Viciante

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Sn Pov

Depois de duas semanas eu finalmente saí daquele hospital, não aguentava mais vê todos ao meu redor se preocupando comigo o tempo inteiro, até a Simone e o Ciro passaram a ir me visitar, o Ciro se tornou um ótimo amigo e a Simone, não iria conseguir superar meu crush nela nunca se ela ficasse indo me ver todos os dias.

Ela levava jogos que eu poderia jogar, levava o notebook, me falava sobre o senado e assistia série comigo. Não dava pra superar ela daquele jeito.

Eu poderia ir pra casa, mas não poderia voltar a trabalhar nas campanhas, meu médico disse que só vai me liberar depois de tirar pelo menos o gesso da perna.

Minha mãe empurrou minha cadeira de rodas até o meu quarto e me ajudou a me acomodar na cama, estar toda engessada não era nada confortável!

- Vou preparar algo para você comer, meu bem- Diz colocando o controle da tv encima da escrivaninha, ela tinha colocado Grey's anatomy, pelo menos agora vou terminar de ver a série inteira- Qualquer coisa me chama.

Fiquei assistindo enquanto ela preparava algo na cozinha. Um tempo passou e ela chegou com uma sopa, tava cheirosa e parecia ótima, ela me ajudou e eu logo terminei de comer.

Fiquei olhando o notebook e vendo série a tarde toda. Quando a noite caiu ouvi batidas na porta, só murmurei um "entra" sem me desconcentrar do meu notebook, tinha decidido que iria trabalhar por ele já que não poderia ir para as ruas ver meus eleitores.

- Vim te ver...- olhei pra porta com um sorriso e a Simone entrou carregando uma sacola de supermercado.

- E quem disse que eu estou recebendo visitas?

- Eu trouxe sorvete - ela levanta sacola.

- Sendo assim... Pode entrar!- Rimos e eu me perdi um pouco naquela boca bem desenhada dela.

Me afastei um pouco na cama e ela se senta ao meu lado.

Comemos o sorvete inteiro enquanto conversamos sobre absolutamente tudo. Não sei se foi sono ou cara de pau, mas soltei um...

- Sua boca tá suja...- Não tinha nada suja, mas eu tinha que ter uma desculpa plausível já que eu acho que ela me pegou secando a boca dela. Ela passa a mão nos lábios e eu quase vou dessa pra melhor- Não, é mais pra cá...- Passo os dedos naqueles lábios macios e sinto sua respiração pesar e seu olhar descer
para minha boca.

- S/n...- diz com o rosto quase junto ao meu.

- Posso te beijar?- Ela acenti e mesmo nervosa fecho os olhos e junto nossas bocas em um selinho perfeito.

Seus lábios são mais macios do que eu pensei e seu cheiro é ainda melhor de perto. Peço espaço com a língua e ela sede me fazendo sentir aquela língua maravilhosa na minha, sinto uma onda elétrica por todo meu corpo e um incômodo no estômago.

Ela aprofunda o beijo e eu apenas me entrego sentindo sua mão em meu rosto, por um segundo eu até esqueço a dor no corpo que eu sentia, pus a mão sobre sua sintura á apoiando levemente, ela fica parcialmente deitada sobre mim tomando cuidado com meu machucados. A gente se separa por falta de ar.

- Você beija muito bem, Senadora - digo e ela sorrir sem jeito, ponho uma mecha de seu cabelo pra trás e admirando toda a beleza que aquela mulher tem- Eu acho que você é a mulher mais bonita que já pisou nessa terra.

- Para que você me deixa sem graça- ela rir- Você também é muito bonita, S/n.

- Eu sei disso, mas obrigada por me lembrar- ela me dá um tapa no ombro, finjo cara de dor, ela me olha preocupada, depois eu riu e levo outro tapa no ombro recebendo um sorriso logo em seguida.

- Acho que eu tenho que ir...- ela me dá um sorriso torto.

- Por que?

- Porque eu tenho uma casa.

- Nossa... Que covardia sua- olho pro teto com a mão na cara- Tô sendo trocada... Uma pobre mulher doente...

- Ah, não seja dramática! Já tô aqui a horas- fez uma pausa - Sem contar que você tem que dormir!

- Então dorme aqui comigo!

- Eu não posso!

- Pode sim, para- me agarro ao seu corpo.

- Eu não posso, pequena - ela diz me abraçando de volta - tenho mesmo que ir, mas eu prometo que eu passo aqui na hora do almoço quando eu vinher do senado.

- Vem mesmo?- ela concorda- Então tá, mas se você não vinher pode me esquecer!

- Eu venho, te juro...- Ela fica me olhando como se quisesse falar algo.

- Oque foi?

- .... Me dá outro beijo...- suas bochechas ficam mais rosas.

- Claro, vem cá - selo nossos lábios em um beijo cheio de carinho. É como se nossas bocas se conhecessem a anos, aquele gosto dela era viciante.

- Eu amei seu beijo - diz me dando selinhos.

- Também amei o seu- digo ainda com os olhos fechados e as testas grudadas.

Candidate - Simone Tebet & S/N S/SOnde histórias criam vida. Descubra agora