Capítulo 8

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Depois daquele dia, Neteyam e Aonung não conseguiram tirar a garota da mente, assim como também não conseguiam parar de pensar um no outro, aquela situação era um pouco caótica para a mente dos adolescentes.

Aonung não conseguia focar na tarefa que fora designado pelo seu pai, estava caçando junto a Rotxo, mas não conseguia acertar nenhum peixe, o que fazia seu amigo estranhar já que ele sempre foi o melhor na caça.

– Cara, o que tá acontecendo? - Perguntou vendo o amigo errar pela milésima vez.

– Não é nada, só tô um pouco distraído, só isso.

– Tem a ver com o lance dos seus "futuros companheiros"?

– Já disse que tá tudo bem, só estou distraído - Retrucou impaciente.

– Ei, tá bravo por que cara? Cê sabe que pode desabafar comigo. - Olhou para Aonung e levantou o braço onde tinha uma pulseira idêntica a do amigo - Lembra, amigos para sempre.

Aonung deu um leve sorriso, se lembrava do dia em que fizeram as pulseiras como forma de eternizar sua amizade desde que eram crianças.

– Ok - Suspirou - Eu não sei o que fazer, desde o dia do ritual meus pais vivem atrás de mim com o lance de eu escolher minha companheira, para enfim poder me tornar líder.

– Eles não falaram nada sobre o que a grande mãe nos disse? - O menino perguntou receoso.

– Não - negou - E nem tivemos tempo, meu pai está muito ocupado em ajudar os Oaytican a se ajustar na vila, e minha mãe também tá ocupada com os feridos, e com o meu irmãozinho.

– Acho que eles vão aceitar de boa, até porque foi a própria Eywa que disse - Tentou reconfortar - E falando nisso, ainda não acredito muito no que aconteceu, se eu não tivesse visto, acharia que era uma piada de mau gosto.

– Sim, e agora também sabemos que a filha dos Sully é especial - Relembrou - E falando nela, teve algum avanço?

Ele sabia que o amigo era gamado na filha mais velha dos Sully's desde que chegaram, assim como ele era com o primogênito, mas achou melhor não falar nada.

– Eu consegui roubar um beijo dela ontem - Falou bobo - Depois que vocês foram embora, a gente foi até as pedras e ficamos conversando, acabou rolando um clima e eu a beijei, ela continuou mas depois que acabou ela saiu correndo.

– Então acho que ela também gosta de você - Olhou o amigo, Rotxo estava deitado em cima do ilu com uma cara de bobo apaixonado – Chama ela pra conversar hoje, e manda a real.

– Você devia também deveria seguir os seus próprios conselhos - Provocou - Fiquei sabendo que vai ter o ritual de passagem da Ak'emi na semana que vem.

– É, alguns da tribo dela foram na ilha vizinha para buscar algumas coisas que só podem ser encontradas em ilhas vulcânicas para o ritual. - O outro se interessou - Pelo o que eu escutei meu pai falar, vai ter um caminho de brasas onde ela vai ter que passar, aí vai ter as tatuagens e depois uma dança em volta da fogueira.

– Wow, parece..... doloroso - Falou hesitante - Será que vai ser igual as  suas? - Se referiu as tatuagens do amigo - Doeu?

– Acho que vai parecida, você viu as dos pais dela? A tinta parece bem mais escura do que a nossa, me falaram que a deles era a base de cinza vulcânica.

Os dois amigos ficaram lá fofocan- digo conversando sobre os novos moradores e seus costumes.

Na vila, dentro de um maruí estava o primogênito dos Sully's pensando em como desenvolver uma relação com o Metkayina e a Oaytican.

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Oioi, então gente capítulo mais curto hoje.

Espero que tenham gostado, e até breve ❣️

- Ravena.

O Clã Esquecido | Avatar Onde histórias criam vida. Descubra agora