O Clã Esquecido | Avatar

Capítulo 12

(Não revisado)

⚠️ Esse capítulo terá mais narração do que diálogo ⚠️

Quando finalmente a hora do ritual chegou, todos estavam na praia, numa área que era usada especialmente para essas ocasiões. Ak'emi estava no meio, junto ao ancião Oaytican, onde ele preparava os materiais para fazer suas marcas.

Ao redor dela estava sua família, a família de Aonung e todos os Sully's juntos, eles prestavam extrema atenção sobre tudo aquilo, especialmente as duas últimas famílias citadas, pois era a primeira vez que estavam presenciando um momento como aquele.

Finalmente depois de um tempo estava tudo preparado, então Ak'emi sentou-se na areia e o ancião começou a cantar as músicas de seu povo para Eywa, e com isso começou as marcações pelo corpo da garota, ela tinha passado anteriormente uma espécie de pomada de ervas que continham o efeito de adormecer sua pele, para ao menos suportar a dor, pois por conta de precisar ser bem escura a marcação, teria que atingir uma camada mais funda da pele.

Então a garota estava com uma faixa de couro na boca, mordendo-a para não gritar. Por Eywa! Aquilo doía como o inferno, não conseguia imaginar como seria se não tivesse passado a pomada antes, certamente estaria inconsciente.
Enquanto isso as marcações do rosto já estavam feitas, agora começaria as do tronco, para finalmente as das pernas e costas.

Quando finalmente terminou, o pano foi tirado de seu tronco anteriormente coberto dos pés a cabeça, e revelou suas marcas ao demais, juntamente com sua roupa e acessórios, eram mais diferentes do normal de outro clã, mas não foi nenhuma surpresa para muitos, aquele povo não cansava de os surpreender. Olhando para as vestes e acessórios da garota, Jake achava que lembrava minimamente alguma roupa de estilo grega, que ouviu a muito tempo ainda quando residia na terra.

Ak'emi depois de tomar uma bebida sagrada oferecida por sua mãe, pôs-se a dançar em volta da fogueira junto a alguns jovens quando o ritual chegou ao fim. Aonung e Neteyam estavam hipnotizados com a beleza da garota, parece que as "tatuagens" a deixaram ainda mais atraente, e parecia combinar com a dos dois que foram feitas em seus rituais de passagem para vida adulta.

A garota dançava e cantava ao som de alguns tambores e Oayticans que cantavam mais músicas ancestrais, rodeando a fogueira, sempre na mira dos olhos de seus futuros companheiros que admiravam como a luz do fogo parecia realçar ainda mais os olhos da Oaytican, que acendiam, assim como seu cabelo que estava com algumas tranças misturada com as ondas brancas e ruivas soltas, junto a um adorno em sua testa, semelhante a uma coroa feita de galhos aparentemente, com uma pedra verde que ia no meio de sua testa.

Todos estavam felizes, comendo e conversando em um clima muito gostoso de festa e felicidade. Até que os olhos da menina se encontrou com os amarelos e azuis de dois garotos muito especiais para a garota. Assim fizeram sinal para ela ir ao encontro dos dois, mais afastados de toda a movimentação.

Então ela fez sinal para sua mãe, que entendeu e autorizou com o olhar a saída da filha. Quando finalmente os encontrou ela sorriu e foi retribuída, então cada um pegou numa mão dela e a levaram para a floresta, em direção a caverna.

Quando chegaram, ela ficou extasiada com a visão, era tudo muito lindo, Eywa era maravilhosa em tudo o que fazia, isso ela tinha certeza.

Assim sentaram na mesma pedra do dia anterior e cada um começaram a falar chamando a atenção de Ak'emi.

– Te trouxemos aqui porque queríamos ficar a sós com você - Neteyam começou.

– E também porque a gente queria te falar uma coisa. - Aonung continuou, estava nervoso com a possível reação da garota. - Ontem viemos aqui - Se referiu aos dois - E tivemos uma conversa sobre tudo.