Capítulo 30 - Se algum dia quiserem a três...

1.6K 172 125
                                    

"Fiquei acordado a noite toda

A noite toda treinando minhas falas

Mas é só a verdade

Fiquei acordado a noite toda

Não sei como dizer isso direito

Tenho muito a perder

Nunca estive tão indefeso"

Defenceless ǀ Louis Tomlinson


Olívia

Noah me ama.

Ele. Noah. Edwards.Me. Ama.

Ainda é irreal para mim. Não consigo entender nenhuma das emoções que se passam na minha mente agora.

Amor. Sinto que poderia fazer qualquer coisa por ele, não importa o quê. Tudo em mim grita para o levar daqui, longe de tudo, de sua mãe, do seu irmão, do seu pai, e nunca mais deixar que nem um deles o machuque outra vez. Sinto que não há ninguém no mundo com quem eu preferia estar, além de Noah. Sinto que meu coração vai explodir de tão acelerado que está. Sinto que nada mais importa nesse momento. Nem Ian nem Miles, e o que os envolve. Somente ele. Noah e sua boca presa à minha.

Medo. Pânico de tentarem o tirar de mim. De não conseguir o proteger de todas as coisas que virão em seguida disso, da gente. Sinto terror, em apenas pensar, que todos à nossa volta vão tentar impedir isso.

Raiva. Estou enfurecida com Noah, embora esteja o beijando. Ele não devia ter ido àquela prisão. Ian é perigoso, poderia ter feito algo com ele. E se isso acontecesse... O ruivo não sairia daquela cadeia com vida. Eu me certificaria disso.

Felicidade. É como se, pela primeira vez em toda a minha vida, eu me sentisse feliz de verdade. Antes eu estava presa, embora não tivesse ninguém ou algo me prendendo. Eu me sentia assim. Amarrada a alguém, que eu nem ao menos tive escolha. Aprisionada a um acordo, que me faziam acreditar que a única razão para eu existir, era ele.

Mas isso aqui? Noah? Eu o escolho. Escolho beijar seus lábios enquanto sinto, por cima de sua camisa, seu coração bater acelerado. Escolho sorrir contra sua boca à medida que ele repete "eu te amo" diversas vezes. Escolho ser a garota maluca que se apaixona pelo garoto que fez de tudo para tirar seu sossego. Escolho ele. Escolho Noah. A primeira decisão que eu consigo tomar desde que nasci. A única escolha que importa para mim nesse momento.

– Você vai ficar sem ar, Noah. – O som sai abafado contra sua boca, que me beija sem parar a... Nem sei a quanto tempo estamos aqui no seu quarto, nos beijando apaixonadamente. Ele não me larga, não tirar seus braços de mim, não tira as mãos da minha cintura nem da minha nuca. Como se eu fosse sumir, fosse embora caso ele me soltasse por um segundo sequer.

Ele nega, balançando a cabeça e firmando ainda mais o aperto de suas mãos no meu corpo.

– Negativo. Nada vai me fazer te soltar, diabinha. – Ele alega, e eu sorrio. – Não vai escapar de mim. Nunca

Não. Nunca vou deixá-lo. Não conseguiria mesmo que quisesse. É mais forte do que eu. Tudo o que vim sentido e negando esse tempo todo, é maior do que eu possa pensar.

Noah me faz querer viver. Não sobreviver, não existir. Mas viver. Todas às coisas que fiz desde que cheguei nesse colégio, foram impulsivas, imprudentes. E todas elas foram causadas ou tiveram influência dele. Ele me fez querer enfrentar às pessoas, me fez querer lutar contra elas. Nunca havia feito isso antes de o conhecer.

O Irmão do PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora