Era isso que você passava todos os dias mãe?

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Capotei como pedra no quarto de Larry.

lá estava parada,na minha frente,sem cortes na cabeça e com a pele vivida.

-Obrigada por vim me ajudar com o banheiro.

Ela fala e eu consigo ouvir sua voz tão bem quanto falar na frente do ventilador.

Eu respondo percebendo que não estou em um sonho lúcido.
-Sem problemas,Sra.Sanderson,vou desentupir rapidamente.

Ela fala com um sorriso entre seus lábios.
-Maravilhoso,normalmente o Herman tomaria conta disso mas infelizmente,seus dedos se tornaram cascas de banana.

-e a esquina é perigosa demais!

Eu a respondo com uma voz não a minha...mas uma voz conhecida.
-sem problemas.

-Muito obrigada Larry,o banheiro é bem ali.

Larry??eu penso sozinha,até que o corpo se materializa como o do Sally.

Vejamos..eu estou vendo uma visão do Sally,que está vendo algo que aconteceu com Larry.

É o mais sensato de se pensar.

Sally/Larry anda para o banheiro e lá,pega o desentupidor para desentupir o vaz--

Antes mesmo que eu possa calcular o que eu deveria pensar.

Eu não sei se,a privada de bosta me engoliu,ou se eu mergulhei na merda.

Tanto faz,das duas a uma,eu fui parar,ou melhor,o Sally no corpo do Larry foi parar nos dutos da privada.

Será que estou em Alagoinhas?

Só se for alogoinhas de bosta.

Antes de andar para frente,o mesmo olho que eu e Sally vimos no buraco misterioso que se abriu na parede do apartamento do meu pai,Sally no corpo de Larry consegue o ver,mergulhado nas águas podres ele fica nos observando.

Andando para frente ele vê e eu vejo.

Sou como um mosquito que persegue Sally no Corpo de Larry.

Lá vejamos.

Um Pônei,bem parecido com aquele que Sally capturou com as machas de sangue,o que serviu como incriminação do seu próprio "dono" e a morte do verdadeiro dono.

Lá está,com a pele enrugada,sua voz quase não sai por conta da falta de saliva.

Ele decide falar com todos as suas forças em súplicas.
-por favor...me ajude...a água...parou...muita sede....
Ele fala com pausas mas dá de entender.

Sally com seu pensamento rápido,subindo as escadas do meio da ponte,ele consegue concertar voltando a água.

Ele desce para ver se o pônei agora,está hidratado.

A água suja como o esgoto vira uma água azul cristalina.

E está,quando dizem que tudo dê bom em excesso, é comprovado em oque vemos.

Lá esta,o unicórnio das peles enrugadas,agora sua pele está preenchida,e muito,formando uma bolha com seu chifre perfurando o rejunte.

Sally usa como ponte o pônei.

Ele já fez oque tinha que fazer,agora,só resta voltar.

Dessa vez eu tenho certeza que a privada que engoliu e jogou Sally para fora da água cheia de bostas.

Pela fresta da porta.

Sally no corpo de Larry,consigo ver que eles viram a coisa que só Larry viu.

O assassinato da Sra.Sanderson.

Gritos e sangue jorram pelos local.

Até que Charley decide ir em bora e Sally,se transforma no Larry,que me dá uma leve piscadela.

Nós fomos jogados pera fora do apartamento,vendo o corpo jogado da Sra.Sanderson,sinto que ambos dos dois,Sally e Larry,querem ajudá-la mas,passam por cima do corpo,indo até onde as pegadas de sangue desaparecem..

Uma vos do além transmite em meus delicados ouvidos.
-Sal,cheguei mais perto.
Estava aquele gordo escroto,sentado da sua poltrona cheirando a cu.
Sally obedece e lá eu vejo.

-pensei que éramos amigos...Sal..
A sua voz,rouca e agoniante,a primeira vez e a última que a escuto.
Até que sua pele se abrindo como um siper,revelando a caveira envelhecida do corpo de Charley.

Do jeito que sua pele está preenchida com tanta merda que come,não duvido que seus ossos sejam total apodrecidos como meus olhos me mostram.

Seu rosto em panico é revelado,consigo ver uma parte do rosto de Sally,o resto estra preenchida com seus fios azulados.

Ele acorda com o susto,mas já,volta a dormir.

Consigo sentir mais em meu pescoço,o toque sutil me assusta e eu me mexo tremendo como um vibrador.

Acordando assustada,tanto quanto o Sally.

Eu acordo tão atordoado que percebo Larry me encarrando,nossos rostos estão tão perto que consigo sentir sua respiração.

Consigo ver seus olhos,da cor castanho,lindo ainda mais de ver de perto.

Seu grande nariz que encosta no meu,estamos centímetros de espaço de rosto.

Ficamos nos entre olhando.

Larry desvia seu olhar para minha boca algumas vezes.

Até que ele vira seu rosto e seu nariz roça no meu.

Com esse movimento,nossas bocas perdem um pouco de seu espaço.

Ele se achega e eu consigo sentir ele ofegante.

Já com seus olhos fechados ele se aproxima ainda mais.

Sinto um clima rolar entre nossas trocas de inspiro.

Antes que ele possa fazer algo ou tentar algo,eu me jogo com os braços para traz junto ao meu corpo falando.
-que susto Larry,tive um pesadelo horrível.
Ele revira os olhos e respira fundo antes de falar.
-éer...eu percebi que você estava soando muito,pensei até que seria minha culpa.
Eu o pergunto fuzilando no olhar.
-fui eu quem te cobri com a coberta no seu sono,pensei que em te cobri bem acabou passando calor.
Ele cora falando.

Fofo~

Eu o resposto gentilmente,me levando e dando um beijo de agradecimento em sua bochecha.
-grata pelo carinho,mas dá próxima...
Eu vejo ele fechar seus olhos enquanto dou um beijo pesado em suas bochechas,deixando uma pequena marca dos meu lábios que colocaram no mesmo.
-ve se não me moleste.
Ele abre seu olhos imediatamente dizendo.
-molestar?
Eu rio indo em direção ao banheiro.
-voce me tocou sem minha permissão.
Ele fica mais vermelho do que antes.
-Caralho Scar,era para ver se você estava bem!.
Ele fala com intuição.
Já dentro do banheiro eu falo.
-agora você me deve uma.

As águas que percorrem pelo meu corpo nu,nunca foram tão esclarecidas como hoje.

Então era isso que a senhora passava todas as noites quando dormia?...mãe..

Eu deixo a água tirar minhas angústia até que ouço um barulho na porta.

Foi Larry batendo na porta.

-Coloca uma roupa quente,não quero que você congele na neve.

Neve??eu quase caio no box,me vestindo rápido para ir ao encontro de Larry.

-ja nós conhecemos ao um bom tempo.
Ele fala baixo mas consigo escutar.
-quero te mostrar algo.

𝐍𝐞𝐦 𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐬 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐚𝐫.{𝚂𝚊𝚕𝚕𝚢 𝙵𝚊𝚌𝚎}Onde histórias criam vida. Descubra agora