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Acordei com o sol batendo no meu rosto. Decidi salvar o número dele, sabe lá, vai que eu precise. Fui fazer o café e me arrumar ao mesmo tempo. Lembrei que hoje tenho estágio, trabalho, escola e estágio na delegacia. Meu Deus, não vou ter tempo nem de comer.

11:00

Estava indo da escola até o estágio. Ficarei lá até as 14:30 e às 15:00 tenho que estar no trabalho. Às 19:30 vou para a delegacia e às 21:30 vou para casa. Que dia corrido.

15:00

Eu estava trabalhando na cafeteria quando um homem alto, com casaco, óculos, máscara e chapéu entrou.

- Boa tarde, senhor, como posso te ajudar? - perguntei.

- Com um beijo - respondeu ele.

Fiz cara de nojo, pronta para xingar o cara, quando vi quem era.

- O que você está fazendo aqui? Se alguém te ver, podem te prender - disse baixinho.

- Gatinha está preocupada? - perguntou Dabi, com um sorriso.

Fiz careta para ele.

- Ok, vim aqui para te dizer que o Tomura está querendo sequestrar alguém da UA e matar no centro de Shibuya.

- Misericórdia, já sabe quem é? - perguntei, alarmada.

- Não se preocupe, vai ser alguém do terceiro ano - respondeu ele.

- Ainda é uma pessoa! Não posso deixar que isso aconteça.

- Ah, qual é, quer pagar de heroína? Se não é você, está bom para mim.

- Não quero pagar de heroína, eu sou uma. Agora, vai comprar algo? Tem uma fila atrás de você.

- Me dá um café - pediu ele, irritado.

- Sua senha é a 8, espere ser chamado - disse, entregando-lhe a senha.

Ele me olhou com cara feia.

19:40

Estou agora fechando a cafeteria e sinto alguém me puxando pela cintura para o beco ao lado. Olhei e era o Dabi de novo.

- Ah, cara, o que você quer de novo? - perguntei, irritada.

- Só vim garantir que você não vai impedir que o Tomura faça o que vai fazer.

- Ele já vai fazer hoje?

- Sim, vai matar o aluno amanhã em Shibuya.

- Merda, não vou nem ter tempo de fazer algo, ainda tenho três crianças para sustentar. Agora licença, que tenho que trabalhar.

- Eu te admiro, sabia? Mas não sei como você consegue carregar tantos traumas e não descontar nos outros. Às vezes só matar alguém me acalma.

- Você é louco.

- Eu sei.

Dei as costas para ele e ouvi ele gritar "tchau para ti também". Fingi que não ouvi, andei dois quarteirões e liguei para a delegacia.

- Oi, só para avisar que não vou poder ir hoje, tenho algumas tarefas na escola ainda para resolver. Ok? Obrigada.

Desliguei e saí correndo para a escola. Se o Dabi disse "ele vai fazer isso hoje" é porque não fez ainda.

Cheguei na escola, recuperei o ar, entrei e fingi que estava fazendo algo lá dentro. Estava na biblioteca até sentir algo quente descendo pela minha cabeça. Passei a mão para ver o que era. Era sangue. Logo senti meus olhos pesarem e BOOM, apaguei.

você ainda é meu toya?Onde histórias criam vida. Descubra agora