como você é o papai.

Ela sorri como resposta.
-sim,como nós dois,até que nos formamos,eu conheci seu pai.

Ela fala já tirando minhas mudas de roupas e as dobrando no lugar.
-o tempo passou e eu fui passar os últimos dias de vida com a minha mãe,me recordo sempre como foi bom ter tido a vontade de ir vê-la,já que ela faleceu em meus braços.
Eu falo pulando no colo de minha mãe.
-a vovó está descansado agora.
Ela continua.
-claro querida,sempre estará.
Ela fecha os olhos tentando segurar o choro.
Nessa mesma noite em que cheguei,fui conhecer a pequena cidade afastada,para que eu precise de algo ou aconteça.
Eu acenei com a cabeça,ao sentir a água morna no meu corpo eu relaxo fazendo uma expressão feliz para minha mãe.
Ela ri gentilmente e continua.
-eu escutei uma explosão perto da casa da minha mãe,desesperada eu saí correndo,entrando eu tive a sorte de não ter caído na casa de minha mãe,lá,eu o vi,o meu primeiro amor...o primeiro que despertou a minha vontade de viver.
-ele caio do céu?
Eu faço a pergunta com uma cara muito impressionada.
Ela ri.
-sim...dentro de uma nave a qual se destruiu e tivemos sorte de não tê-lo machucado muito e que seus pertences não foram tão destruídos assim,depois disso,eu cuidei dele....cuidei dele e da minha mãe.
Ela faz uma pausa em sua frase
-Ee??
Eu pergunto curiosa.
Resumindo,depois de tudo...ele me dispensou,mas sempre lembrava de mim,todos os meus aniversários eu recebia cartas dele...até que..um aniversário passou...outro também..e nunca mais recebi cartas dele.
Ela evita de olhar nos meus olhos em quanto me banha.
-ele...se foi mamãe?
Ela continua segurando o choro.
-ele me disse,tudo oque aconteceu filha,um culto que destruiu o planeta onde era sua terra natal,o objetivo deles é o a dominação global pelas sombras,ele foi o único sobrevivente e agora,deve ter sido morto pelo o que mais fujia.
Eu não me seguro em perguntar o que me incomoda faz tempo.
-porque está me contando tudo isso??
Por que antes dele morrer,ele disse que foi contagiado pelas sombras e que agora consegue domina-la,por ter afeto por mim e por termos ficado por muito tempo juntos,ele acabou me passando essas sombras e com o tempo,eu dominei elas.
Eu fico impressionada e não deixo de soltar um:
-uauuuu mamãe,a senhora é tipo uma super heroina!
Falo com os olhos brilhando e ela com os olhos cheio de lágrimas.
-éer filha....mas isso vai me consumir e tirar minha vida.
As lágrimas quentes surgiram nos meus olhos,quando ela percebe,ela mesma enxuga com a água morna.
-a questão filha, é que eu passei essa maldição para você e oque era para ser uma maldição,para você,virou uma benção.
Agora filha.
Ela segura o meu rosto com força.
-agora você,consegue detectar que está com essa doença,o seu corpo te deu a ordem de matar e vc obdeceu,filha, é o seu dever livrar o mundo da praga maldita.
Em meio as minhas lágrimas,com emoções muito bagunçadas eu a pergunto.
-porque eu?
Ela responde abaixando sua cabeça e molhando um pouco de sua manga na água da bacia.
-porque eu fui incapaz de fazer...
Ela fala com a voz tremola e eu a conforto.
-nós vamos fazer isso juntas mamãe.
Ela levanta sua cabeça e eu tiro suas mechas de cabelo do seu rosto para poder vê-la por completo.

Ela esfrega seu nariz no meu.
-voce e eu contra o mundo filha.

𝐍𝐞𝐦 𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐬 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐚𝐫.{𝚂𝚊𝚕𝚕𝚢 𝙵𝚊𝚌𝚎}Onde histórias criam vida. Descubra agora