87. Pedir permissão

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Com Louis...

Estou andando de um lado para o outro nesse hospital, eu estou muito nervoso, nunca fiquei tão nervoso assim, a Enola está na sala de parto dando à luz ao nosso filho e eu estou aqui sem notícias já tem uma hora, eu estou muito, muito nervoso e ansioso.

Liz- Querido, se acalma –Me levanto da cadeira indo até ele- vai dar tudo –Tento tranquilizar ele-

Louis- Eu sei, mas eu não consigo parar de ficar nervoso –Falo roendo minhas unhas- estou muito ansioso

Liz- Vai dar tudo certo, relaxa –Toco em seu ombro- partos demoram mesmo, ainda mais os normais

Respiro fundo assentindo com o que ela falou e me lembro que queria falar com os pais da Enola sobre uma decisão que tomei há dois meses atrás.

Louis- Senhor Henry e senhora Liz, eu preciso conversar com vocês –Olho para os dois-

Henry- Para você é somente Henry, você já é da família –Ele sorri de canto-

Louis- Como vocês já sabem eu amo muito a filha de vocês, ela é o amor da minha vida e eu sei que o sentimento é recíproco –Respiro fundo tentando afastar o nervosismo- então eu queria pedir a benção e a permissão de vocês dois para pedir a Enola em casamento –Peço nervoso demais e vejo Henry engasgar-

Henry- Casamento? –Pergunto controlando o meu “engasgamento”-

Louis- Sim, casamento –Respondo afirmando- eu a amo e teremos um filho juntos, eu quero me casar com ela

Liz- Que fofinho –Sorrio- minha filha escolheu certo

Henry- É lógico que você tem a nossa benção, você é um menino de ouro e sei que irá cuidar bem da minha princesa –Ele sorri de orelha a orelha com o que eu falei-

Hardin- Cheguei, cheguei –Apareço do nada com a Amélia e a Lua-

Amélia- Ela ainda está no trabalho de parto? –Pergunto e eles assentem-

Com Vitória...

Havia bebido todas na Rousseau, eu precisava esquecer tudo o que está acontecendo na escola, precisava esquecer a fama que estou levando de graça, graças ao Murilo estou sendo xingada de todos os nomes possíveis e isso está me fazendo muito mal.

Estou andando pelas ruas de Nova Orleans na intenção de chegar na mansão, mas estou muito, muito bêbada para isso, ia cair direto no chão quando sinto mãos em minha cintura que faz com que meu corpo literalmente estremeça com o seu toque.

Lucas- Te peguei, te peguei –Falo pegando ela no colo-

Vitória- Lucas, Luquinhas, Lucas –Falo embolado por estar muito bêbada e passo minha mão em seu rosto-

Lucas- Sim, sou eu –Ela encosta sua cabeça no meu ombro e eu a levo para mansão-

Com Lucas...

Entro pelos fundos da mansão com ela e vou para meu quarto, agora estou com ela em meu banheiro.

Lucas- Vem, vamos tomar banho –Falo ajudando ela com o vestido-

Vitória- Banho não –Reclamo tentando me soltar dele-

Lucas- Banho sim –Tiro o seu vestido-

A deixo só peças íntimas e ela vai correndo até o vaso sanitário e começa a vomitar.

Lucas- Você bebeu demais –Falo segurando o seu cabelo-

Vitória para de vomitar e eu a levo para o box do banheiro, ligo o chuveiro e a deixo lá sozinha. Saio do banheiro, vou até meu guarda-roupa, pego uma cueca nova e um moletom.

Lucas- Posso entrar? –Pergunto me aproximando da porta do banheiro que está fechada-

Vitória- Pode entrar –Respondo muito tonta-

Entro no banheiro e desligo o chuveiro, enrolo ela no roupão e entrego o meu moletom e a cueca.

Lucas- Consegue se vestir? –Pergunto muito tímido e ela assente-

Saio do banheiro novamente para que ela possa se vestir, ela sai do banheiro cambaleando e eu a levo até a cama.

Lucas- Prontinho, pode dormir na minha cama –Falo cobrindo ela com o cobertor- eu durmo na poltrona

Vitória- Eu não quero dormir –Resmungo ainda bêbada-

Lucas- Mas você precisa dormir –Falo a olhando-

Vitória- O que eu realmente preciso é que todos esqueçam aquele maldito vídeo –Volto a chorar-

Lucas- Eles vão esquecer, eu te garanto isso –Afirmo com certeza-

Vitória- Eu estou com a fama de puta e de vagabunda –Soluço- e sabe o pior? Tudo isso por que eu transei com um garoto, por que eu sou uma mulher solteira e dormi com um cara sem compromisso –Choro ainda mais- por que se fosse ele no meu lugar, estariam chamando ele de o “fodão” o “gostosão” e o “garanhão”, mas como eu sou mulher estou sendo xingada e julgada por todos naquela escola –Soluço outra vez-

Lucas- Olha para mim –Peço e ela me olha- eu te prometo que isso vai passar quando você voltar para escola, nem que eu tenha que arrancar a língua de todos da escola –Ela sorri sem mostrar os dentes-

Vitória- Obrigada por cuidar de mim –Agradeço com um sorriso-

Lucas- Não precisa agradecer, morena –Dou um beijo no topo da sua cabeça- agora dorme

Caminho até a poltrona e me sento na mesma, fecho os olhos.

Com Vitória...

Fico olhando ele sentado na poltrona sem camisa e que tanquinho meus amigos, eu devo estar muito bêbada, mas eu quero muito beija-lo.

Vitória- Lucas –O chamo e ele abre os olhos para me olhar- não quero que durma aí

Lucas- Está tudo bem, eu já acordei aqui várias vezes –Falo sonolento-

Vitória- Por favor, não dorme aí –Peço falando embolado-

Ele ri pelo nariz por causa do jeito que falei e se levanta, ele caminha até a cama e se deita na mesma ficando de frente para mim.

Lucas está olhando para mim, desço meu olhar para sua boca, aproximo nossos rostos, mas ele afasta.

Mas eu continuo me aproximando dele até que eu consigo unir nossos lábios em um beijo que é retribuído por dois segundos, mas logo é parado por ele.

Lucas- NÃO! –Afasto nossas bocas- eu não quero me aproveitar da sua vulnerabilidade, você está muito bêbada e provavelmente não irá se lembrar de nada amanhã ou mais tarde –Me afasto um pouco dela- eu não quero que nosso primeiro beijo seja com você fora de si, quero que quando o nosso beijo acontecer você se lembre de cada momento e detalhe –Me sento na cama- quero que se lembre de tudo

Vitória- Me desculpa...eu...não...eu... –Ele me interrompe-

Lucas- Está tudo bem, está tudo bem –Respiro fundo-

Me deito novamente na cama e ele se deita também, fecho os olhos e apago.

O diário de Hardin¹ Onde histórias criam vida. Descubra agora