𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 11: Os Devorados

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3 DE JULHO DE 1985

OLIVIA

Dormimos na casa de Mike, especificamente no porão, me levantei durante a madrugada e fui ao banheiro, me olhei no espelho e a minha testa estava horrível, mas estava desinchando e sumindo a vermelhidão.

Pela manhã Onze tentava descobrir onde Joyce e Hopper estavam.

— Illinois...

Descobrimos que Joyce e Hopper estavam indo a pé para Illinois em uma floresta, e para piorar Dustin e Steve estavam sumidos.

Alguém bateu na porta do porão.

AGORA NÃO MÃE!

— MIKE ABRE ESSA PORTA!

Era Nancy.

Nem se começou a explicar o que aconteceu com a Sra. Driscoll na noite passada.

— Foi a mesma coisa, a mesma coisa que aconteceu com o Will ano passado.

Ela entregou um papel.

— E olha isso. Olha a temperatura do corpo.

— Ele gosta do frio

— Tá bom e essa velha maluca que comeu fertilizante, a Sra. Driscoll. Que horas foi a crise?

— 9 horas da noite. Esperei Doutor fazer todos os exames

— Você não tava lá? — perguntou Will para Jonathan.

— Eu tô aqui agora não tô.

— Aleluia. Bom enfim que horas foi seu teste da sauna?

— Umas 9 horas da noite — Mike respondeu.

— Então tá provado Isso prova minha teoria ela foi devorada que nem o Billy. O devorador também controla as pessoas, domina elas, domina a mente delas, se já tem esse tanto de devorados nós temos supor que tem mais.

— Heather. O Billy fez alguma coisa com ela. Ela estava com medo, ela estava gritando. Eram gritos muito ruins

— E existe gritos feliz?

— A Max...

Todos olhamos para a ruiva.

— Não importa.

— Dsculpa eu me perdi quem é Heather? — Nancy perguntou confusa.

— É a salva-vidas da piscina.

Nancy olhou pra mim.

— A Heather Holloway.

— Tom — ela e Jonathan disseram em uníssono.

Corremos para o carro da mãe de Nancy, ele era maior a cabia todos nós. Eu não sabia direito para onde estávamos indo, mas achava que era para a casa de Heather.

Paramos na frente da casa dos Holloway e tocamos a campainha umas duas vezes e ninguém atendeu. Entramos na casa com a ajuda de Onze.

Aquela casa estava muito fria. Encontramos produtos químicos. Seguimos um rastro de sangue até a garagem deles, encontramos cordas. Nos lembramos de o que Sra. Driscoll dizia. " Eu preciso voltar ".

— Se ela quer tanto assim voltar, por que não levamos ela?

Fomos para o hospital e tentamos passar direto pela recepção.

— Aonds vocês pensam que vão? — perguntou a recepcionista.

Nancy fez uma careta e olhou para a mulher.

— Eu só vim visitar a minha avó de novo!

Ela apontou para todos nós.

— Essa é a minha família.

A mulher encarou Lucas.

— E agregados.

Eu me segurei para não rir da cara de Lucas.

— Eu não ligo para quem são. Dois por vez.

Jonathan e Nancy foram ver a Sra. Driscoll e eu fiquei com as crianças na recepção. Conversava com Will no canto da sala, ele parecia chateado e incomodado.

— E agora todo mundo tá namorando! E isso se tornou uma rotina tão cansativa, Oli... você não tem noção! O Mike e o Lucas quase não se lembram que eu e o Dustin existimos quando estão preocupados com assuntos de namoradas... Até você ficou distante quando começou a namorar com o Billy.

— Você está com ciúmes, não está?

— Mais ou menos, eu só queria jogar D&D a tarde toda com eles sem interrupção pra falarem das meninas, como antigamente.

— Sabe, Will, eu me senti assim também, mas... quando a pessoa que for para você amar aparece, tudo muda. E eu sei como é péssimo estar de vela, nossa! Como eu sei.

— É péssimo ser vela.

— Muito péssimo!

Me sentei nas cadeiras e comecei a ler algumas revistas, vi de canto de olho Mike e Lucas baterem na máquina de comida por ela não soltar o chocolate que eles queriam. Onze derrubou todos os chocolates para os garotos comerem. Lucas e Max começaram a brincar com os M&M e Mike foi se sentar com Onze. Os casais estavam voltando.

Nancy e Jonathan estavam demorando muito com a Sra. Driscoll. Eu e Will percebemos as luzes de toda a recepção piscando sem parar. Will passou a mão por sua nuca e se virou para nos olhar.

— Ele está aqui.

Eu e as crianças corremos para os elevadores, porém eles não chegavam nunca.

ESCADA.

Subimos as escadas até o andar da Sra. Driscoll e achamos o quarto vazio e o corredor repleto de gotas de sangue. Seguimos a trilha de gotas de sangue até um corredor em construção. Ouvimos Jonathan gritar e seguimos os gritos, ele batia um galão de oxigênio contra o vidro que continuava intacto. Onze abriu a porta. Encontramos um monstro horroroso, ele era gosmento e vermelho.

— Caramba!

— QUE PORRA É ESSA? — berrou Max.

Onze jogou ele contra as paredes, contra o teto e contra o chão antes de jogá-lo pela janela. Corremos para a saída do hospital e vimos ele entrando em um bueiro.

— Que porra é essa?

Voltamos para a casa de Mike ouvindo Elvis Presley, eu cantava como se não tivesse visto a coisa mais horrorosa e nojenta da minha vida. Nancy baixou o som.

— Olivia! Cala a boca! — pediu Nancy.

A olhei chocada.

— Você sabe se a sua mãe está bem? — perguntou Nancy.

— Deve estar, por que?

Nancy e Jonathan se entre-olharam.

— O que aconteceu com a minha mãe?

— Ela estava com o Tom e...

— Ela foi devorada — disse Jonathan indo direto ao assunto.

— Nossa! Isso é... uma merda.

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