Capítulo 11 - Só observando a beleza da tua namorada

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"Essa é a beleza de um segredo

Você sabe que deve guardá-lo

Essa é a beleza de um segredo,

Essa é a beleza de um segredo

Você sabe que deve guardá-lo

Mas eu não tenho que dizer-lhe porra nenhuma"

Strange Love ǀ Halsey


Noah

O que ia acabar de acontecer minutos atrás? Eu ia... beijar Liv?

Ela estava tão perto, seu pescoço pulsando com meus sussurros... Sua respiração ofegante. O que eu ia fazer, meu Deus? Eu devia torturá-la e não...

Balanço a cabeça, tirando a hipótese da minha mente. Isso não poderia acontecer nunca. Eu a odeio e ela me odeio. Assim tem que ser e permanecer.

Fiquei bem surpreso de vê-la aqui na torre. Ninguém sabe que fico aqui. Como ela sabia...? Ah, claro. Já havia me visto aqui duas vezes pela janela.

Admito que a garota é bem inteligente. Não só por conseguir me encontrar, mas também o plano que teve para enganar minha mãe e a fazer contar sobre as plantas das masmorras. Foi genial. Nunca conheci alguém tão semelhante a mim nesse aspecto.

Ela atuou muito se conseguiu enrolar Isobel. Desde criança eu tentava manter as mentiras sobre tudo, mas, ainda assim, ela encontrava um jeito de descobrir minhas farsas.

No entanto, Liv conseguiu.

Sorrio, orgulhoso dessa diabinha.

Sempre soube do seu potencial às trevas. Nunca duvidei por um segundo do que ela era capaz.

Entretanto.... preciso daqueles mapas. Preciso saber como a pessoa entrou e saiu sem ser vista. Talvez tenha alguma pista ou rasto deixado para trás. Se a pessoa for uma amadora com certeza deixou. Talvez o ruivo que estava com elas tenha saído por lá também.

Não sei. São tantas possibilidades. Não vai ser nada fácil encontrar, mas com aquelas plantas já é um começo.

Liv precisa conseguir aqueles papeis. Correção. Ela vai conseguir. Não tem outra escolha. Não com a minha última ameaça. Não quando nossos corpos estavam tão próximos aponto de acontecer um erro gigantesco.

Suspiro devagar, tentando acalmar meu pau que não pensa direito. Não tenho culpa se ele tem vida própria. Estar tão perto assim da boca de Liv...

Chacoalho a cabeça outra vez e me levanto da poltrona. Desço as escadas e caminho em direção ao meu quarto.

Gosto dos finais de semanas porque não tem ninguém. Exceto algumas almas vivas e Liv. Não sei o porquê ela continuou no colégio, mas foi até bom, na verdade. Tenho um brinquedinho para me distrair.

Costumo passar os sábados e domingos aqui. Tenho paz. Não ouço as reclamações diárias do meu pai. E, graças a Deus ou ao diabo, ninguém sabe, né, eles não sentem minha falta. Nem sabem que eu fico no colégio. Francamente, acho que deve ser um alívio nas suas vidas não me ter por perto. Obviamente, o sentimento é reciproco.

Entro no quarto e visto uma camiseta preta. Em seguida decido ir comer alguma coisa no refeitório. Não comi porra nenhuma desde que acordei.

Outra noite. Mesmo pesadelo.

O Irmão do PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora