63. Despedidas eternas

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Com Lucas...

Após Vitória ter desmaiado em meus braços totalmente machucada, eu a pego no colo a levando para minha mansão, assim que entro em casa todos me olham.

Lua- O que aconteceu com ela? –Pergunto indo até ele-

Lucas- Eu realmente não sei –Respondo- eu só a encontrei na rua toda machucada e quando ela me viu desmaiou

Hardin- Coloca ela aqui –Tiro as coisas da mesa-

Deito a Vitória na mesa.

Helena- Parece que bateram nela –Falo vendo os machucados-

Amélia- Espancaram ela –Afirmo- reconheço os hematomas

Meu irmão mais velho sai da sala de estar e volta com um kit de primeiros socorros.

Charlotte- Hardin, ela está com três costelas quebradas, o braço quebrado e o ombro deslocado –Falo após fazer um feitiço examinando a Vitória-

Hardin- Sangue de vampiro vai ajudar –Corto meu pulso com minha presa- abram a boca dela –Peço e minha irmã mais nova abre, derramo o sangue em sua boca- pronto

Lucas- Eu limpo os machucados dela –Pego o kit de primeiros socorros de sua mão-

Passo o algodão molhado no álcool em todos os machucados dela, depois passo uma pomada e coloco curativo.

Vincent- Trouxe uma tipoia –Entrego a tipoia para meu irmão Lucas-

Lucas- Obrigado, irmão –Agradeço pegando a tipoia-

Coloco a tipoia no braço da Vitória e fico esperando ela acordar.

Com Hardin...

Amélia- Amor, eu preciso ir trabalhar –Falo pegando minha bolsa-

Hardin- Mas já? –Faço um biquinho e ela ri-

Amélia- Passa lá para me buscar as duas da manhã? –Pergunto e ele assente- te amo –O beijo intensamente-

Retribuo ao beijo e depois de alguns minutos nos afastamos, ela sai pela porta da mansão.

Vou até a Vitória que estava começando a acordar, ela se levanta no pulo assustada, mas logo reclama de dor.

Vitória- Onde eu estou? –Pergunto olhando ao redor-

Hardin- Ei, calma –Vou até ela- você está na minha casa –A tranquilizo-

Lucas- Eu te achei na rua e te trouxe para casa –Explico-

Lívia- O que aconteceu com você? –Pergunto olhando para ela-

Todos nós olhamos para Vitória que fica um tempo calada pensando, ela começa a chorar.

Vitória- A minha mãe me chamou para almoçar e eu disse que estava com fome, aí meu pai me deu um tapa no rosto e disse que era para almoçar, eu pedi para ele não me bater –Soluço- ele ficou furioso e me espancou...de novo

Liz- Isso acontece com quanta frequência? –Pergunto indo até ela desconfiada dela estar passando pelo mesmo que eu passava-

Vitória- Desde que eu me conheço por gente –Respondo e eles arregalam os olhos- por favor, não me deixem voltar para aquela casa, por favor –Imploro chorando- eu não quero quase morrer de novo

Lucas- Ninguém aqui vai te levar de volta para aquela casa –Me aproximo dela e percebo que ela estava tremendo muito- ei, calma –A abraço forte- você está segura agora, calma, você está segura

Henry- Que fofinho –Cochicho no ouvido da minha esposa e ela ri baixinho-

Hardin- Irmão, leva a Vitória lá para cima –Olho para o Lucas- ela precisa descansar –Ele assente-

Lucas- Vem, Vitória –A ajudo a subir as escadas-

Com Lucas...

Entro no quarto de hóspedes com a Vitória.

Lucas- Aqui –Ajeito os travesseiros- pode descansar

A ajudo a se deitar na cama.

Lucas- Fica bem –Beijo sua bochecha e a cubro com a coberta-

Ia saindo do quarto, mas ela me chama.

Vitória- Você pode ficar aqui comigo até eu dormir, por favor? –Peço com a voz triste-

Lucas- Fico sim –Me sento ao seu lado- vem cá –Bato em minha perna-

Ela deita a cabeça em meu colo e eu fico fazendo carinho em seu cabelo até ela pegar no sono.

Uma hora depois...

Com Enola...

Chego em casa e me sento no sofá da mansão.

Hardin- Irmãzinha linda –Beijo sua bochecha- estava aonde?

Enola- No hospital, a tia Ayla me levou para fazer um ultrassom –Respondo- fui conhecer o meu bebê

Liz- E como foi, filha? –Pergunto a olhando esperançosa-

Enola- Foi maravilhoso, ele é tão pequeno, mãe –Mexo no bolso da minha jaqueta- a médica me deu uma foto do ultrassom –Me levanto e entrego a ela- eu decidi ficar com o bebê, quero ser mãe e vou aprender a amar o meu filho –Todos sorriem-

Henry- Que notícia maravilhosa, filha –Falo feliz por ela-

Enola- Amanhã vou chamar o Louis para conversar –Pego meu celular- estou muito cansada hoje

Hardin- Só por que eu estou muito bonzinho hoje, eu vou fazer massagem nos seus pés –Me levanto-

Horas depois...

Com Carla...

Estava dormindo abraçada com o JJ, quando começo a ter um sonho muito estranho.

Dean- Carla –A chamo-

Carla- Dean, o que você faz em meu sonho? –Pergunto confusa-

Dean- Eu vim me despedir de você –Respondo e ela me encara-

Carla- Com assim se despedir? Se despedir? –Pergunto ficando nervosa-

Dean- Carla, eu recebi cinco tiros na caçada de hoje e meu irmão três tiros –Ela arregala os olhos- eu morri e meu irmão também

Carla- Não, não, não –Começo a chorar-

Dean- Você vai ter que viver sem mim a partir de agora –Pego em sua mão- você vai precisar ser forte, ouviu?

Carla- Dean, por favor, me deixa te trazer de volta –Imploro-

Dean- Não –Nego com a cabeça- eu quero ficar em paz, eu e meu irmão queremos isso

Carla- Eu não quero ficar sem você –Choro ainda mais-

Dean- Eu sinto muito que tenha sido assim –Enxugo suas lágrimas- mas você precisa ser forte agora e seguir em frente

Carla- Dean, não, por favor –Imploro aos prantos- por favor, não me deixa

Ele me abraça uma última vez e eu desabo no seu abraço.

Acordo assustada e com a mão no peito, procuro meu celular em tudo que canto desse quarto, preciso ligar para o Dean para ter certeza que esse pesadelo é só um pesadelo.

Ligo para ele e a cada chamada eu sentia minha respiração falhar, vejo que tinha um áudio dele e coloco a mão na boca já esperando o pior.

Dou play no áudio e começo a escutar ele.

“Dean- Carla, eu recebi um tiro no peito... –Escuto barulhos dele correndo- Sam, infelizmente foi abatido –Ele chora no áudio- Carla, esse é o meu fim...eu não vou conseguir sobreviver –Escuto o som de um tiro sendo disparado e Dean gritando de dor- eu quero que saiba que eu te amo demais e que você é a melhor amiga que eu poderia ter tido em todos esses anos –Som de outro tiro- diga a Aurora e a Aisha que eu as amo mais do que tudo nessa vida –Outro tiro- diga a Abigail que ela é e sempre será a minha garotinha que eu amo tanto –Outro tiro- Carla, eu te amo...”

O áudio é parado e eu começo a chorar de soluçar.

O Dean morreu, o Sam morreu...

Estou totalmente sem chão agora.

O diário de Hardin¹ Onde histórias criam vida. Descubra agora