O Clã Esquecido | Avatar

Capítulo 2

Os dias foram se passando no clã Metkayina, e como uma conexão mutual, todos estavam pressentindo que viria algum acontecimento grande.

Ao voltar de uma ronda, Jake e Neytiri montados em seus Ikrans, avistaram em uma parte pouco acessada da ilha que moravam, o que pareciam ser alguns corpos, aparentemente mortos.

Se falaram por um aparelho de comunicação, e decidiram que Neytiri chamaria Tonowari e Jake olharia mais de perto tudo aquilo.

Eram corpos de Na'vis, mas não eram parecidos com os Metkayinas nem com os Omatikaya, a tonalidade de suas peles eram de um azul bem acinzentado, as pintinhas brancas comuns nos clãs anteriormente citados eram diferentes, neles eram de um laranja quase vermelho flamejante, os cabelos na maioria eram longos e cacheados ou em trancinhas, e suas vestes eram parecidos com a dele, mas aparentemente mais antigas.

Jake se assustou com a chegada de Tonowari, sua esposa, Neytiri e seus filhos, e Rotxo.
Passou tanto tempo analisando toda aquela gente, que nem percebeu alguém se aproximando.

- Estão mortos? - O líder dos Metkayinas pergunta.

Quando Jake iria responder, eles ouviram uma tosse fraca, e olharam para um daqueles Na'vi que tinha aberto os olhos e os olhavam como se implorasse.

- Nos ajude - Outra tosse - Por favor - O homem suplicava com a voz fraca e falhando.

Tonowari, Ronal, Jake e Neytiri trocaram olhares, conversando silenciosamente. Por fim, decidiram os ajudar, levaram todos para uma cabana grande e vazia, checaram os seus batimentos, e para surpresa de todos, eles estavam vivos.

Os homens saíram em busca de ingredientes medicinais, e as mulheres começaram a prepara-los.
Outros fizeram mais uma busca pelo perímetro onde os desconhecidos foram encontrados, procurando por mais alguém ou até mesmo pistas de onde vieram.

Já era no outro dia de tarde, alguns Metkayinas se juntaram para ajudar a Tsahìk na cura dos visitantes, quando finalmente alguém acordou, era o mesmo homem que os pediu ajuda.

Tonowari e Jake foram chamados imediatamente, e logo começaram um tipo de interrogatório com o homem.

- Quem é você? - Perguntou o líder.

- Eu vejo você - Fez o gesto assim que os viu e foi retribuído - Me chamo Tk'ran - A voz ainda falhava um pouco, mas era possível distinguir um sotaque diferente.

- Eu sou Tonowari, o Olo'eyktan e este é Jake Sully, o Toruk Makto - Se apresentou, ao olharem o homem, sentiram que o conhecia de alguma forma.

- Como vocês vieram parar aqui? - Jake questionou o homem.

- Eu não sei, eu e meu clã estávamos em nossa casa, na nossa terra, mas nos pegaram e nos jogaram ao mar, amarrados, acordei com vocês.

O homen arregalou os olhos e se sentou rapidamente, parecendo recordar-se de alguma coisa.

- Minha esposa e meus filhos! Onde estão? - Se desesperou olhando para os lados - Eu tentei impedir, mas os pegaram também e eu não pude fazer nada.

O homen levantou-se muito rápido e passou a correr com dificuldade por entre todas aquelas pessoas, procurando sua família.

- Tk'ran - Uma voz feminina e fraca foi escutada - Naolu? Ak'emi? - Chamou novamente com desespero.

O homen correu até sua esposa, a examinando para ver se tinha se machucado, enquanto ela percorria seus olhos em volta, procurando seus filhos.
Pôde respirar um pouco aliviada ao achar o marido, e logo depois seu filho mais novo, Naolu, de apenas sete anos, adormecido.

Tk'ran tentou acalmar sua parceira, Fatuk. Jake e Tonowari se aproximaram, mas deram passos para trás, pois Fatuk mostrou suas presas, bem mais afiadas que o normal, diga-se de passagem.

- Querida, está tudo bem, todo nosso clã está aqui. - Tentou reconforta-la - Nosso filho está bem aqui, vivo e só está dormindo.

- E Ak'emi? Cadê nossa filha - Perguntou em desespero - Tk'ran, onde ela está?

Jake e Tonowari, agora acompanhados de Neytiri e Ronal que chegaram a pouco tempo, estavam conversando silenciosamente por olhares, mas a conversa sobre a filha dos estrangeiros os chamou atenção.

- Meu amor, você não se lembra? - Colocou a mão em sua bochecha, com pesar no olhar - A levaram primeiro, eles a pegaram e sumiram, eu tentei impedir, mas nos pegaram desprevenidos - O homem já quase chorava, lembrando do olhar assustado e desesperado da filha.

- Não! A minha Ak'emi não! - Chorava e gritava - Tk'ran por favor, me diz que ela tá aqui.

Nisso, os adolescentes e Tuk chegaram na cabana, curiosos sobre o barulho de choro, Neytiri olhava aquilo angustiada, sabia a dor de não ter certeza se seu filho estava vivo ou não.

Ficaram em silêncio, em respeito a dor daquela família, estranhos ou não ainda sim tinham empatia a dor de uma mãe.
Depois de calma, na medida do possível, Fatuk percebeu eles ali.

- Quem são vocês?

- Nós somos o clã Metkayina, eu sou Tonowari, minha companheira Ronal, e meus filhos Aonung e Tsireya, e seu amigo Rotxo.

- E nós somos Omatikayas, sou Jake Sully, minha esposa Neytiri, e meus filhos Neteyam, Kiri, Lo'ak e Tuktirey, mas agora moramos com os Metkayinas.

- Você é o Olo'eyktan e você a Tsahìk certo? - Apontou para Tonowari e Ronal, que assentiram - E vocês? - Apontou para Jake e Neytiri.

- Ele é o Toruk Makto, antes Olo'eyktan e Tsahìk do clã Omatikaya - Respondeu Tonowari apontando para Jake e Neytiri.

- Eu conheci um Toruk Makto, na nossa antiga casa, era um bom homem, o segundo da história.

A mulher divagou em seus pensamentos, ela ainda parecia bem transtornada, como se estivesse em transe. Mas uma coisa chamou a atenção depois de um tempo.

- Espera, você disse o segundo da história? - Jake perguntou espantado e a mulher concordou - isso não faz sentido, eu sou o sexto.

Todo mundo se olhou confuso, não conseguiam entender o que estava acontecendo, eles eram imortais então? Pois já se faziam muito tempo desde o segundo Toruk Makto.

- De qual clã vocês são? - Ronal tomou as rédeas da situação - Por que se for de qual eu estou pensando, isso vai ficar mais estranho ainda.

- Nós somos do clã Oaytican - Tk'ran falou confuso - Por que?

- Não é possível - Ronal exclamou - Esse clã está extinto a quase duzentos anos!

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Oioi gente, espero que tenham gostado e estejam entendendo.
No próximo capítulo irei explicar mais detalhadamente.

E me desculpem pelo tanto de palavras repetidas.
Esse capítulo não foi revisado.

Até breve.

- Ravena