Cap. 7

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— Não. É minha palavra final.

— Aluado, nos ajude. Somos inteligentes mas você sabe como se organizar, precisaremos da sua ajuda para te ajudar. — James falava alto.

— Quem disse que eu quero ajuda? E por favor, para de me chamar assim! — O tom de voz de Remus também estava alterado.

Era o final do primeiro semestre de seu 3° ano. Estavam à beira do lago negro passando o tempo de seu domingo. Haviam voltado das festas de fim de ano importunando Remus com a ideia de se tornarem animagos para axompanhá-lo durante a lua cheia.

Lupin estava agora em pé, olhando para o horizonte. Pegou uma pedra do chão e jogou-a, a mesma quicando duas vezes antes de afundar na água, antes congelada, do lago.

Sirius, antes encostado no mesmo tronco de árvore que agora está James, aproximou- se de Remus a passos lentos.  Quando estava próximo do outro, o chamou de uma forma tranquila:

— Moony? — O outro respirara fundo e relaxara os braços. Sirius encostou a mão no antebraço do outro e similou um carinho, oculto pelo amontoado de roupas do outro, que inclinou levemente o rosto em sua direção. — Cogite a ideia pelo menos. Sabe, é difícil para os seus melhores amigos vê-lo sofrer todo o mês e se sentirem impossibilitados de ajudar de qualquer forma. Achamos um jeito e queremos pô-lo em prática. Entendo que é difícil para você por- —

— Não, Sirius, você não entende. — Remus agora se virava para encará-lo. — Eu passei a minha vida me acostumando com a rejeicão das pessoas. Vocês foram os primeiros a me aceitarem como sou e amo vocês por isso. Não vou deixar que arrisquem a vida de vocês por mim. — Remus agora olhava para James. Tentava controlar os nervos. Fechou os olhos e respirou. — Vou ir atrás de Peter.

Em seu caminho de volta para o castelo, Lupin estava com a cara amarrada e os pensamentos praticamente em outro mundo. Gostaria de gritar, mas ao invés disso seguiu caminho á biblioteca.

— Remus? — Seus punhos ainda estavam cerrados.

— Lily! O que está fazendo? — Encontrou-a em uma das mesas de estudo nas estantes da área oeste.

— Estudando para Runas Antigas. Você está bem?

— Uhum. — Respondeu rápido. Ela o olhou com dúvida. —  Não muito na verdade, mas tudo bem.

— Que conversar?

— Nah. Preciso ler. Posso me sentar aqui?

— Claro.

Remus não se concentrava e Lily o olhava de esguelha.

— Remus, olhe para mim. Porque você não... essa cicatriz é recente? — Parecia preocupada.

— Desculpe, Lily, preciso ir. — Se levantou, puxando seu agasalho do encosto da cadeira.

Odiava receber ajuda. Não estava acostumado com pessoas realmente se importanto com ele. E ele se culpava, sempre se culpava. Por tudo. E se algo acontecesse a eles, sua dor piscicológica seria ainda maior. Odiava aquele sentimento.

Voltou para o dormitório que dividia com os amigos porquê sabia que estaria vazio. Abriu sua gaveta onde guardava um estoque de chocolates. Ajudava com  a ansiedade. Pegou alguns e se jogou na cama. Remus chorou, como costumava chorar quando estava sozinho. Teve cerca de meia hora sozinho antes de Peter chegar. Ele seguiu para a própria cama e pegou algo em sua mesa de cabiçeira. Em seguida, olhou-o de forma delicada. Provavelmente encontrara com os amigos antes de encontrar Remus.

— Aluado eu- — Remus fechara a cortina de seu dossel quando o outro hesitou. "Aqueles que exitam estão perdidos" lembrou da frase de seu livro.

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Alexa, play Anti-Hero by Taylor Swift.

Um dia, seremos um casal de velhos. - WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora