Capítulo 11 parte 2

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"𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒐 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒗𝒊𝒓𝒐𝒖 𝒑𝒐́ 𝒆𝒖 𝒔𝒐𝒖𝒃𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂."

Fazia poucos minutos que eu me encontrava enclausurada naquela casa apenas com Jeremy desmaiado, John Gilbert  e Alaric emburrado em um canto como companhia

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Fazia poucos minutos que eu me encontrava enclausurada naquela casa apenas com Jeremy desmaiado, John Gilbert  e Alaric emburrado em um canto como companhia. Estava tudo tão silencioso que a cada pequeno barulho produzia um som alarmante. Eu estava encostada em um cantinho escuro da parede ainda agarrando o livro misterioso que eu tinha encontrado por coincidência ou não no meio de tantos outros grimórios e diários como se fosse minha tábua de salvação. Eu me sentia nervosa e inquieta. Não consegui manter nenhum pensamento fixo na minha mente por muito tempo, tudo era um turbilhão de pensamentos confusos e preocupados. Respirei fundo o ar empoeirado daquele minúsculo porão e mentalizei que daqui a poucas horas eu estaria a caminho de casa.

— Quem é você mesmo, garota? — John Gilbert quebrou o silêncio e voltou-se para mim com as mãos na cintura e um olhar inquisidor.

— Deixe ela em paz, John. — Alaric se opôs a tentativa de John de puxar assunto e eu agradeci mentalmente por isso, mas parecia que o homem a minha frente não ligava muito para a opinião de Alaric e insistiu na pergunta, então eu cedi para ver se ele calava a boca. 

— Meu nome é Jessica Martin. O meu pai, Jonas Martin, foi um dos feiticeiros de Elijah. — Eu não estava afim de conversar, então eu esperava que o "foi" tivesse sido o suficiente para ele não fazer mais perguntas, mas infelizmente, ele não tinha entendido o recado.

Foi? Você está sozinha?

— Eu não estou sozinha, OK? Eu tenho uma irmã e tenho Elijah, quando tudo isso acabar eu vou voltar para casa. — Eu não o encarava nos olhos, não queria que ele se sentisse compelido a fazer mais perguntas, aquilo já começava a me deixar desconfortável e ainda mais inquieta.

De repente, Todas as velas acesas ao meu redor começaram a ficar estranhamente mais quentes, as paredes pareciam que estavam se fechando ao meu redor e não ajudava nem um pouco a voz de John perguntando coisas que eu não entendia ao fundo da minha mente. Eu só queria que ele calasse a maldita boca! O ar estava ficando mais escasso e minha cabeça girava. Eu me levantei lentamente do chão tentando me manter equilibrada enquanto tudo girava e o meu peito doía ao ponto de eu pensar que iria morrer, eu precisava sair dali e precisava ser agora.

— Jessica! Para onde você vai? — John pegou o meu braço e me impediu de sair dali, eu estava cansada dele, cansada dos sorrisos falsos e de me sentir intrusa e indesejada, apenas um meio para um fim, porque elas não entendiam que eu não gostava ser tocada por suas mãos estranhas?

— Para de fazer isso! — o som agudo que saiu da minha boca e o turbilhão de sentimentos que me atropelavam, fez com que uma corrente de magia saísse de dentro mim e que John fosse jogado metros para longe. Uma dor violenta assolou o meu corpo fazendo eu perder o fôlego, cair de joelho no chão e ser inundada por uma visão, novamente.

Jessica Martin Onde histórias criam vida. Descubra agora