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Bati na porta do seu apartamento sendo recebido por um rapaz completamente nu:

-Vens para?

-O Harry, está?

-Hum... O que queres dele?

-Vou roubá-lo agora.

-Tens marcação?

-Diz-lhe que é o Louis.

-Hum...

Fechou a porta, suspirei ainda com a mão atrás das costas e a segurar bem para não deixar cair, inspirava fundo e expirava. Cerca de dois minutos depois a porta foi aberta, o Harry estava alegre, o cabelo colado à testa devido ao suor, as bochechas coradas e as pupilas extremamente dilatadas, e claro, a ajeitar um robe em si para não ver o seu corpo nu por baixo.

-Oh, Louis. Não te esperava agora.

-Estás... Drogado?

-Estou feliz!

Riu-se.

-Eu, hum... Quantas pessoas é que tens em casa, mesmo?

Ele sorriu e abriu a porta por completo dando-me visão para a espaçosa sala repleta de corpos nus, uma orgia era o que se estava a passar.

-Harry ... Quanto é que consumiste?

Pousei a coisa ao meu lado, de forma que ele não veja e aproximei-me dele, puxei-o para mim e abri-lhe as pálpebras vendo o olho vermelho e pupilas dilatadas.

-Harry...

-Bem-vindo ao meu mundo, Louis, queres entrar?

-Não, tu vens comigo!

Segurei-lhe fortemente na mão e puxei-o para fora de casa, claro que ele se afastou, eu nem me apercebi do gesto até ver a reação dele.

-Louis, não....

-Desculpa, podes vir comigo, por favor?

-Eu estou alegre ali dentro.

-Estás a ser abusado.

-Eu... Não estou, não!

-Harry, estás drogado, eles estão-se a aproveitar de ti, isso é abuso.

Ele sorriu e inclinou ligeiramente a cara, apontou para trás de mim.

-Oh! O que tens aí?

-Eu comprei-te um vaso de flores gardênia para compensar aquela que morreu.

-Oh...- Ele aproximou-se do vaso a agachou-se tocando com delicadeza numa pétala.

-Harry, nós precisamos de ti!- Uma rapariga abriu a porta e espreitou com a cabeça chamando o Harry. Ele sorriu, levantou-se e disse.

-Eu agora estou ocupado.

-O que é que é mais importante do que nós?

Ele riu-se aproximou-se da rapariga e pousou a mão na bochecha dela dizendo muito calmamente:

-O Louis, eu já volto, mas não contem comigo, divirtam-se.

-Harry...

Ele negou, ela fechou a porta e ele voltou-se a aproximar do vaso. Acabou por se sentar no chão e segurar nele com cuidado admirando cada pétala como uma criança admira um aquário cheio de peixes.

-Tu compraste mesmo?

-Hum, sim?

-É para mim?

-É. Queria compensar-te. Gostaste?

O lado negro do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora