O rapaz ao lado / Choi Yeonjun

♤Capítulo 26- Mãos no fogo♤

🎶 Arson- JHope / 🎶Play With Fire- Sam Tinnesz / 🎶Bad Habits- Cravity/ 🎶More- J Hope / 🎶Red Lights- Stray Kids / 🎶Come Alive -Jackson Wang

POV-Yeonjun

Uma multidão de alunos seguia junta apressadamente, todos na mesma direção. Eu esperava impaciente num canto para me cruzar sozinho com o Nael, até que por fim o vejo sair com o grupo dele e seguirem juntos com o resto dos grupos de alunos.

Mas que raio onde vão?

Havia contas que queria acertar com ele e não tensionava ter ninguém a impedir-me de as ajustar à minha maneira por isso segui-os na esperança de eles se separarem em determinado ponto. Mas não tive essa sorte. Após segui-los por uns minutos, pararam em frente a um edifício colorido pelas luzes neon. Falaram algo entre todos e caminharam para entrar no espaço deixando o Nael ligeiramente atrás afastado do grupo. Sem esperar este virou-se de frente para mim olhando-me diretamente enquanto caminhava de costas, levantou os dois braços no ar e fez me o dedo do meio enquanto silabava "fuck you".

Tranquei o maxilar a conter a raiva, os meus dentes rangiam uns nos outros e o meu sangue começava a receber a adrenalina da raiva. Puxei para baixo ajustando melhor a pala do boné preto que tinha e caminhei destemido até entrar no edifício. Pocurei por ele, era nestes momentos de pura adrenalina nas veias que me perdia, e absolutamente mais ninguém tinha controlo de mim.

As consequências das minhas ações nunca foram travão para mim e nunca me meteram medo. Uma vez merdoso para sempre merdoso serei, por isso, vamos a isto.

Dentro do espaço perdi-os de vista no meio da multidão, as pessoas animadas irritavam-me, e as que dançavam bêbedas ainda mais por andarem aos tombos contra mim. Avistei o Nael seguir com os outros por um corredor a fora que tinha um segurança à entrada, de repente um homem adulto veio contra mim e resmungou.

Uma pequena chama impiedosa acordou em mim, empurrei-o brutamente para o ver cair no chão perdido de bêbedo mas a quantidade de pessoas à sua volta ampararam-no. Este endireitou-se zangado procurando por mim, aproximei-me dele encarando-o nos olhos e dei-lhe um pontapé no peito. O homem foi projetado para cima de outros que acabaram por ficar todos sujos pelas bebidadas entornadas e assim começou uma nova discussão e briga entre eles, partindo para a violência. O tal levantou-se e veio rápido até mim para me acertar com um murro, esgueirei-me fácilmente e apanhei-o dando-lhe dois murros seguidos. Outros homens tentaram agarrar-me e prender os meus braços mas soltei-me depressa e esbofetei-os também sem olhar a quem.

Com o caos armado outras pessoas entraram para nos tentar parar mas acabaram por entrar mais na briga. O que inicialmente foi um empurrão tornou-se uma luta séria entre os outros. Assim como a raiva pode alterar as pessoas, o álcool também pode ter esse mesmo efeito nelas e em questão de minutos haviam copos a partirem-se e cadeiras a voarem pelos ares. Os seguranças correram para tentar controlar a situação mas eram mais bêbados à luta do que seguranças, assim aproveitei a confusão que tinha criado e esgueirei-me para o corredor que estava agora livre. Alguns homens tentaram vir atrás de mim mas não fiz caso. O ambiente barulhento impedia as pessoas ao fundo do espaço aperceberem-se da confusão que acontecia.

Era a altura perfeita para mim, era como brincar ao quarto escuro. Comecei a procurar em todas as portas, invadindo cada sala para espreitar para dentro à procura do Nael. Na quinta porta que abri ele e o seu grupo esperavam por mim posicionados numa sala grande.

-Hahaha, eu não vos disse rapazes¿ Que a nossa Cinderela viria ao baile custasse o que custasse... vamos garantir uma bela dança a ela.- o Nael diz com um sorriso malicioso e levanta-se até mim.

Sem se quer tentar conter-me parti para cima dele puxando o punho atrás, seguidamente um grupo de homens entrou atrás de mim para me apanharem mas acabaram por se envolver na nossa briga. Os amigos do Nael partiram todos à luta com os homens, todos se batiam sem se olharem, um deles puxou-me de cima do Nael e esmurrou-me contra a parede, dei-lhe uma joelhada no estômago para o afastar e puxei o extintor da parede dando com ele na cabeça dele.