♤Capítulo 51 - Há coisas que não mudam♤

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Pov- Emily

O mesmo policial que me trouxe finalmente saiu do gabinete e sentou-se à minha frente na secretária.

-Bom então vamos lá esclarecer as coisas que eu creio que tenha que estar em casa pelo menos à hora de jantar.

-Já são 20h18.

-Mais razão me dá. A menina não tem visto os alertas nas notícias?

POV-Yeonjun

Para além do doce perfume a sua voz também era familiar. Assim que a ouvi levantei logo a cabeça para confirmar e tinha me bem parecido. Era ela, a mesma miúda que me perturbava ao início do ano agora estava ali à minha frente no sitio mais improvável de sempre.

Como é que é possível? O que faz ela aqui?

Fiquei atento para ouvir a conversa, apesar de ela estar de costas para mim aquela voz que muito reclama comigo a toda a hora já era algo que eu conhecia bem.

-...Foi só isso. Eu apenas queria saber da minha amiga. Eu nem conheço o homem de lado nenhum. Ele podia ter-me dito logo que era vizinho e que eles sairam todos para o hospital.

-Ok menina, não se stress mais. Eu estou a deixar tudo aqui no relatório de queixa.

-Isto é mesmo necessário?

-Sim. -o polícia responde-lhe seco e ela assopra alto. - Como foi de certa forma um mal entendido, você não terá consequências, apenas precisamos de preencher algo mediante de qualquer queixa que seja feita.

-Ok... eu compreendo. -ela esconde a cara nas mãos.

Um curto silêncio domina o espaço da esquadra, apenas ouvindo-se o teclado do computador.

Pov-Emily

Nem acredito que vim aqui deixar um registo numa ficha criminal minha. Que vergonha.

-Menina. -o homem chama-me e olho para ele. -Precisamos do contacto do seu tutor para a vir buscar.

-Porquê? Eu sei ir para casa sozinha.

-Não a podemos deixar ir sozinha, temos de ter uma assinatura do seu pai ou da sua mãe.

-Eu vivo com a minha tia, é ela o meu tutor.

-Pode por favor dar-me o número dela?

-Sim.

Ditei o numero para o homem e logo de seguida contactou a minha tia que atendeu mal a chamada começou. Pela conversa do homem ela não me parecia contente pois ele só dizia para ela ter calma.

-A sua tia vem já a caminho. -informou-me.

Que bom... vou levar um ralhete dos grandes.

O policia retirou-se para ir ter com o outro ao gabinete fechado e deixou-me ali sozinha à confiança.

Será que deva fugir e fingir que foi uma partida que lhe pregaram? Hmm... se calhar...

O meu pensamento foi imediatamente quebrado quando os meus olhos cruzaram o Yeonjun fechado ali num calabouço. Estava sentado de costas para mim abraçado ás pernas com a cabeça apoiada nos joelhos.

Será que estou a ver bem? É mesmo ele??

-Jovem. Não podemos fazer nada por ti se não nos facilitares. Vais ficar aqui o tempo todo conosco. -os dois polícias aparecem aproximando-se das grades e destrancam a porta para a abrir.

-Ouve, não tens mesmo ninguém ou não queres chamar? -o outro homem tenta interagir com ele.

Conhecendo o Yeonjun como conheço, pela não reação dele sube que era mesmo ele. Não se mexeu nem respondeu, manteve-se imóvel de costas para nós. Os polícias olharam um para o outro e suspiram sem saber o que fazer mais.

O rapaz ao lado / Choi Yeonjun Onde histórias criam vida. Descubra agora