Capítulo Dez - Descobertas

43 9 14
                                    


NOTA: Como sou um amor de pessoa, postando o  capítulo dez agora kkkk Boa leitura meus amados <3


— Está recebendo alguma coisa, Abel?

— Não senhor.

— Merda, você está monitorando o Ômega do Villanueva?! Aquele moleque é muito poderoso, já eliminou dois de vocês com uma facilidade espantosa!

— Eu sou mais forte do que aqueles dois idiotas, senhor. E estou criando uma neblina na volta do humano, que ele não conseguirá passar. — respondeu o outro, sorrindo de leve — Duvido muito que eles tenham se dado conta disso, lembre-se que aquele Ômega é quebrado desde a época em que foi sequestrado, anos atrás.

Christian abriu os olhos, olhando para os lados, ouvindo aquela conversa estranha, sem entender absolutamente nada do que diziam.

— E mesmo quebrado ele deu uma surra vergonhosa nos meus homens e em dois Ômegas. — rosnou o homem, fazendo Christian erguer os olhos e encarar os dois que conversavam — Não quero mais erros, pois da mesma forma que você afirma estar iludindo ele, aquele Pablo pode estar fazendo o mesmo com você!

— Merda, Mohammed, me dê um voto de confiança. — resmungou o mais baixo — Acha que teriam deixado esse humano inútil sozinho se eu não estivesse agindo?!

— É o que vamos ver, Abel. É o que vamos ver.

Christian olhou para os lados, tentando entender o que havia acontecido. Pouco a pouco, suas lembranças começaram a retornar, lhe trazendo de volta a sua realidade. O rapaz se mexeu, olhando para o chão, notando que não estava encostando os pés no solo. Só então se deu conta de que se encontrava no ar.

Ele se remexeu, percebendo que seus braços e pernas estavam presos, lhe trazendo pânico.

— Ah, merda! — exclamou, percebendo que estava amarrado a um grande crucifixo, no centro do altar.

O rapaz olhou para os lados, notando que as vozes haviam se silenciado. Tudo estava no escuro e parecia totalmente sozinho naquele lugar. Para o horário, sabia que aquele silêncio e a escuridão seria normal. Mas o jovem sabia o que estava escondido por detrás das sombras.

Após desligar, ele levou uma forte pancada ao se virar. Mesmo desnorteado, tiveram trabalho em contê-lo e só conseguiram derrubá-lo quando três homens o deixaram inconsciente com o tanto de chutes e socos que levou. Seu corpo inteiro estava doendo e tinha certeza de que havia fraturado uma ou duas costelas, pois as laterais de seu corpo estavam doendo um inferno.

Sentiu o sangue gelar e o coração perder uma batida ao ver a porta da igreja se abrir. Não sabia o que estavam tramando e tinha noção de que Victor estava indo em seu auxílio, mas temia que o rapaz acabasse caindo em uma armadilha por sua causa.

Seu coração voltou à vida, quando viu Victor caminhar em direção a ele. Mas o alívio durou apenas alguns segundos, ao ver a expressão no rosto do maior. Ela era feroz, como se estivesse prestes a destroçar alguém.

— Victor... — sussurrou ele, ao ver o homem parar diante do lugar em que estava.

Victor queria comer o coração de alguém e sabia quem iria pagar por tudo aquilo. Ele sentia o cheiro de sangue do rapaz e via os grandes hematomas cobrirem o rosto bonito do companheiro. Sem responder ao sussurro de Christian, ele soltou a corda que pendurava o crucifixo e o baixou.

— Victor! — chamou, agora mais alto, quando o homem se aproximou, cortando as amarras que o prendiam.

— Faça exatamente o que eu mandar, Christian. — sussurrou ele, demorando mais tempo do que o necessário para libertá-lo. Não iria usar o elo mental, pois achava que não iria funcionar, visto que Pablo o estava bloqueando. Percebeu isso ao entrar, pois não sentia o cheiro dele no rapaz, nem mesmo havia a marca que ele tinha feito na noite anterior em seu pescoço.

REESCRITA - O Alvorecer dos Lobos - Matilha VillanuevaOnde histórias criam vida. Descubra agora