Capítulo 14

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- Então eu vou ter uma reunião com elas amanhã a tarde. Eu quero muito que dê certo. Já até falei com o meu contador. - eu explicava  para Rosamaria. 

- Tu gosta muito dali, Carol. - ela afirmou e eu confirmei com a cabeça. - Acho que vai ser ótimo pra vocês. Além de facilitar para as meninas, o fato de você tá sempre por lá vai até ser bom pra dividir o peso com a Léia.

- Sim. Eu também pensei nisso. A Leinha vive lá de olho no funcionamento de tudo e acho que comigo sendo sócia dela, ela vai acabar tendo um descanso maior. - eu disse já emendando. - Porque não é justo o quanto ela trabalha duro ali e a sócia nem aparece para dividir a responsabilidade. O sucesso de lá é todo devido ao cuidado que ela tem com todo mundo que entra ali.

- Verdade. - ela falou concordando.

Era início da noite quando cheguei com alguns bolinhos e pãezinhos em sua porta. Ela tinha acabado de chegar em casa, depois de pegar carona com Caterina, uma amiga de seu time. E eu tinha ido ao mercado comprar algumas coisas para minha despensa. Aproveitei e comprei algo para lancharmos. Agora estávamos deitadas. Sua cabeça descansava em meu peito enquanto eu acariciava suas costas. O cheiro de seu shampoo invadia minhas narinas e sem querer ser repetitiva, aquilo parecia cada vez mais "normal". Era maravilhosa a sensação de ter ela juntinha de mim. Até o silêncio entre nós era bom. Eu até ficaria me perguntando o que há de ruim entre nós, mas acho que ainda era cedo para existir algo negativo nisso. 

Alguns minutos passaram e eu percebi que Rosa cochilava. O que acabou me fazendo viajar ainda mais em pensamentos. 

A gente ainda não tinha conversado sobre tudo o que vinha acontecendo. As coisas estavam desenrolando de forma natural, mas precisávamos conversar. Eu precisava entender o que ela esperava de nós. Eu necessitava dizer e colocar para fora a bola de neve dentro de mim, pois eu não iria guardar para mim mesma os meus sentimentos por ela. Não mais. Ela tinha que saber. Eu não queria me impedir de viver o que eu tô sentindo por medo. E foda-se se isso é uma precipitação da minha parte. Mas quero chamar ela de minha. Eu quero sim um rótulo. E eu também quero saber o que ela sente, óbvio. Mas tenho quase certeza que não estou enganada em achar que é recíproco.

Já era de manhã quando fui despertada com alguns beijinhos no pescoço pela mulher que tomava meus pensamentos. Rosamaria deixava vários beijos naquela região e eu conseguia sentir seu sorriso tocando minha pele. Coloquei meus braços em volta de seu corpo e a puxei para deitar por cima de mim.

- Que bom dia mais gostoso... - eu falei passando meu nariz na sua bochecha e sorrindo para ela. - Quem vai ficar mal acostumada agora?

- Bom dia, Cá! - ela disse me dando vários selinhos em meio a risos. - E quem disse que não é para acostumar?

- Nossa... assim eu não saio mais daqui. Vou querer ser acordada todo dia desse jeito.

- É só você querer então. - ela sussurrou no pé do meu ouvido. O que me fez fechar os olhos por alguns segundos sentindo o arrepio ali.

- Rosamaria, cê não pode brincar comigo assim. - eu falei manhosa enquanto sentia ela voltar a distribuir beijos e dá alguns chupões no meu pescoço.

Quando eu vi ela já estava levantando a minha blusa e deslizando sua língua por toda extensão do meu colo e o que era um momento fofo, se tornou completamente obsceno. Ela sugava o bico do meu seio de uma maneira tão gostosa e ainda tinha aquele olhar que ela me direcionava. Não era nada inocente. Ela fazia com a intenção de me provocar. Ela sabia direitinho como me ter. Safada. 

Algum tempo depois estávamos nuas e ofegantes em sua cama. Seria esse o resultado entre a junção de fogo e paixão? Porque se for, eu quero me queimar.

Nuovo Inizio - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora