Cap. 10

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Sirius,

      Está tudo bem? Por que não responde minhas cartas?
                                    
                                      Um preocupado,
                                                         Moony.            
                                           
                                 **

Querido, Sirius Black,

        Acabei de voltar de viagem. Será que seus consagrados pais o permitiriam vir à residência Potter ?

Ps.: Os seus pais leem mesmo as suas correspondências? Se sim, nada contra essa atitude Sr. e Sra. Black.

                                   Com ansiedade,
                                               James Potter.

                      
                                **

Siriuuuuus,
  
     Meus pais compraram uma bugiganga incrível que toca música. Você vai adorar. Será que não conseguimos mesmo nos encontrar? Desculpe por insistir.

                                           Peter Petigrew.
                              

                                **

Ei, Black,
  
     Como andam os treinos das férias? Vamos fingir que não estou sendo obrigada a lhe enviar essa carta pelo capitão, para espelhar a "união" da casa e do time. Não me entenda a mal, mas guardo mágoas do dia da bomba de bosta no banheiro feminino até hoje. Qual é o problema de vocês meninos sabe?

Eu disse ao Andrew que não tinha nada a dizer para você mas pelo visto tenho muito. Mas é melhor implicar com você pessoalmente, é mais divertido, então deixa para depois.

                     Nos vemos em setembro,
                                     Marlene Mckinnon.

                      
                                **

Sirius espiava mais uma vez enquanto Walburga Black, a tão enojada, sua mãe, queimar a correspondência que a ele era endereçada.

— Aquele garoto é uma vergonha! Acredita que está no time de quadribol da grifinória, Orion? Onde foi que erramos? Por mim nem para lá ele voltava, mas é melhor lá do que á minha vista.

Sirius fechou os olhos e respirou fundo, tentando controlar os pensamentos. Estava sentado em um dos degraus mais altos da escada e quando sentiu uma mão sobre seu ombro, se assustou.

Era Regulus, seu irmão mais novo. Indicava com a cabeça para que o outro o seguisse para o andar de cima. Sirius secou os olhos, que marejavam e se levantou.

Os dois foram para o quarto do mais novo. Regulos iria para a escola de magia e bruxaria nesse ano e a pressão da família o atormentava, assim como a Sirius.

— A prima Andrômeda nos deu algo. Aquarelas, o nome. Me entregou quando esteve aqui a dois dias, mas não deixou que mostrassemos para a mãe. Você é melhor em esconder coisas. — Disse a Sirius, lhe entregando a caixa. Este, sorriu.

— Não quer entrar para o mundo do crime, irmãozinho?

— Não me chama assim. — Regulos fez uma careta. Sirius sorriu, e então voltou seu olhar para a caixa em suas mãos, admirado.

— Mal posso esperar para abrir.

— Serve para pintura.

— É, eu sei. Gosto de arte.

Regulos acentiu.

— Podemos abrir juntos, em Hogwarts.

Regulos acentiu novamente.

— Sabe, lá nós não precisamos agir como robôs. — O mais novo abriu a boca para retrucar, mas Sirius seguiu para a porta do quarto, rindo, antes que o irmão pudesse dizer qualquer coisa.

Um dia, Reg, eu vou fugir desta casa para sempre.* Vou levar você comigo e quem sabe, levo as aquarelas também. — Sirius piscou para o irmão e continuou seu caminho rapidamente até o próprio quarto, com a caixa de aquarelas em baixo do braço.

》《

* : Referência ao livro "Pequena Coreografia do Adeus" da Aline Bei.

Um dia, seremos um casal de velhos. - WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora