𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 19: Watergate

70 6 2
                                    

25 DE MARÇO DE 1986

OLIVIA

Acordei com uma voz conhecida no Walkie Talkie, era Eddie, que conversava com Nancy, pedia comida. Bufei e me virei para ver Max, mas ela não estava lá, e Nancy também reparou, nos olhamos assustadas, ela acordou Dustin e corremos procurar a ruiva. A encontramos desenhando com a irmã de Nancy.

Dustin pegou quatro panquecas, olhei assustada para o garoto. Deixei eles falarem com Max e desci, olhei para Billy, que estava acordado, olhando para o teto, sorriu ao me ver.

Nancy, Max e Dustin desceram, com o desenho de uma casa nas mãos.

— É a casa de Victor Creel — Nancy disse, concordei.

Quando percebi, já estávamos naquela casa velha e abandonada. Andamos por toda a casa, Steve sempre segurando na minha mão, estávamos apreensivos. Lucas tentou ligar um abajur, sem sucesso.

— Alguém esqueceu de pagar a conta de luz — Lucas murmurou.

Dustin tirou uma lanterna de sua bolsa.

— De onde é que vocês tiraram isso? — perguntou Steve, se referindo à lanterna.

— Eu preciso mandar você fazer tudo? — perguntou Dustin, incrédulo. — Você não é criança.

Ficamos paralisados olhando para Henderson.

— Valeu — Steve murmurou.

Dustin tirou outra lanterna para nós. Eu e Steve começamos a andar na casa inteira, conversávamos sobre os assuntos mais diversos.

— Aí, Harrington! Vai roubar minha mulher? — perguntou Billy, surgindo na nossa frente.

— Vou – Steve respondeu.

Gargalhei.

— Vamos, rapazes.

Dustin se juntou à nós, os dois brigavam com Billy, que retrucava, causando uma intriga insuportável.

— Vocês são insuportáveis, vamos Billy! — falei puxando Billy para ir comigo, deixando Dustin e Steve juntos.

Nossas lanternas passaram a piscar sem parar, seguimos aquilo até nos encontramos em um único ponto, abrimos uma porta escondida e paramos no sótão, todos se entreolharam, mas fui a única que tomou coragem para abrir aquela porta. Nossas lanternas queimaram quando nos aproximamos do centro do sótão.

Assim que soubemos dos acontecidos no Lago dos Amantes, corremos para Eddie, um garoto havia morrido, o amigo de Lucas, Patrick. Íamos até a pedra da caveira para encontrar Eddie.

— Badabim, badabum! Olha só, Henderson! Pedra da caveira. Na sua cara, mané. Na sua cara, metidinho abusado — disse Steve, me ajudando a passar por uns galhos até chegarmos na pedra.

— Não faz sentido — disse Henderson, olhando sua bússola.

— É, tá. Nem com ela na sua cara você assume. — murmurou Steve, derrotado. — Você não assume que tá errado, né, bunda mole?

SECRETS• Onde histórias criam vida. Descubra agora