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Mary POV

O papai passa o dia treinando o Toya, e isso me deixa preocupada. O Toya anda se queimando com a própria individualidade. Pedi para participar dos treinos para ficar de olho nele, e, neste momento, estou sendo feita de churrasco. Temos quatro treinos principais - velocidade, resistência, força e estratégia. Depois disso, o papai apenas lança chamas extremamente quentes até que um de nós desmaie ou o paremos, o que é raro; normalmente, desmaiamos. Eu tento fazer a atenção do papai ficar sobre mim para livrar o Toya dessa tensão, e hoje não é diferente. Todo aquele calor... acho que quem vai desmaiar hoje sou eu. Dito e feito.

- Ei, Mary - disse me sacudindo o Toya.

- Hm? Aii, para com isso - disse sentando. - Hoje fui eu, né?

- Foi.

- Merda. Como você tá?

- O mesmo de sempre - ele disse, mostrando o braço com algumas queimaduras.

- Você tem que falar para a mamãe ou para o papai, Toya.

- Você acha que o papai vai deixar a mamãe fazer algo? Qualquer coisa que ela fala e que ele não gosta, você sabe o que acontece.

- É... mas por que será que você tá se queimando? Você não deveria ser imune ao fogo?

- Deve ser por causa da individualidade da mamãe.

- Será que é por isso? Tá, vamos para casa logo, eu só preciso de um banho.

- Verdade, você tá fedendo.

- Ahaha, Toya, você também não tá a coisa mais cheirosa desse mundo.

Ele riu e esticou a mão para me ajudar a ficar de pé. Fomos para casa. Chegando lá, a mamãe estava brincando com as crianças do lado de fora. Não pude me conter e fui brincar junto. Vendo que eu iria brincar, a mamãe sentou no banco para descansar.

Toya POV

- Ai, essas crianças não me dão descanso - riu a mamãe.

- Eu imagino - disse, admirando Mary brincando com as crianças.

- Quem foi hoje?

- Ela. A cada dia que passa, ela tenta me tirar do foco do papai...

- Ela sempre foi assim. Eu acho lindo o jeito que ela se preocupa com você.

- Mamãe, eu quero me casar com ela...

- Hahahahahah. Ai, meu filho, você é muito novo para pensar nisso.

- Não precisa ser agora, quando der. HEY MARY, EU VOU TOMAR BANHO PRIMEIRO!

- AH NÃO, TOYA, TU DEMORA MUITO!

- Problema teu - saí correndo para dentro de casa, e sei que ela veio atrás. Consegui, ela ficou batendo na porta atrás de mim.

- TOYA, SE TU DEMORAR, EU ARRANCO TUA CABEÇA E DOU PARA AS CRIANÇAS COMEREM!

Apenas ri dela e fui tomar meu banho.

Após sair do banho, me olhei no espelho e tomei um susto.

- PUTA QUE PARIU!

- O que foi, Toya?

- Entra aqui - disse, abrindo a porta.

- O que foi... Ai, meu Deus, Toya, coloca uma roupa!

- Para, se drama. Não tô pelado e você não tá vendo nada, mas olha isso - disse, mostrando uma mecha branca no meu cabelo.

- Ai, meu Deus, Toya, você tem que falar com a mamãe.

- O que tem que falar para mim? - ela disse, entrando no banheiro. - Mary, por que você tá aqui? Não pode ver o Toya assim.

- Mas mamãe, olha isso - ela disse, apontando para minha cabeça.

Mostrei o cabelo e as queimaduras para a mamãe.

- Coloca uma roupa e vamos falar com seu pai. E Mary, vai tomar banho.

Eu e a Mary fizemos o que ela mandou. O papai brigou com nós dois e com a mamãe, mas me levaram ao médico, e ele falou algo que me machucou muito. O médico disse que eu não posso exagerar, não posso usar demais minha individualidade, pois eu não tenho nenhum tipo de proteção ou resistência contra ela por causa da minha mãe, da individualidade dela...

....

Já faz uma semana desde que recebi essa notícia, e a Mary parou de treinar também. A cada dia que passa, ela se aproxima mais de mim. Eu tô muito desanimado, o sonho da minha vida não vai ser realizado por culpa da mamãe. A Mary tenta me consolar, admiro isso nela, mas duvido que ela consiga. A cada dia que passa, meu cabelo fica mais branco. Isso tá me destruindo.

Mary POV

A cada dia que passa, piora. O Toya tá ficando mais distante. Me esforço para me aproximar, mas ele tá me afastando e tá tendo crises gigantes de raiva, sempre descontando na mamãe. Hoje ele acordou, dei bom dia para ele com um sorriso bem grande e ele apenas respondeu um "não enche, Marya".

Ele me chamou de Marya, ninguém nunca me chamou assim, por mais que seja meu nome.

Ele foi para a cozinha, eu fui atrás. A mamãe estava lá, então ele começou a gritar com ela. Não estava conseguindo entrar na cozinha, o Toya estava segurando a porta.

- MARYA, SAI DAQUI, ISSO NÃO É ASSUNTO TEU!

Não dei bola, apenas chutei a porta.

- TU TÁ VENDO, REI? ATÉ ESSA INÚTIL PODE USAR A INDIVIDUALIDADE, E EU NÃO! E A CULPA É SUA, SEMPRE SUA! EU TE ODEIO MAIS QUE TUDO!

Ele disse e saiu para a rua.

- Mamãe, a senhora tá bem?

- Não se preocupe, eu tô acostumada com o Enji, isso não é nada.

- Sinto muito, mamãe, vou atrás do Toya.

- Não, deixa ele esfriar a cabeça.

Fiz isso. Passou uma hora e o Toya não voltou. Fui atrás dele, vi ele na floresta atrás de casa sentado no pé de uma árvore.

- Ei, Toya, como você tá?

- E você se importa?

- Mais do que você imagina.

- E por quê? Não pedi sua pena. Sai daqui e me deixa sozinho.

- Eu não tenho pena de você. Você sabe que eu te amo muito e não quero que você fique sozinho. Vamos superar isso.

- Você quer me ajudar? Me dê sua individualidade. Você sabe da existência dessa possibilidade, sabe? Me dê ela.

- Toya, você tá me assustando. Você sabe que se eu te der minha individualidade, eu posso morrer.

- Você me ama, não? Faça esse sacrifício por mim.

Ele disse, se aproximando de mim. Eu fui dando pequenos para atrás até que ele nos fechou em um círculo de fogo

Eu:-toya eu não tenho resistência a fogo, para com isso

Toya:-eu também não,assim seria um bom jeito de morrer "jovens irmãos morrem queimados juntos"

Eu não pensei mt apenas sai correndo por dentro do fogo msm, passei tão rápido que não senti nada, o fogo apagou e eu sai correndo, olhei para trás vi tudo pegando fogo

Eu:-SOCORRO MAMÃE, PAPAI PFVR O TOYA

a mamãe saiu correndo para rua viu todo aquele fogo e começou a gritar pelo papai

Rei:-ENJI PLMDS ENJI CORRE

ela disse desesperada o papai veio correndo, ele tentou achar o toya mas só achou uma mandíbula....

você ainda é meu toya?Onde histórias criam vida. Descubra agora